A RELAÇÃO UNIVERSIDADE E ESCOLA: PIBID NO CONTEXTO
Por: adicristo • 20/2/2016 • Artigo • 2.063 Palavras (9 Páginas) • 698 Visualizações
A RELAÇÃO UNIVERSIDADE E ESCOLA: PIBID NO CONTEXTO
Adinézia Pereira Cristo[1]
Josino Vaz[2]
Pedro Artur[3]
Diana Martins Tigre[4]
Viviane Rocha Viana[5]
RESUMO
Esse relato de experiência repensa a relação universidade e escola, tendo como base o PIBID (Programa Institucional de Bolsas de Iniciação a Docência). Tem como objetivo avaliar a formação dos graduandos envolvidos nesse processo (bolsista ID) e trazer os benefícios dessa relação para ambas as partes envolvidas, entendendo o papel de cada um dentro desse processo. Trata-se de um relato de experiência dos bolsistas sobre a relação universidade/escola através do subprojeto intitulado “Educação Física: espaços-tempos e experiências na/da cultura escolar” no ano de 2014. Compreendeu-se então que a relação universidade X escolas, através do PIBID, trouxe importantes contribuições para nossa formação, possibilitou uma reflexão sobre a própria prática, com suporte acadêmico. E também beneficiou a escola contribuindo de maneira direta na melhoria da qualidade do ensino despertando no professor da educação básica o interesse em desenvolver aulas mais dinâmicas e proporcionar aos alunos outras dimensões da Educação Física.
Palavras-chave: Universidade. Escola. PIBID. Contexto.
INTRODUÇÃO
A preocupação com a qualidade da formação continuada vem se tornando cada vez mais alvo de estudo, discutindo uma formação em que a competência e a ética se colocarão como as principais referências no seu processo de qualificação.
Entretanto esse processo não é algo que acontece repentinamente, ele não se produz apenas no interior de um grupo, nem se faz apenas através de um curso. É o resultado de condições históricas, conjugadas ao fazer político. E é neste contexto que a parceria universidade e escola é um campo para a qualificação dessa formação. Ela pode proporcionar aos futuros professores todos os envolvidos uma responsabilidade de pensar e fazer o ensino, contribuindo tanto para os graduandos quanto para o aprendizado dos alunos das escolas parceiras, através de um processo colaborativo.
Com o intuito de contribuir para a formação de qualidade, este relato vem trazer os benefícios da relação universidade X escola a partir das experiências dos bolsistas de ID do PIBID/UNEB Educação Física.
O RELATO DE EXPERIÊNCIA
O presente relato parte das experiências dos bolsistas de ID no Programa Institucional de Bolsas de Iniciação a Docência - PIBID/UNEB Educação Física campus II. A coleta de dados se deu a partir dos relatos de experiência dos bolsistas com a relação universidade/escola através do subprojeto intitulado “Educação Física: espaços-tempos e experiências na/da cultura escolar” no ano de 2014.
Várias pesquisas acenam para o problema da formação do acadêmico uma vez que essa é mais voltada para a valorização desse profissional enquanto pesquisador, produtor de conhecimento em uma área específica, deixando à margem e, restrito ao campo do fazer a sua formação do docente relacionado às questões pertinentes ao ensino. (FREITAS, OLIVEIRA E CARVALHO, 2005).
Ao pensarmos a relação universidade X escola, devemos compreender o papel que deve desempenhar cada instituição, no intuito de promover um trabalho compartilhado, uma vez que possuem culturas diferenciadas. Para entender esses dois pólos, dialogamos com Souza (2013) onde diz que:
[...] o papel das Universidades consiste em investir tanto nas licenciaturas, quanto em programas que promovam o desenvolvimento profissional dos professores, de forma que, a formação de professores não continue relegada ao segundo plano. Cabe às Universidades criarem espaços e projetos que possam promover reflexões permanentes e atividades investigativas desenvolvidas por licenciandos, professores da Educação Básica e pesquisadores, colaborativamente. (SOUZA, 2013).
[...] papel das Escolas da Educação Básica, consiste na criação de um movimento permanente de reflexão e investigação entre os seus envolvidos para pensar os processos de ensino e aprendizagem, considerando-se a sua particularidade, uma vez que a criação desse movimento de permanente reflexão interfere no cotidiano e na cultura das Escolas. A Escola é entendida enquanto um espaço de investigação para professores e futuros professores. Isso significa rever o papel do professor não mais como um executor, mas como alguém que pensa as propostas curriculares, elabora e reelabora constantemente suas ações, em parceria com seus pares e/ou licenciandos e pesquisadores. É espaço de produção de conhecimento, em parceria, com os diversos envolvidos. (SOUZA, 2013).
Compreendemos desta forma que essa parceria, parte de um processo colaborativo, onde todos os envolvidos (professores, graduandos, coordenadores, pesquisadores, e gestão) devem pensar juntos o fazer pedagógico. Ou seja, todos devem refletir sobre o ensino, desconstruindo a ideia que apenas as universidades tecem teorias sobre o ensino para serem aplicadas nas escolas, sendo os professores meramente executores dessas teorias. Esta ideia gera o pensamento de que existem aqueles que pensam e aqueles que executem as ações. Além disso, essa parceria da universidade X escola, faz com que aconteça um reconhecimento e valorização social do espaço escolar. Neste contexto, Moura (1999) diz que:
Este partilhamento vai muito além do saber fazer. Envolve tomada de decisão sobre objetivos educacionais e, sendo assim, implica compromisso e postura ética. As incertezas, as tomadas de decisão, as reformulações dos rumos propostos para o ensino, assentados na reflexão, são um modo de aprender que a formação é contínua, dada à dinâmica da incorporação de novos saberes aos já existentes (MOURA,1999, p. 11, apud, SOUZA, 2013).
Há algum tempo, vem crescendo a preocupação com a qualificação do ensino, com olhares voltados para os professores, por considerá-los profissional que possui uma responsabilidade na condição educativa na sala de aula, e na escola como um todo. A partir daí o governo vem, implantando políticas, voltadas para a formação dos professores, com o intuito de contribuir na formação dos profissionais de educação, pois na rede publicas de ensino existem inúmeros profissionais que atuam sem o nível superior adequado e ate mesmo sem a formação mínima legal.
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