A importância do pH para o bom funcionamento do corpo humano
Por: personalmarcos • 9/4/2017 • Resenha • 979 Palavras (4 Páginas) • 15.311 Visualizações
O modelo de medicina integrativa considera que a saúde do corpo humano resulta, principalmente, de um estado de bem-estar físico e mental. A manutenção desse estado depende de um complexo equilíbrio do ambiente interno do organismo e do meio que o rodeia. Este estado de equilíbrio constitui uma das características fundamentais dos seres vivos que é a homeostase. A homeostase é a capacidade do corpo de se adaptar ao meio ambiente e manter as condições internas, como a temperatura, o pH, a glicose, a concentração de oxigênio e o dióxido de carbono ou a ureia, sempre dentro de limites estáveis e equilibrados. O equilíbrio ácido-base, também chamado de homeostase do Ph, é um fator base para uma vida saudável, e a manutenção de um pH estável é essencial devido as atividades de praticamente todas as enzimas do corpo humano, que desempenham um papel importante no metabolismo, serem influenciadas pela concentração de H+. Dessa forma, todo o funcionamento do corpo humano pode ser alterado devido a variações da concentração de H+.
O símbolo pH significa o potencial hidrogeniônico e consiste numa escala logarítmica que mede o grau de acidez, neutralidade ou alcalinidade de uma determinada solução. O valor do pH é determinado pela concentração de íons de hidrogênio (H+) numa solução e mede-se numa escala que varia entre 0 a 14, sendo o 0 muito ácido, 7 neutro e 14 muito alcalino.
Ao se observar a vida na Terra, percebe-se a importância do equilíbrio entre os ácidos e as bases e a sua influência na saúde dos seres vivos. Mesmo que pequena, qualquer alteração deste equilíbrio, pode ter consequências muito graves.
No corpo humano, o funcionamento das células depende de um delicado equilíbrio químico entre os ácidos e as bases dos líquidos intracelulares e extracelulares, os chamados fluidos corporais. É de fundamental importância para a compreensão e a avaliação das perturbações do equilíbrio entre os ácidos e as bases, a forma como o organismo regula a concentração dos íons de hidrogênio.
A ingestão de alimentos e o metabolismo interno geram uma quantidade significativa de ácidos livres que precisam ser eliminados ou neutralizados para manter o pH do corpo dentro de uma faixa estreita. A produção diária de dióxido de carbono durante a respiração é a maior fonte de ácido do organismo humano e a sua eliminação é feita pelos pulmões. O restante dos ácidos do organismo são conhecidos como não voláteis, pois não podem ser removidos pelos pulmões e são excretados por via renal ou neutralizados por substâncias básicas. Os ácidos lácticos e os cetoácidos são os principais ácidos não voláteis do organismo humano. O metabolismo das proteínas também produz alguns ácidos inorgânicos, principalmente as proteínas com aminoácidos sulfurados (metionina, cisteína) que geram ácido sulfúrico após sua metabolização. O pH dos fluidos corporais resulta do equilíbrio entre estes dois grupos de substâncias, os ácidos e as bases.
O corpo tem três mecanismos para regular o pH dos fluidos. São eles, os sistemas tampão, o mecanismo respiratório e mecanismo renal. Juntos, esses mecanismos constituem o complexo mecanismo de homeostasia do pH.
Os sistemas tampão, de ação imediata, permitem minimizar uma alteração do pH do organismo quando da adição de um ácido ou de uma base. Substâncias básicas associam-se a substâncias ácidas da mesma natureza química, com as quais formam pares de substâncias denominadas “tampão”, cuja finalidade é impedir variações bruscas do pH. Um sistema tampão é constituído por um ácido fraco e a sua base conjugada. Em condições normais, estes compostos existem numa proporção constante, que o organismo tende a preservar, impedindo assim que ajam essas variações bruscas de pH.
O mecanismo respiratório, de ação rápida, elimina
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