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PIERRE FATUMBI VERGER: MENSAGEIRO ENTRE DOIS MUNDOS

Por:   •  1/9/2020  •  Resenha  •  502 Palavras (3 Páginas)  •  608 Visualizações

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Resenha:

Pierre Fatumbi Verger: mensageiro entre dois mundos.

O documentário cultural retrata a vida de um homem já em idade avançada, um senhor fotografo que viveu entre dois mundos, nascido na França viajante por vários países no mundo e que passa a viver entre baianos e africanos, revelando a sua paixão pela Bahia e a iniciação no mundo dos orixás.

Este documentário é uma entrevista dada ao cantor Gilberto Gil, e já no início Pierre Verger revela sua paixão pela Bahia, onde veio visitar em 1946 e resolve ficar morando, entre idas e vindas entre Bahia e a África.

 Na África ele permanece por 17 anos e na Bahia reside até a presente entrevista.

Os trabalhos de fotografias afim de registrar uma cultura com um olhar pessoal sem interferir no contexto e nas raízes da vida dos baianos e africanos, fez com que ele se aproximasse cada vez mais dos terreiros o que despertou o interesse de Pierre Verger a religião candomblé e ao mundo dos orixás.

Na filmagem, Gilberto Gil segui os passos de Verger na França, Bahia e África e busca desvendar os mistérios vividos entre dois mundos por ele.

Na verdade, o documentário procura desvendar a questão de como um homem branco francês, intelectual pode se tornar íntimo dos orixás ao ponto de ponto de se tornar um Babalaô (pai do segredo) e receber um novo nome: Fatumbi – nascido de novo graças ao Ifá. Alguns dizem que foi porque ele soube guardar segredo.

Além de potencializar que a cultura africana tem continuidade no Brasil devido ao contrabando de negros que foram escravizados aqui no país, ele mergulha no universo dos dois povos e vive experiências contadas através deste documentário.

Gilberto Gil ao assumir o papel do francês ele resolve andar pelos lugares visitados por ele tanto na França, Bahia e África, conversando com pessoas que ele conheceu e chega ao berço do candomblé onde Verger foi iniciado na África (Kêto).

O documentário mostra como Pierre Verger através de suas fotos conta a continuidade do candomblé da África no Brasil. Isso se faz muito importante confirmando o contrabando dos escravos vindos da África (livro: Fluxo e Refluxo).

Fatumbi foi mais do que um pesquisador que fotografava tudo, alguém que sabia como se comportar nos ritos, alguém que tinha o seu lugar ritual. Dizia que não acreditava em nada, ao mesmo tempo que seguia alguns ritos relacionados ao candomblé, o que faz com que questionemos se ele realmente tinha a crença em orixás, no entanto a admiração dos que deram depoimentos sobre ele no documentário não se abala com relação esta questão.

  Através deste documentário podemos mergulhar nos estudos de Verger por meio de suas fotos e experiências vividas no mundo de orixás, candomblé, Bahia e África, o que nos faz refletir sobre a influência africana na cultura no Brasil, e a aceitação dessa cultura no Brasil pelos descendentes africanos. Além da crença é preciso saber comportar, apreciar e respeitar todos os costumes e povos inseridos no nosso meio, pois somos complementos de várias culturas e histórias.

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