Seminário da Prática 2 – Formação Docente_Diversidade na escola

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1. INTRODUÇÃO

Ser docente, no âmbito contemporâneo, demanda, além de indispensabilidade de distintos saberes, respeito ao que se apresenta diferente. Nesta fase evolutiva, regida pelo conhecimento, pelo rompimento de fronteiras e de constantes alterações, se faz urgente e de extrema importância formar o professor para atuar no universo escolar de acordo com suas exigências, acima de tudo, pela pluralidade cultural. Por conta de todas as formas de diferença, a formação docente necessita cada vez mais qualificar profissionais que se adequem a vasta diversidade sociocultural do nosso país.

A diversidade é uma das maiores riquezas do ser humano no planeta e a existência de indivíduos diferentes numa cidade, num país, com suas diferentes culturas, etnias e gerações fazem com que o mundo se torne mais completo (Declaração Universal dos Direitos Humanos - DUDH). Organização das Nações Unidas em 10 de dezembro de 1948.

O estudante do curso de formação docente precisa ter a visão que a sua formação é vital para o exercício de educar, entender que ser um professor é lidar constantemente com pessoas e por esse motivo precisa buscar regularmente conhecimento que lhe dê suporte para dar continuidade na prática pedagógica de maneira eficaz.

Devido a necessidade de conhecer a realidade da prática docente e auxiliar a formação profissional de acordo com as políticas educacionais dadas pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), Lei 9.394/96, seguimos o determinado e verificamos em campo o trabalho do educador, adotando o indicado através de uma visita a uma unidade educacional, desta mantivemos um palratório informal com um docente a fim de fazer o levantamento do perfil deste, levando em conta aspectos como sua formação profissional, formação complementar, anos de atuação e de sua visão quanto a diversidade étnica, social, cultural, econômica, religiosa entre outras no exercício de sua profissão. Em seguida, relacionamos a conversa informal com o conteúdo e seus conceitos obtidos no semestre sobre a temática.

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1. Breve história da educação no Brasil

No decorrer da história da educação no Brasil, precisamente a partir do período colonial, buscou-se utilizar um ensino sistematizado que atendesse aos propósitos de cada período e atendendo a demanda de suas respectivas épocas.

Na primeira escola normal do País, criada na Província do Rio de Janeiro, só era permitida a formação de docentes do sexo masculino, alteração sofrida mais tarde após reformulação na política e a falta de atrativos econômicos para a função neste período.

O processo de formação e a educação do país em todo processo histórico foi acordando com a política econômica e seus interesses. Entretanto, partindo da necessidade de formar cidadãos críticos e conscientes, baseado em idéias de pesquisadores e teóricos, surgiram as tendências pedagógicas, estas de notável significância para a Educação, pois contribuem para o gerenciamento do trabalho docente, de acordo com a necessidade da sociedade corrente. Conhecer as tendências e perspectivas de ensino é fundamental para realizar o trabalho docente, buscando sentido para o aluno, norteando o trabalho como professor, dando base estrutural para ensinar.

Ensinar não é apenas passar o conteúdo, mas utilizar este como instrumento com objetivo de socializar o aluno. O professor humaniza o aluno instruindo, mediando o conhecimento de gerações anteriores e atual, mostrando o modo de agir requisitado no padrão social em questão.

Segundo Durkheim (2010, p. 16), “A educação é a ação exercida pelas gerações adultas sobre aquelas que não estão ainda maduras para a vida social.”. E quanto mais eficiente for o processo, melhor será o desenvolvimento da comunidade em que a escola esteja inserida. 

Sendo assim, compreendemos que educar não é apenas a reprodução de conhecimentos e disseminação de idéias, é uma forma de garantir o suporte para a própria existência, exigindo muito mais do educador, demanda conhecimento plural, influenciando os sujeitos individuas para pensar de modo reflexivo, crítico e construtivo.

1. perfil do professor

Tivemos uma conversa informal e extraímos das perguntas sugeridas o perfil do professor entrevistado:

1. Idade: 40 anos
2. Formação: Licenciatura em Física
3. Formação complementar (especialização/área): Mecatrônica industrial
4. Tempo de atuação no ensino: 20 (Vinte) anos
5. Jornada de trabalho semanal: 40 (Quarenta) horas
6. Nível de atuação (Anos Finais do Ensino Fundamental e/ou Ensino Médio): Ensino médio

1. VISÃO DO PROFESSOR

Conforme o conhecimento, a experiência adquirida no decorrer dos anos e a ação sofrida pelo meio, o professor nos respondeu as questões abaixo, voltadas para a diversidade, de forma esclarecedora.

1. O que é diversidade?

• É o conjunto de múltiplos aspectos que se diferenciam quanto à ordem social, cultural, étnico, linguístico, religiosa, social, biológica, política, entre outros.

1. Como você trabalha com as questões da diversidade na escola?

• Estabelecendo sempre um espírito de coletividade, pois essa é a melhor forma de respeitar a diversidade na sua maneira mais ampla.

1. Quais diversidades estão em evidência na sua escola?

• Políticas, sociais, sexuais e religiosas.

1. Quais ações a escola deveria realizar para a promoção do respeito à diversidade na escola?

• A principal forma é intercambiar as diversas questões que abordem, por pesquisa, trabalho, seminários e palestras, elucidando conceitos vitais como preconceito discriminação e racismo.

1. ANÁLISE DA ENTREVISTA

Diante do exposto entendemos que o educador entrevistado adota uma postura em busca de integração, tentando eliminar o influxo das características do meio sociocultural que o influencia, enfatizando o quão importante é o respeito das diferenças.

Perante a vasta configuração de diversidade, numa sociedade formada por multicultura, ainda assim, sofremos a dominação hierárquica por conta do sistema de classes. Desta forma, ocorre a ação etnocêntrica, onde um determinado grupo social considera o seu grupo acima dos demais, desconsiderando o fundamento funcional de outra cultura, ficando limitado a uma única como referência, o seu grupo, o seu eu. É importante lembrar que devemos respeitar as diferenças e não somente entender, mas saber lidar com estas sem pautar juízos de valor.