Modelo Biomédico
Por: FABRICIOHENRYY • 4/5/2018 • Trabalho acadêmico • 1.058 Palavras (5 Páginas) • 1.392 Visualizações
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MODELO BIOMÉDICO.
FABRICIO HENRIQUE ARRUDA DE CARVALHO 1179230
BACHAREL EM EDUCAÇÃO FÍSICA
CUIABÁ
2017
Modelo biomédico
O modelo biomédico constitui o alicerce conceitual da moderna medicina cientifica e tem por objetivo principal detalhar e propor uma visão mais articulada sobre o conceito de saúde, buscando unir-se a outras áreas de estudo como a sociologia, antropologia e psicologia, afim de que se fortaleça a discussão sobre saúde. Nas praticas sobre a saúde, o modelo biomédico é o que predomina em tempos atuais, mais nem sempre foi assim, houve época que a medicina mágico-religiosa era predominante, e as pessoas acreditavam que ficar doente significava uma transgressão da natureza individual ou de um conjunto de fatores, onde os médicos da época eram incumbidos de invocar espíritos e energia para que as pessoas fossem curadas. Para o modelo biomédico, a saúde constitui a ausência de doença, dor, ou defeito, o que torna a condição humana normal e saudável, essa visão tem uma forte fundamentação na metáfora cartesiana, que considera que o corpo humano saudável funciona como um relógio bem construído e em perfeitas condições mecânico, enquanto um ser humano doente, seria um relógio que não funciona perfeitamente, o foco desse modelo em relação aos processos físicos, tais como a patologia, a bioquímica e a fisiologia de uma doença não leva em conta os fatores sociais ou a subjetividade individual, ele impõe o diagnóstico como um resultado de negociação entre médico e paciente. O avanço do pensamento médico ocorre quando a visão sobre a doença passa a ser vista como um fenômeno natural, a medicina ocidental afirma que a saúde é fruto do equilíbrio dos humores, e as doenças são o desequilíbrio dos mesmos, equilíbrio é a porção justa ou adequada de saúde. Alguns estudiosos da época, como René descarte e Newton tinha uma visão mecanicista, essa concepção em que o universo é visto como um sistema mecânico deixou vestígio na concepção de homem, que também era tratado como uma maquina pelos médicos da época, ou seja, o homem funciona como uma maquina e, quando esta doente, é por que esta maquina esta com defeito. Nos tempos atuais o modelo biomédico baseia-se numa visão cartesiana do mundo e considera que a doença consiste numa avaria temporária ou permanente do funcionamento de um componente ou da relação entre componentes. Junto com o avanço da biomedicina, observou-se a impossibilidade das respostas conclusivas ou satisfatória para algumas situações ou para os componentes psicológicos ou subjetivos que acompanham, em grau maior ou menor, as doenças. Surgiram algumas criticas a prática médica, e intensificou-se a busca de estratégia terapêutica para lidar com a saúde e doenças, dando ênfase para a medicina alternativa, com isso, constituem uma evidencia dos reais limites da tecnologia médica. O conceito dê “saúde”, muda dependendo da cultura, pois estabelece uma relação entre o individuo e o meio em que vive, para a OMS (organização mundial de saúde), “a saúde é um estado de completo bem-estar“ e não apenas a ausência de doenças e enfermidades, e é necessário entender esse conceito totalizador para que se entenda também o fenômeno de cura.
A industrialização e seus reflexos no campo da medicina são apresentados como causa dos prejuízos à vida das pessoas e não como um elo no contexto mais geral do sistema capitalista de produção e consumo.
Na medida em que o acesso ao consumo foi convertido no objetivo principal para o desfrute de níveis satisfatórios de bem-estar, bons níveis de saúde passaram a ser vistos como possíveis na estreita dependência do acesso a tecnologias e diagnóstico-terapêuticas.
Paralelamente às influencias do mecanismo e a extrapolação de seu raciocínio do mundo físico, para o mundo dos seres vivos, a medicalização sofre o impacto, a partir da revolução industrial que instaura o capitalismo, transformando tudo em mercadoria e lucro. A lógica do mercado, atuante desde o inicio da indústria farmacêutica moderna, estimula intensivamente a extrapolação, agindo suas técnicas promocionais em outra dimensão que poderia ser designada como ‘valor simbólico’. Ao tomar um medicamento o que se quer é que o mesmo interfira sobre os sintomas da doença, sob a ilusão de que se esta atuando sobre eles, e na medida do possível, dominando-os.
Até o século XVIII, o medicamento representava muito mais um recurso adicional disponibilizado aos médicos. Com o decorrer do tempo e, sobretudo, quando os produtos farmacêuticos passaram a requerer uma prescrição medica, a dimensão simbólica se intensifica ainda mais. Os múltiplos aspectos socioculturais e comportamentais envolvidos na questão dos medicamentos tem sido objeto de diversos ramos das ciências sociais e sua aplicação à areia da saúde. Com o avanço da biomedicina, foi sendo detectada sua impossibilidade de oferecer respostas conclusivas ou satisfatórias para muitos problemas, como para os componentes psicológicos ou subjetivos que acompanham, em grau maior ou menor, qualquer doença. O modelo biomédico estimula os médicos a aderir a um comportamento extremamente cartesiano na separação entre o observador e o objeto observado. Por mais que alguns profissionais queiram visualizar seu paciente como um todo e situá-lo, de alguma maneira, no contexto socioeconômico, terminam por regressar ao reducionismo, pois este foi o modelo em que foi pautada sua formação na escola médica.
O problema central do modelo biomédico não reside em uma espécie de maldade intrínseca que o caracterizaria, mas no fato de que ele é demasiado restrito no seu poder explicativo, o que implica em óbices importantes para a prática de médicos e pacientes. Médicos sensíveis estão insatisfeitos com o referido modelo, não propriamente porque o mesmo não responde a muitos dos problemas clínicos e sim, devido ao fato de que se dão conta das reações psicológicas dos seus pacientes e dos problemas socioeconômicos envolvidos na doença. Mudar a consciência de uma sociedade não é nada fácil, incitar as pessoas a saírem do seu comodismo, muito menos. Sempre vai haver alguém que vai adoecer por não se cuidar, achar que a sociedade vai viver totalmente com o pensamento que a saúde é de caráter biopsicossocial é uma utopia, e para isso cada um dos modelos vai estar lá para sanar as necessidades de saúde. Seria interessante que esses modelos se integrassem e delimitassem seu papel de atuação para que se completem e possam oferecer uma atenção à saúde completa a todas as pessoas e a quem a recorre.
O Modelo biomédico tem vantagens a concentração em partes cada vez menores do corpo e como desvantagens a redução da saúde a um funcionamento mecânico.
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