Preparo de Meios de Cultura

Roteiro de Aula Prática – Microbiologia Básica

Preparo de Meios de Cultura

Introdução

Os meios de cultura destinam-se ao cultivo artificial dos microrganismos e fornecem os princípios indispensáveis ao seu crescimento. As exigências nutritivas estão relacionadas a uma fonte de carbono, nitrogênio, energia e sais minerais. Alguns microrganismos também requerem fatores de crescimento, substâncias que não podem sintetizar, como vitaminas, aminoácidos, entre outras. Além disso, alguns meios podem ser formados por preparados de sangue, de carne, leite e outros produtos.

O ágar, agente solidificante largamente usado, é formado por extrato de algas marinhas, funde-se próximo ao ponto de ebulição da água, formando uma solução transparente que permanece no estado líquido até aproximadamente 40°C. uma vez que a maioria dos microrganismos não morrem a 45°C, eles podem ser adicionados a um meio com agar ainda liquefeito em tubos de ensaio ou placas de Petri. O ágar se resfria, solidifica e permanece solidificado a temperaturas de incubação e pode ser inoculado com microrganismos. O ágar não serve como nutriente para a maioria dos microrganismos e não é metabolizado durante o crescimento.

Observações importantes durante o preparo de meios de cultura:

 Não pode-se manter o meio de cultura à temperatura ambiente em uma solução não-esterilizada por mais de uma hora, devido à possibilidade de evaporação da água e crescimento microbiano.

 Frascos de meio de cultura desidratados são altamente higroscópicos, portanto, mantê-los em ambientes secos, e o menor tempo possível abertos.

 Seguir sempre as orientações do fabricante.

 Utilizar sempre o frasco mais antigo do estoque.

 Proteger os frascos da luz.

 Desprezar meios que apresentem sinais de hidratação.

 Observar data de validade.

 Pesar precisamente os componentes do meio e em equipamento adequado.

 Utilizar somente água destilada, ou deionizada, ou tratada por osmose reversa.

 Afrouxar as tampas dos frascos e tubos para autoclava~çao.

 Respeitar o máximo de material a ser esterilizado.

 Verificar após a esterilização o valor de pH, cor, estabilidade e consistência.

 Armazenamento após preparo longe da luz, em local limpo e evitar perda de umidade.

 Descartar se apresentar perda de umidade, mudança de cor ou crescimento microbiano.

 Registrar sempre a data de preparação.

Validades:

 Distribuídos em placas: armazenar de 4 a 12°C por uma semana;

 Suplementos/reagentes estéreis – 3 meses sob refrigeração;

 Meios completos e basais ainda não suplementados: 3 meses sob refrigeração, 1 mês a temperatura ambiente.

Fusão do ágar

 Banho-maria ou processo efetivo;

 Aquecimento mínimo necessário.

 Armazenamento de 45 a 49°C por no máximo 4 horas.

 Não fundir novamente se solidificado.

Adição de suplementos

 Em meios resfriados a 45-49°C;

 Se retirados do refrigerador, aguardar atingir temperatura ambiente;

 Não reaquecer.

Distribuição em placas

 Camadas de aproximadamente 2mm;

 Superfície fria e plana para solidificação.