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Esporte e Mídia

Por:   •  8/4/2019  •  Dissertação  •  1.727 Palavras (7 Páginas)  •  292 Visualizações

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Introdução

A relação entre esporte e mídia se intensifica cada vez mais ao passar dos anos, e a grande responsável por esse marketing esportivo é a TV, que globaliza o esporte em uma escala global. Outras formas de patrocínio também responsáveis por essa globalização são os patrocínios de eventos, de times e de atletas.

Essa grande globalização não poderia render apenas coisas boas. Com o esporte ficando cada vez mais presente na vida das pessoas, surgem cada vez mais fanáticos, que consomem o esporte independente das circunstâncias, afetando até o âmbito social e pessoal do indivíduo.

Esse amor fanático faz a pessoa consumir, seja o esporte ou o produto, e o uso de famosos em propagandas acaba transformando o torcedor em consumidor.

Esporte e Mídia

A relação entre esporte e mídia vem se intensificando cada vez mais no passar dos anos. O marketing esportivo é o responsável pelo crescimento mundial na cobertura esportiva pela mídia, e sem tal cobertura, o interesse pelo esporte não seria o mesmo que temos nos dias atuais.

É inevitável afirmar que a televisão é a maior responsável pela globalização do esporte, já que através dela, o esporte pode ser comercializado em escala global. Sabendo disto, empresas transnacionais que fabricam produtos esportivos se beneficiam tanto diretamente quanto indiretamente, seja vendendo pacotes de TV focados no esporte, quanto à venda de bilhetes para os jogos e produtos licenciados, como camiseta de times.

No Brasil, em 1922, houve a inauguração do rádio, onde as transmissões sobre o esporte se resumiam a boletins informativos. Até 1940, as narrações eram improvisadas, as pessoas subiam em telhados vizinhos aos gramados e utilizavam daquele lugar para fazer a transmissão. Em 1945, a Rádio Panamericana modificou a estrutura da transmissão e deu mais espaço aos esportes, criando as funções de comentarista e repórter. A partir de 1970, a transmissão esportiva ganhou mais humor e irreverência, transmitindo o esporte com uma linguagem mais descontraída. Da década de 1980 em diante, as transmissões esportivas de rádio foram modernizadas, ocupando espaços que não eram tão comuns, como as rádios de Frequência Modulada (FM).

Atualmente no Brasil, o número de horas dedicadas ao esporte na mídia encontra-se na faixa de 25 mil horas por ano. Emissoras de TV por assinatura chegam a transmitir anualmente mais de mil eventos esportivos.

Embora a propaganda tradicional continue a ocupar uma grande parte do orçamento de marketing esportivo das empresas, seu alto custo tem encorajado o desenvolvimento de outras formas de patrocínio, como o patrocínio a eventos, times e atletas. Tais opções oferecem novas maneiras para aumentar o reconhecimento de marcas, atingir audiências específicas e estimular o consumo de produtos. O futebol, esporte favorito de 71% dos torcedores brasileiros, acaba ficando com 60% do valor investido em patrocínio e 61% das reportagens de TV. Uma das opções para trabalhar outros esportes na mídia foi encontrada no próprio futebol, pois a desorganização, desonestidade e desrespeito ao torcedor vem afugentando cada vez mais as empresas, que relutam em vincular sua marca a essa péssima imagem. O fundamental é buscar atender aos objetivos de marketing do patrocinador e conhecer o seu público-alvo. Se o interesse por atingir a massa e conta com o auxílio da verba para isso, o futebol pode vir a ser a solução, agora, se visa atingir um público mais sofisticado gastando menos verba, esportes como golfe, pólo e iatismo são ótimas opções.

O Fanatismo no Esporte

A palavra fanatismo se refere a qualquer atitude exagerada, radical e compulsiva. Uma pessoa pode ser fanática por amar excessivamente uma pessoa, um objeto, um time de futebol, etc. O fanatismo pode fazer com que uma pessoa realize atos insanos e muitas vezes criminosos em nome de um ideal, de um amor, de uma religião, entre outros.

No esporte, o fanático é aquela pessoa que consome o esporte independente das circunstâncias. O fanatismo esportivo é um tipo de “fanatismo contemporâneo”, pois, na segunda metade do século XX, começaram a aparecer registros desse tipo de fanatismo, como as torcidas organizadas e os “hooligans”, que são grupos da Europa de torcedores que sentem o prazer em brigar, e usam o futebol como evento alvo para isso.

No Brasil as brigas também ocorrem entre torcidas, porém as torcidas organizadas se apresentam como pessoas jurídicas e não possuem um anonimato em suas ações.

Nas torcidas organizadas, existem todos os tipos de torcedores, e não apenas o fanático. Entretanto, existem os torcedores fanáticos pelo seu time, que fazem de tudo para exalta-lo ao extremo, e os fanáticos pela sua torcida organizada, que fazem de tudo por ela, até se envolver em brigas com torcedores de organizadas rivais.

Essa violência no esporte não incomoda apenas a população, mas também afeta a segurança pública e a saúde pública, além de afetarem também órgãos particulares, como empresas de ônibus e comércios, já que é muito comum depois dos jogos grupos de torcedores destruírem os veículos nas ruas, arrombarem lojas e botarem fogo em tudo o que estiver no caminho.

Não há limites quando o assunto é violência no esporte. Torcedores do mesmo time brigando entre si, desrespeitando as autoridades, brigando com policiais, etc. As pessoas e até mesmo a mídia são responsáveis pelo aumento da rivalidade entre as torcidas, pois infelizmente, a torcida mais violenta é a mais reconhecida e respeitada, e consequentemente, mais associados terá.

O fanatismo não afeta apenas o âmbito social, mas afeta o pessoal do indivíduo também, seja no trabalho, na escola ou na família, a pessoa fanática acaba dedicando o seu tempo e sua vida exclusivamente à aquilo que tanto ama.

De acordo com o psicólogo e psicanalista José Araújo, “Quando a pessoa só acredita naquilo que ela pensa, não escuta nem aceita o outro e não dá valor a opinião do outro já é um transtorno obsessivo compulsivo. Então, isso faz a própria pessoa e os outros sofrerem. É um comportamento doentio, no qual o mundo gira apenas em torno do futebol e de determinado time”. José também acrescenta que “As pessoas que têm esse comportamento nunca aceitam que o time dele perdeu porque jogou mal, por exemplo. Essa ‘culpa’ dói muito, então, ele prefere justificar jogando a culpa em outro fator como dizer que o juiz roubou para o adversário ou que fulano estava machucado”.

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