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Relatório apresentado à disciplina de Aprendizagem Motora como requisito avaliativo da terceira unidade

Por:   •  5/12/2016  •  Relatório de pesquisa  •  1.519 Palavras (7 Páginas)  •  902 Visualizações

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CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO FÍSICA

DISCIPLINA: APRENDIZAGEM MOTORA

Relatório da Atividade de Campo

3º unidade

Natal – RN

Novembro - 2016

Relatório da Atividade de Campo

3º unidade

Relatório apresentado à disciplina de Aprendizagem Motora como requisito avaliativo da terceira unidade

               

Natal – RN

Novembro - 2016

INTRODUÇÃO

        A aprendizagem motora é um processo decorrente das vivências individuais durante a fase do desenvolvimento motor, essas mudanças estão relacionadas com a repetição da ação e são consideradas o produto da aprendizagem motora. Dessa forma, estudar o desenvolvimento motor implica em considerar as mudanças no padrão motor definidas como permanentes e que se relacionam com a prática e experiências regulares (HAYWOOD, K.; GETCHELL, N. 2010; SCHMIDT, R. A.; WRISBERG, C.2010a).

Existem diferentes métodos e teorias para abordar o processo de aprendizagem motora, neste trabalho serão tratados os métodos de Análise Ecológica da Tarefa – AET (DAVIS, W. E.; BROADHEAD, G. D) em que, basicamente, o modelo propõe o ensino a partir de problemas táticos em contexto de jogo e a ênfase na aprendizagem cognitiva antes do desempenho motor. E o Método parcial de ensino (Shavelson, R., Webb, N., & Burstein, L.1986 apud Teoldo, I et al. 2010 ) que através de uma forma analítica de transmissão dos conteúdos/conhecimentos, progredindo em grau de complexidade, priorizando a técnica como elemento fundamental e dando destaque ao professor como elemento central do processo (Teoldo, I et al. 2010)

Alguns autores como Metzler, 2000 e Bunker e Thorpe (1982 apud Teoldo, I et al. 2010) levantam pontos de reflexão a respeito do método parcial de ensino, tais como: “o comprometimento da importância da intencionalidade do ensino, manifestada na descontextualização dos comportamentos e na baixa inferência das variáveis”, e “a ausência de uma perspectiva teórica, o que compromete o significado e a coerência do direcionamento das questões sobre o ensino” além de outros.

Por tanto, com o intuito de vivenciar de forma prática o processo de ensino de ambos os métodos e entender melhor os processos inerentes de cada um, visitamos a Escola Municipal Eulina Augusta de Almeida localizada no município de Parnamirim/RN e aplicamos aulas de handebol baseadas nas duas metodologias, para uma turma composta por 17 crianças do 3º ano.

SOBRE A ATIVIDADE

A aula foi realizada no dia 29 de novembro de 2016 com alunos do terceiro ano do ensino fundamental na Escola Municipal Eulina Augusta de Almeida, situada na Rua São Vicente nº 250 no município de Parnamirim. O tema da aula foi a prática do arremesso da bola no Handebol através das abordagens analítica e global. No primeiro momento da aula, parte dos alunos observou os movimentos de arremesso, enquanto outra parte recebeu as instruções diretamente para a realização da tarefa. A primeira fase dessa etapa foi feita por simulação sem o uso da bola e após eles terem adquirido o conhecimento da sequência dos movimentos, os alunos executaram a tarefa com a bola, realizando o arremesso sem goleiro e posteriormente com goleiro.

O segundo foi feito com os alunos que estavam observando os colegas praticarem o arremesso. Foram formadas duas equipes de 6 alunos para jogar, utilizando apenas o conhecimento adquirido durante a observação. Eles puderam então compreender melhor o arremesso em uma situação de jogo.

TGFU NA PRÁTICA DO MÉTODO GLOBAL

O Teaching Games for Understand (TGfU) é um modelo de ensino do esporte que prioriza a compreensão tática, os processos cognitivos e a tomada de decisão. Por meio desse método, o aluno buscará soluções para aplicar numa situação de jogo com os problemas que surgirão nesse momento.(Teoldo, I et al. 2010)

O modelo TGFU se baseia na teoria construtivista, ou seja, parte da ideia de que o aluno é construtor de sua própria aprendizagem. Desta forma, o TGFU rompe com a concepção de que o professor apresente propostas, reflexões, e avaliação prontas, como se o aluno tivesse que aceitar de forma passiva tudo quanto lhe é transmitido (Teoldo, I et al. 2010).

Partindo desse pressuposto, as aulas de iniciação esportiva que está (ainda) tradicionalmente pautada no modelo analítico de ensino, devem ser desvinculadas desse contexto de jogo que visa o ensino de habilidades técnicas de forma meramente isolada, visto que a aprendizagem de um movimento técnico não garante que o aluno esteja "apto" para jogar o jogo formal. Isto é, esse modelo tradicional de ensino “não promove” de forma eficiente as possibilidades educacionais e a complexidade do contexto que o jogo envolve (Teoldo, I et al. 2010).

 Segundo Bunker e Thorpe (1982 apud Teoldo, I et al. 2010), aprender a jogar qualquer jogo envolve: aspectos constituintes do jogo; tomada de consciência tática; tomada de decisão do que fazer e como fazer; exercitação das habilidades necessárias à realização motora, e, finalmente, o desempenho tático e técnico no jogo.

O TGFU propõe um ensino de descoberta guiada, em que o aluno é colocado em situações de jogo com problemas táticos, para que o mesmo busque verbalizar, discutir, explicar e procurar soluções, orientado pelas questões estratégicas do professor, com a finalidade de trazer a solução do problema e respectivas soluções para um nível de compreensão consciente e de ação intencional sobre a tática do jogo (Teoldo, I et al. 2010).

REFLEXÃO

Uma grande dúvida é saber qual método é mais adequado ou eficiente para que os alunos possam estar aprendendo a prática de um jogo especifico, visto que os dois métodos mostram diferentes características em sua aplicação, já que cada abordagem prioriza o aluno ou a técnica. O método analítico percebe o aluno como um indivíduo com capacidades a serem desenvolvidas pela prática da técnica. Já o método global vê o aluno como um indivíduo com habilidades que podem ser desenvolvidas e aplicadas na prática do jogo. Nos dois métodos é possível perceber vantagens e desvantagens, desta forma, cabe ao professor fazer uma analise de qual método deverá ser utilizado no contexto do jogo aplicado.

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