Vitaminas
Monografias: Vitaminas. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: naiara17 • 17/3/2015 • 2.776 Palavras (12 Páginas) • 363 Visualizações
Suporte Nutricional de Vitaminas no Estresse Metabólico:
Sépse, Trauma, Queimaduras e Cirurgias
INTRODUÇÃO
As agressões ao organismo como sepse, trauma (incluindo queimaduras) ou cirurgias, resultam em alterações metabólicas profundas iniciadas no momento da agressão que persistem até que a cicatrização e recuperação estejam completas independentemente do evento. Uma vez que a resposta sistêmica é ativada, as alterações fisiológicas e metabólicas que se seguem são similares.
Na fase aguda, o estresse inicia a liberação na corrente sangüínea de Aldosterona e Hormônio Anti-Diurético (ADH). A ação destes hormônios resulta na conservação de água e do sal e dão suporte ao volume de sangue circulante. Nesta fase, a IL-1 é a principal responsável pela diminuição dos níveis plasmáticos de zinco e ferro e pelo aumento de ceruloplasmina.
Fisiologicamente, na fase de recuperação (flow phase) ocorrem marcantes aumentos na produção de glicose, liberação de ácidos graxos livres e nos níveis circulantes de insulina, catecolaminas, glucagon e cortisol.
Até o momento, não existem recomendações específicas para a provisão de vitaminas, minerais e oligoelementos em indivíduos metabolicamente estressados, porém existem algumas evidências de que as necessidades de vitaminas nestes pacientes, podem ser maiores que em indivíduos que não estejam nesta situação. Como nestes estados existe um aumento das necessidades calós, pode haver um aumento nas necessidades de vitaminas do complexo B, particularmente niacina e tiamina, que participam como coenzimas em muitos processos de obtenção de energia. Além disso, o aumento do catabolismo e a perda de tecido magro aumentam as perdas de potássio, magnésio, fósforo e zinco.
No caso de pacientes cirúrgicos, sabe-se que pacientes bem nutridos toleram, geralmente, cirurgias grandes melhor que pacientes mal-nutridos.
NECESSIDADES BÁSICAS DE NUTRIENTES
As quantidades de vitaminas e oligoelementos atualmente recomendadas na América Latina estão baseadas nos padrões americanos estabelecidos pelo Comitê de Alimentos e Nutrição do Instituto de Medicina/Academia Nacional de Ciências (FNB of IOM/NAS). Estes valores foram publicados em 1941 com o nome de RDA (Recommended Dietary Allowances) e revisados recentemente em 1989.
Pela definição, as RDA's são os níveis de ingestão de nutrientes essenciais (segundo a FNB) baseados nos conhecimento científico disponível no momento, para cumprir as necessidades conhecidas de praticamente todas as pessoas saudáveis. Porém, a intenção é que elas sejam alcançadas por meio de uma dieta com alta variedade de alimentos.
As necessidades individuais de nutrientes variam muito e são geralmente desconhecidas. Sendo assim, a RDA para a maioria dos nutrientes é estabelecido em níveis que excedem as necessidades da maioria dos indivíduos, garantindo assim que as necessidades de quase todos sejam alcançadas. A ingestão abaixo do recomendado para um determinado nutriente não é necessariamente inadequado, mas o risco de inadequação aumenta na proporção em que a ingestão diminui abaixo dos níveis recomendados.
VITAMINAS
As vitaminas podem ser divididas em dois grupos: lipossolúveis e hidrossolúveis. Esta divisão é importante pois estas características também determinam a sua absorção intestinal e seu transporte pelo organismo. A seguir, está descrito a função de cada vitamina em condições nutricionais normais.
Vitamina A
A Vitamina A é um termo nutricional que descreve uma família de compostos lipossolúveis que são estruturalmente relacionados ao álcool lipídico retinol e compartilham de sua atividade biológica.
É necessária no processo da visão pois atua na retina na transdução da luz para sinais neurais que são interpretados no cérebro posteriormente. Atualmente, sabe-se que a Vitamina A é responsável por regular a expressão de muitos genes incluindo aqueles que codificam proteínas estruturais como a queratina dérmica, e também enzimas como a álcool deshidrogenase e transglutaminases. Segundo a OMS, nenhuma deficiência nutricional está tão comumente associada à infecções como a falta de Vitamina A. Porém, a OMS também enfatiza que nem todas as infecções são acentuadas pela deficiência de Vitamina A.
Vitamina D
A principal função fisiológica da Vitamina D em humanos é manter as concentrações de cálcio intra e extracelular dentro de uma faixa fisiologicamente aceitável. A forma ativa da Vitamina D (1,25-dihidroxicolecalciferol) atinge este objetivo através da regulação da absorção e metabolismo do cálcio e do fósforo.
Atualmente acredita-se que a Vitamina D tenha participação no sistema imunológico pois os linfócitos T e B apresentam receptores celulares quantitativamente similares aos receptores celulares intestinais de 1,25-dihidroxicolecalciferol.
Vitamina E
Durante muito tempo, o papel da Vitamina E esteve desconhecido apesar de serem largamente conhecidas uma grande variedade de deficiências de Vitamina E. Porém, esta gama de sintomas não esclarece que sua principal função seja como antioxidante.
A Vitamina E funciona in vivo como um antioxidante que previne a propagação dos danos dos radicais livres nas membranas biológicas. Na deficiência de Vitamina E, ocorre uma anemia resultante dos danos causados pelos radicais livres. Semelhantemente, neuropatia periférica ocorre devido aos danos causados pelos radicais livres aos nervos.
Consequentemente, os sintomas de deficiência de Vitamina E em determinados tecidos depende não somente da ingestão dela mas também do grau de estresse oxidativo e do conteúdo de ácidos graxos poliinsaturados.
Vitamina K
Reconhecida como fator anticoagulante, a vitamina lipossolúvel K é parte de um sistema de carboxilase ligado à membrana que participa na carboxilação pós-translacional de algumas proteínas, não só as envolvidas na coagulação mas também algumas com funções nos ossos rins e outros tecidos.
A importância da Vitamina K na coagulação está na sua participação da ativação (pela carboxilação) de proteínas tornando-as serino-proteases . Pela natureza lipídica da molécula, ela é transportada pelos quilomícrons
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