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O CONTEÚDO LUTAS NO CONTEXTO DA ESCOLA PÚBLICA DA BAIXADA FLUMINENSE: ALGUMAS CONSIDERAÇÕES A PARTIR DA EDUCAÇÃO FÍSICA

Por:   •  16/11/2022  •  Artigo  •  4.151 Palavras (17 Páginas)  •  131 Visualizações

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Wallace Diniz Da Silva Gomes

Wellington Do Amaral Paixão

O CONTEÚDO LUTAS NO CONTEXTO DA ESCOLA PÚBLICA DA BAIXADA FLUMINENSE: ALGUMAS CONSIDERAÇÕES A PARTIR DA EDUCAÇÃO FÍSICA

Trabalho de Conclusão de Curso, apresentado ao Curso de Licenciatura Plena em Educação Física, da Associação Brasileira de Ensino Universitário, para obtenção do título de Professor de Educação Física.

Orientador(a): Profª. Ma. Roberta J. Coube

Belford Roxo, junho, 2014


RESUMO

Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs, 2000), as lutas são conteúdos da Educação Física escolar juntamente com esporte, jogos e ginásticas. Sendo o conteúdo de lutas o precursor desta pesquisa, fizemos uma pesquisa qualitativa por meio de entrevista semi-estruturada, sendo aplicado questionário aberto a professores de Educação Física da rede pública de ensino em 3(três) escolas estaduais, em 3 (três) diferentes municípios da Baixada Fluminense – RJ, sobre a compreensão do conteúdo de lutas na disciplina de Educação Física. Sabendo-se que a Educação Física tem um importante papel na formação do aluno, visamos mostrar o conceito e as diferenças, os princípios pedagógicos e a importância do ensino das lutas nas aulas de Educação Física. Partimos da premissa de que o referido conteúdo não pode passar por restrições devido a associações equivocas de sua prática à violência. Esta pesquisa serviu também para identificar outros fatores que implicam na aplicação do referido conteúdo, tais como falta de material apropriado, estrutura das escolas e até mesmo o fato de o professor não ter prática em modalidades de lutas, o que o faz se sentir inseguro para ministrar o conteúdo em suas aulas. Sendo assim, o professor de Educação Física, pode ter as lutas, como uma forte ferramenta para ser utilizada em suas aulas, não precisando ser um praticante de uma modalidade, mas sim fazendo uso do que propõe os PCNs no que diz respeito às lutas e também às atividades alternativas que envolvem o conteúdo.

Palavras -chave: Lutas, Educação Física, Escola.

ABSTRACT

According to the National Curricular Parameters (PCN 2000), the fights are contents of school physical education with sport, games and gymnastics. Being content of struggles the precursor of this research, we did a qualitative study using a semi-structured interview using open-ended questionnaire, applied to physical education teachers from public schools in three (3) state schools, three (3) different the Baixada Fluminense - RJ on understanding the content of struggles in Physical Education. Knowing that physical education plays an important role in student education, we aim to show the concept and the differences, the pedagogical principles and the importance of teaching the fighting in Physical Education classes, as well as those contents can not pass restrictions due the equivocal associations of their practice violence. This survey also served to identify other factors that imply the application of that content, such as lack of suitable material, structure of schools and even the fact that the teacher does not have practical modalities of battles, which makes you feel unsafe to deliver content in their classes. Thus, the PE teacher, can have the fights, as a strong tool to be used in their classes, and need not be a practitioner of a sport, but rather making use of the PCNs which proposes with regard to the struggles and Also alternative activities involving the contents.

Keywords: Fights, Physical Education, School.

INTRODUÇÃO

As lutas são conteúdo da matriz curricular do curso de Educação Física e inseridas nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs, 2000), por se tratar de um componente da cultura corporal. Mas o que se tem observado é que os professores de Educação Física possuem dificuldade de trabalhar com o referido conteúdo em suas aulas. Tal dificuldade é natural quando o profissional coloca certos empecilhos relacionados à insegurança por não ter uma prática de lutas adequada ou devido à falta de material na escola, entre outros fatores.

Parece-nos que o conteúdo lutas passa por uma discriminação atribuída pelo senso comum, ou seja, os discursos não respaldados teoricamente costumam defender equivocadamente que as lutas incitam a violência. Em alguns casos, o referido conteúdo é usado fora da matriz curricular da escola (de maneira extracurricular) – curiosamente a luta nesse contexto é mais bem aceita do que na escola. Betti (1991) fala que a luta como conteúdo da Educação Física vem sofrendo por restrições, pelos professores não utilizarem essa manifestação cultural em suas aulas e ainda agridem o ensino delas.  O termo luta, por si próprio, já causa um certo questionamento sobre seu significado; e, associado ao termo arte marcial, a dúvida fica ainda maior, pois por serem de pouco conhecimento causam uma certa confusão e nem mesmo os professores não conseguem diferenciá-los ou não sabem o significado de cada termo.

É nesta perspectiva que essa pesquisa vai se embasar para tratar de um assunto que quase não é abordado, mediante as inúmeras dificuldades enfrentadas pelo professor de Educação Física no contexto das lutas. Nesse contexto, acreditamos que o presente estudo pode ser importante para, futuramente, buscarmos métodos que visem sanar algumas dessas dificuldades.

Assim, a indagação que permeia o nosso trabalho vem a ser: como os professores de Educação Física utilizam o conteúdo lutas em sua disciplina? Somada à seguinte questão: é possível ensinar lutas sem tê-las praticado? Em outras palavras, o professor que nunca experienciou sequer uma modalidade de lutas é capaz de trabalhar com este conteúdo da cultura corporal?

        Tendo em vista que o conteúdo lutas pertence à cultura corporal – área de investigação científica da Educação Física, esta pesquisa justifica-se por abordar um assunto que é complexo e ainda encontra entraves e impossibilidades de ocorrência efetiva no ambiente escolar: as lutas, as quais, equivocadamente, são confundidas com briga e violência, mas que se diferenciam destas. Nesse sentido, há de se questionar a perspectiva do senso comum, que encara equivocadamente as lutas como sinônimo de brigas e violências, podendo assim vir a ser raramente trabalhado no contexto escolar, além de tentar identificar outras possíveis causas, por meio de pesquisas com questionário aberto, onde foram entrevistados três professores da rede pública de ensino da baixada fluminense.           

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