A Importância e Monitorização do Sono em Atletas

Manz - Lusófona

Pós-graduação / Especialização

Fisiologia da Performance Humana

RELATÓRIO DE SEMINÁRIO

“Importância e Monitorização do Sono em Atletas”

Ana Alexandra dos Santos Marcelo Ferreira Alves

SOLINCA - OEIRAS

Relatório I apresentado para a conclusão do curso de Pós-graduação / Especialização

Fisiologia da Performance Humana

Sintra, Abril de 2022

ÍNDICE

Introdução ________________________________________________________2

Fisiologia do sono __________________________________________________2

Arquitetura do sono ________________________________________________3

A importância do sono ______________________________________________4

Efeitos da privação do sono __________________________________________5

Interferência do sono na performance__________________________________5

O sono como método de recuperação___________________________________5

Monitorização do sono_______________________________________________6

Higiene do sono_____________________________________________________6

Exercício e sono_____________________________________________________7

Conclusões Pessoais__________________________________________________7

Referências_________________________________________________________8

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Introdução

Este relatório tem como objetivo sumarizar os tópicos trabalhados no seminário sob a temática:

“Importância e Monitorização do Sono em Atletas”, apresentado pelo Dr. Júlio Costa, expondo

não só as principais reflexões propostas e conclusões apresentadas, mas também incluir uma

reflexão e conclusão pessoal sobre a implicação do tema na prática profissional relacionada com o

exercício e saúde.

Fisiologia do sono

É importante compreender a relação do sono com a fisiologia humana, bem como relembrar

algumas ligações importantes entre o processo do sono e o funcionamento regular do nosso sistema

biológico. Ao analisar esta temática devemos também ter em conta o conceito de ritmo circadiano, a

importância dos núcleos supraquiasmáticos e a sua relação com os estímulos luminosos, assim

como os processos de secreção da melatonina. Devem também ser tidos em conta os fatores

externos que influenciam tanto o “relógio” circadiano como o ciclo do sono.

É a conjugação de toda essa informação que nos mostra que o ritmo circadiano está

intimamente ligado aos ciclos sono-vigília, uma vez que todas as funções do cérebro e do

organismo em geral são influenciadas pela alternância da vigília com o sono, e que o equilíbrio

desta relação bidirecional é de vital importância para a manutenção da homeostasia no ser humano.

Durante um ciclo de sono, os sistemas e funções fisiológicas sofrem alterações, nomeadamente

mas não de forma exclusiva, a nível cardiovascular, respiratório e endócrino. Durante o sono, a

pressão arterial diminui chegando a seu mínimo nos estágios um e dois sendo que ao longo do ciclo

do sono se verificam alterações na pressão arterial de até 40 mmHg. Dá-se uma diminuição da

frequência cardíaca e respiratória, sendo que também aqui se verificam oscilações entre hipo e

hiperventilação nos diferentes estágios. No estágio três verifica-se por exemplo, a redução da

libertação de cortisol e tirotropina, o aumento da secreção e absorção da hormona do

crescimento, e prolactina, o que deixa antever, desde logo, as possíveis consequências metabólicas

da ausência de ciclos de sono completos. Durante o sono verifica-se ainda uma diminuição da

temperatura corporal e redução dos mecanismos termorregulatórios, razões pela qual é de extrema

importância controlar a temperatura do ambiente onde dormimos para que o ciclo do sono seja o

mais restaurador possível.

Arquitetura do sono

O sono ocorre em quatro estágios, desde a sonolência, no estágio um, ao sono de movimento

rápido dos olhos (REM), no estágio quatro. Cada conjunto de estágios representa um ciclo de sono e

em média, um período completo de sono contempla entre quatro a seis ciclos (3 a 7) por noite.

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A duração média de um ciclo de sono é de cerca de 90 minutos, embora eles variem ao longo da

noite, assim como o tempo gasto em cada etapa dentro dos ciclos. O estágio um (NREM1) é

quando se dá a libertação da melatonina, quando os olhos se fecham, a respiração e a frequência

cardíaca diminuem e os músculos relaxam. Esta transição da vigília para o sono pode ser facilmente

interrompida pela luz, pelo ruído ou até por um espasmo muscular (~2 a 5% do sono). O estágio

dois (NREM2) caracteriza-se por ser um período de sono leve, no qual se verifica