A ATIVIDADE RECREATIVA

A importância da prática de atividades físicas em crianças obesas

Introdução

Antes de contextualizarmos todos os benefícios gerados pela prática de atividades física para o grupo descrito, é importante diferenciarmos a prática de atividades físicas, do exercício físico. O Ministério da Saúde, descreve como atividade física qualquer movimento feito de forma intencional, como, atividades de lazer, atividades domésticas, deslocamento até a escola, entre outros; Já o exercício físico é orientado preferencialmente por um profissional de educação física de forma planejada e estruturada, com o objetivo de melhorar ou manter os componentes físicos, como a estrutura muscular, a flexibilidade e o equilíbrio.

Devido aos benefícios alcançados através da prática regular de atividades, esta vem sendo cada dia mais recomendada por médicos e especialistas para indivíduos de todas as faixas etárias, portadores de alguma deficiência ou não, visto que raras são as contra indicações absolutas à prática de atividade física. É importante salientar que estes benefícios vão além da esfera física, abrangendo a socialização, a expectativa de vida, controle de ansiedade e depressão (Ministério da Saúde)

        Partindo numa ordem cronológica, podemos citar os benefícios da prática de atividades físicas na infância e adolescência, para o crescimento e maturação, além da questão pertinente do sedentarismo, mesmo tendo em vista que as doenças resultantes do sedentarismo começam a se manifestar na fase adulta, entretanto seu desenvolvimento se dá na fase da infância/ adolescência, por isto é importante o estímulo precoce de atividades físicas, como alguns dos benefícios obtidos nesta faixa etária, temos a redução da obesidade infantil, além da probabilidade de continuidade de uma vida saudável na fase adulta.

        É importante destacar que as atividades físicas propostas para crianças e adolescentes não se trata necessariamente de uma prática desportiva, e sim de movimentos gerados a partir da contração muscular esquelética que aumentem o gasto energético acima do de repouso. Visto que nesta fase objetiva-se criar o hábito e o interesse pela atividade física de forma cotidiana, estimulando para que a prática seja realizada por toda a vida e não objetivando o desempenho.

Santos (2007), já demonstrava em seu estudo a necessidade de associar a pratica de atividades físicas na prevenção da obesidade infantil. No cenário atual nos deparamos com crianças a cada dia mais entretidas em seus smartphones, com hábitos alimentares baseados em alimentos industrializados e fast food, fatores esses que contribuem para o aumento da obesidade infantil.

 Segundo  Marins e Andreazzi (2015), A obesidade é um distúrbio metabólico caracterizado por um estado inflamatório crônico e acúmulo

excessivo de gordura corporal, que apresenta um risco para a saúde e contribui para o desenvolvimento de outras patologias, como diabetes melittus tipo 2, hipercolesterolemia, hipertensão arterial, doenças cardiovasculares, síndrome de apneia obstrutiva do sono, comprometimentos osteomioarticulares e diversos tipos de cânceres.

Devido a mudança do estilo de vida nos últimos 20 anos foi observado um aumento considerável de obesidade infantil. A diminuição da atividade física e a má alimentação são alguns fatores e consequentemente desencadeadores de doenças como :