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BENEFÍCIOS DA NATAÇÃO PARA BEBÊS DE 6 À 24 MESES

Por:   •  3/10/2016  •  Artigo  •  1.667 Palavras (7 Páginas)  •  906 Visualizações

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Licenciatura em Educação Física

BENEFÍCIOS DA NATAÇÃO PARA BEBÊS DE 6 À 24 MESES

Curitiba

2016

BENEFÍCIOS DA NATAÇÃO PARA BEBÊS DE 6 À 24 MESES

INTRODUÇÃO

Os pais ao realizarem a matricula de seus filhos na natação querem geralmente que seus filhos aprendam a nadar, para terem proteção nas águas. O que muitos não sabem é que as vantagens são inúmeras, ocorrendo porque a criança, em seus primeiros anos de vida passa por um processo intenso de desenvolvimento e maturação, fazendo com que todos esses desenvolvimentos sejam auxiliados e estimulados com a natação. (FONSECA, 1995).

Percebe-se que o desenvolvimento do bebê inicia durante a gestação onde relembra a vivência dentro do meio liquido. O contato com a água nos primeiros meses de vida faz com que favoreça a saúde dos bebês, além de proporcionar o prazer e as descobertas.

Segundo Camus (1993), o bebê por volta do oitavo mês consegue boiar, de treze a quatorze meses os movimentos na água aumentam de forma a flutuar os braços e se direcionar para as bordas da piscina. De quatorze a vinte e quatro meses conseguem mudar de direção e controlam bem seus movimentos, com essa idade já começam a saltar e fazer brincadeiras na água.

Para que tudo corra bem existem alguns cuidados que são necessários como a vacinação dos bebês precisa estar em dia, tendo em vista as condições de higiene, segurança e conforto das piscinas como temperatura da água, o pH para que o cloro não danifique a pele do bebê, o horário da aula não deve ser no horário do sono e da alimentação da criança para que assim ela aproveite a aula.

Normalmente a aula é realizada com a presença dos pais na piscina até os 3 anos de idade, ou até mesmo eles se acostumarem com o professor. A aula tem duração entre trinta e quarenta e cinco minutos, pelo fato de sua capacidade de atenção ser menor tornando cansativas atividades com grande tempo de duração.

Para que a criança se adapte as atividades aquáticas, deve-se respeitar o ritmo de cada um para que ela não se assuste e não se traumatize. A natação é destacada como um importante meio de intervenção pedagógica para tanto, é importante refletir sobre o papel educacional das crianças em desenvolver novas capacidades de adaptação.

São inúmeros benefícios que a natação proporciona aos bebês. Além de melhorar a coordenação motora, proporciona noções de espaço e tempo, prepara a criança psicologicamente e neurologicamente para o auto salvamento, estimula o apetite, aumenta a resistência cardio respiratória e muscular, tranquiliza o sono e também previne várias doenças respiratórias.

Por meio de pesquisas bibliográficas, sites de pesquisa, a natação para bebês tem uma grande procura por parte dos pais, seja para o bebê aprender a nadar, seja para melhora de doenças respiratórias.

O objetivo deste trabalho é verificar no que a natação auxilia no desenvolvimento de bebês, e analisar quais os benefícios que nela existe.

  1. Natação para bebês

De acordo com Saavedra, Escarlante e Rodrigues (2003), o bebê está adaptado ao meio aquático, quando possui o domínio do corpo na água, com base nos princípios de equilíbrio, respiração, imersão, propulsão e salto. Fontanelli e Fontanelli (1985) afirmam que qualquer bebê, possui um atrativo natural pela água e o sentimento de medo ou insegurança apresentados na água, são reações que a criança adquiriu fora da água, já que a mesma até um ano de vida desconhece o significado do perigo.

Levando em consideração que os primeiros estudos sobre a natação, mostravam o nível maturacional do aluno, onde muitos professores utilizavam exercícios não condizentes com a faixa etária do seu aluno acarretava em frustrações e desistências. Percebendo assim que a aprendizagem da natação ocorre quando é permitido ao bebê uma inter-relação de fatores internos (estado maturacional e vivências anteriores) com fatores externos (meio ambiente e estratégias do professor), fazendo com que o bebê sinta prazer de estar na água e descubra as boas sensações que ela lhes proporciona (LIMA, 2003).

Ao colocarmos o bebê a um longo período de experiências desenvolvidas na água, verificamos que acontece o desenvolvimento motor no meio aquático e uma melhora de respostas a estímulos existentes. A natação enquanto atividade física favorece a tomada de consciência do bebê em relação a si, ao meio, ao grupo e a sociedade, o que contribui para o desenvolvimento de todas as suas aptidões, pois o desenvolvimento na água ocorre de acordo com sua maturação, com o aprimoramento de seus reflexos e de sua coordenação (SAAVEDRA; ESCALANTE; RODRÍGUEZ, 2003). Com o surgimento de várias academias para o ensino da natação, surgiram também academias específicas para o ensino da natação para bebês.

De acordo com Breges (1980), o bebê em contato com o meio de aprendizagem não aprende a nadar, mas aprende a fazer o uso de habilidades como flutuabilidade, reserva de oxigênio etc. assim quanto mais cedo a criança for levada a aprendizagem da natação sua aptidão psicomotora é elevada, pois é considerada como um pré estimulo motor onde a criança já consegue se deslocar dentro da água ficando muito leve conseguindo executar movimentos que fora da água não conseguiriam realizar.

  1. Estrutura da aula

As aulas devem ser ministradas por um professor capacitado, como os pais é que estarão em contato com seus bebês, eles irão realizar movimentos que lhes foram passados. O bebê durante as aulas precisa de alguém de confiança, uma pessoa presente no seu dia a dia para que ele ganhe possa realizar os exercícios. “É através das mãos que os pais conseguem receber alguma informação a respeito do bebê, como nervosismo, insegurança, tranquilidade, perceber se ele está tenso ou relaxado durante as atividades dadas” (RAIOL; RAIOL, 2010).

A presença dos pais nas aulas junto com os bebês é para proporcionar segurança e conforto ao bebê, os pais influenciam de forma seja positiva como negativa no plano de aula. Os professores devem ser rigorosos com os pais explicando-lhes que eles estão nas aulas para passar tranquilidade a seu filho e não uma reação adversa.

De acordo com Zulietti (2002), “as aulas devem ser dadas de acordo com cada faixa etária, pois se os exercícios apresentados nas aulas, forem precoces para a idade, pode haver desistência da parte do bebê, por não conseguir fazer a tarefa que lhe foi dada”, para Moraes (2011) é muito importante que o ambiente de trabalho com este público seja muito rigoroso, com cuidados como a temperatura e o tratamento da água, materiais utilizados nas aulas, a estrutura da piscina e da escola, entre outros.

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