Isolamento, Seleção e Determinação da Atividade Enzimática de Microrganismos Proteolíticos
Por: Gabriela Carletti • 28/6/2016 • Ensaio • 2.101 Palavras (9 Páginas) • 425 Visualizações
Universidade Federal de São João Del Rei[pic 1]
Departamento de Química, Biotecnologia e Engenharia de Bioprocessos
Laboratório Biotecnológico
Isolamento, seleção e determinação da atividade enzimática de microrganismos proteolíticos.
Denise Coutinho
Gabriela Santos
Renata Magalhães
Relatório apresentado ao curso de Engenharia de Bioprocessos na disciplina Laboratório Biotecnológico, sob responsabilidade dos professores Daniela Leite e José Carlos Magalhães.
Ouro Branco, Abril 2014. [pic 2]
Sumário
1. INTRODUÇÃO
2. OBJETIVOS
3. METODOLOGIA EXPERIMENTAL
3.1. Materiais Os equipamentos e materiais utilizados para o desenvolvimento do trabalho estão citados abaixo:
3.1.1. Crescimento em placas
3.1.2. Isolamento dos microrganismos
3.1.3. Crescimento em tubos
3.1.4. Crescimento em meio seletivo e teste do halo
3.1.5. Atividade enzimática
3.2 Métodos
3.2.1 Crescimento em placas
3.2.2 Isolamento dos microrganismos
3.2.3 Crescimento em tubos
3.2.4 Crescimento em meio seletivo e teste do halo
3.2.5 Atividade enzimática
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
[pic 3]
INTRODUÇÃO
Enzimas são proteínas essenciais produzidas por todos os organismos vivos que atuam como biocatalisadores nas reações como parte do processo essencial da vida, tais como digestão, respiração, metabolismo e manutenção de tecidos. Em outras palavras, enzimas são catalisadores biológicos altamente específicos que tem se destacado no setor alimentício, por poderem influir na composição, processamento e deterioração dos alimentos (SAID & PIETRO, 2002).
Entre as enzimas de interesse industrial, estão as proteases. Proteases microbianas possuem importância por terem especificidades a diferentes substratos o que as tornam úteis em várias áreas da biotecnologia, além de poderem ser obtidas de plantas, animais e microrganismos. Algumas reações enzimáticas ocorrem no alimento não só de forma natural, mas também durante o seu processamento e armazenamento. Na indústria de alimentos as proteases é o grupo de enzimas que mais se destaca em termos de aplicabilidade, pois possuem um papel fundamental na fabricação de cervejas, na maturação de queijos, no amaciamento de carnes, na produção de hidrolisados funcionais, na panificação, na fabricação de adoçantes artificiais, como o aspartame e na recuperação e aproveitamento de resíduos e subprodutos. Exemplos de proteases são: tripsina, papaína, bromelina, ficina, pepsina, dentre outras (RAJAK, 1994).
Em muitos processos industriais em que são utilizadas as enzimas microbianas, é requerido apenas um grau baixo a moderado de pureza dessas proteínas. Entretanto, outras indústrias, como a farmacêutica e a de reagentes analíticos, necessitam de um alto grau de pureza, de forma que devem ser realizados processos de purificação que mantenham a atividade enzimática. A produção de proteases extracelulares é altamente induzível pelo cultivo em substratos protéicos, sendo que ela frequentemente ocorre durante a fase estacionária de crescimento bacteriano e atuam na hidrolise de proteínas em geral (QUEIROZ & CABRAL, 2001).
As proteases de origem microbiana representam 40% do total de proteases comercializadas. Dentre as bactérias, o gênero Bacillus é o mais estudado quanto à sua produção, especialmente a subtilisina de B. subtilis. Já os fungos, de maneira geral são capazes de produzir a maior variedade de proteases entre os microrganismos. Além disso, as proteases de origem microbiana são compatíveis com políticas ambientais que promovem a sustentabilidade, uma vez que são produzidas a partir de fontes renováveis e são totalmente biodegradáveis. As enzimas microbianas também podem ser produzidas utilizando meios de cultura adequados (GUPTA & RAMMANI, 2006; WISEMAN, 2001).
Para o cultivo de microrganismo que sejam capazes de sintetizar essas enzimas, é necessário um meio nutricional que contenha em sua composição os nutrientes essenciais para seu crescimento. A primeira etapa para o cultivo consiste na identificação e aquisição do microrganismo produtor, sendo que esses microrganismos produtores podem ser selecionados a partir de diversas amostras como solo, ar, água, frutas em decomposição e tecidos vegetais. Diversas técnicas da microbiologia como o crescimento em placas de Petri, crescimento de tubo inclinado e técnicas de esgotamento para isolamento dos microrganismos são utilizadas e são essenciais para produção de qualquer produto biotecnológico (BOM & FERRARA & CORVO, 2008; TORTORA & FUNKE, 2008).
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