A CONSTITUIÇÃO DA IDEIA DE CORPO SEGUNDO UMA PERSPECTIVA HISTÓRICA
Por: Douglas Favero • 19/5/2018 • Resenha • 2.914 Palavras (12 Páginas) • 395 Visualizações
UNIVERSIDADE PAULISTA
DOUGLAS FAVERO – RA: n193859
A CONSTITUIÇÃO DA IDEIA DE CORPO SEGUNDO UMA PERSPECTIVA HISTÓRICA
SÃO PAULO
2017
Resumo
O objetivo deste trabalho é evidenciar a constituição da ideia de corpo, beleza e saúde, a partir dos passos já trilhados, em três trabalhos, que tem como tema geral o corpo como produto de mercado e a influencia da mídia nesta constituição. Pretendemos somente resgatar desses trabalhos como cada autor explicitou, a partir de uma perspectiva histórica, a constituição do corpo como ideal de beleza e saúde, tornando-se objeto idealizado de consumo. Interessa-nos discutir e analisar essa fundamentação da ideia de corpo através da perspectiva histórica segundo a pesquisa de cada trabalho/autor. Não nos interessa discutir as relações que cada autor expõe em seus respectivos trabalhos, mas sim como cada um fundamentou a constituição da ideia de corpo a partir de suas pesquisas numa perspectiva histórica.
SUMÁRIO
1. INRODUÇÃO..............................................................................................................4
2. DESENVOLVIMENTO..............................................................................................5
2.1. Fundamentação teórica da ideia de corpo numa perspectiva histórica segundo o texto: Um olhar sobre o corpo: O corpo ontem e hoje......................................................5
2.2. Fundamentação teórica da ideia de corpo numa perspectiva histórica do texto: O espetáculo da publicidade: a representação do corpo feminino na mídia..........................8
2.3. Fundamentação teórica da ideia de corpo numa perspectiva histórica do texto: Beleza à venda: o corpo como mercadoria......................................................................10
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS....................................................................................12
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS....................................................................13
INTRODUÇÃO
A fundamentação teórica da ideia de corpo numa perspectiva histórica, segundo o texto “Um olhar sobre o corpo: o corpo ontem e hoje” [1] nos revela a ideia da constituição do corpo na Grécia antiga, na civilização judaico-cristã, na idade média, na Era moderna e nos dias Atuais. Para os autores a história do corpo humano e a história da civilização estão intrinsecamente relacionadas.
A fundamentação teórica da ideia de corpo numa perspectiva histórica, segundo o texto “O espetáculo da publicidade: a representação do corpo feminino na mídia” [2] nos revela a ideia de constituição do corpo nos períodos da colonização brasileira, dos anos mais recentes, da década de 70 e do século XXI de forma geral a partir da perspectiva do corpo feminino.
A fundamentação teórica da ideia de corpo numa perspectiva histórica, segundo o texto “Beleza à venda: o corpo como mercadoria” [3] nos revela a ideia de constituição do corpo no Egito do século 1372 A.C, na Idade Média, no Renascimento, na Era Barroca, no século XIX, no século XX, nos anos 80 e 90. A beleza transformou-se em um produto de consumo.
DESENVOLVIMENTO
2.1. Fundamentação teórica da ideia de corpo numa perspectiva histórica segundo o texto: Um olhar sobre o corpo: o corpo ontem e hoje.
Neste texto os autores descrevem a ideia de constituição do corpo, observando sua constituição, na Grécia antiga, na civilização judaico-cristã, na idade média, na Era moderna e nos dias Atuais. Para os autores a história do corpo humano está intrinsecamente relacionada com a história da civilização. Segundo Barbosa, Matos e Costa (2011):
A história do corpo humano é a história da civilização. Cada sociedade, cada cultura age sobre o corpo determinando-o, constrói as particularidades do seu corpo, enfatizando determinados atributos em detrimento de outros, cria os seus próprios padrões. (Barbosa, Matos e Costa, 2011, p. 24)
Para os autores a imagem do corpo grego era radicalmente idealizada, modelo de corpo atraente, revelando os ideais estéticos, sendo esse corpo, também, super bem treinado para guerra. Para este corpo corresponderia o conceito de cidadão, o corpo era visto como forma de glorificação e de interesse do estado. Os gregos valorizavam a saúde, a capacidade atlética e a fertilidade. Buscava-se a perfeição tanto física quanto intelectual. A moral no que diz respeito ao corpo e a sexualidade não eram rigorosas, opressoras, mas, no entanto, difundia-se o comedimento, pois os excessos não condizem com o ideal grego de controlo do indivíduo sobre si mesmo. Segundo os autores, a civilização grega não incorporava as mulheres na concepção de corpo perfeito, não eram consideradas cidadãs, ficando o homem como o modelo ideal de corpo perfeito. Segundo Barbosa, Matos e Costa (2011):
Cada cidadão era livre de atingir o corpo perfeito, idealizado e, depois, expô-lo. os corpos eram trabalhados e construídos, como objectos de admiração que começavam a ser “esculpidos” e modelados nos ginásios, fundamentais nas polis gregas, e que acabavam por ser mostrados, muitas vezes, nos jogos olímpicos. A saúde, a expressão e exibição de um corpo nu estavam associadas, os Gregos apreciavam a beleza de um corpo saudável e bem proporcionado. O grego desconhecia o pudor físico, o corpo era uma prova da criatividade dos deuses, era para ser exibido, adestrado, treinado, perfumado e referenciado, pronto a arrancar olhares de admiração e inveja dos demais mortais. (Barbosa, Matos e Costa, 2011, p. 25)
Poderíamos afirmar aqui uma similaridade com os dias atuais no que diz respeito à busca pelo corpo perfeito, mas a questão do pudor, da exposição do corpo nu nos lugares públicos não há similaridade, em consequência da influencie da cultura judaico-cristã que passou a reprimir o corpo e a sexualidade.
Com o cristianismo há uma inversão de valores, quando comparado ao ideal grego de corpo. O corpo no cristianismo passa a ser fonte de pecado perdendo o ideal de beleza do corpo grego. A ideia de pecado e de castração do corpo predominam nesse período, como podemos observar em Barbosa, Matos e Costa (2011):
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