SÍNTESE DOS CAPÍTULOS 2 E 4 DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO DO CEDF/UEPA

De acordo com o segundo capítulo do Projeto Político Pedagógico do curso de Educação Física (2007), entende-se que a realidade educacional e social, atualmente no Brasil, se contrapõe aos avanços tecnológicos nas áreas de conhecimentos científicos. Assim, torna-se primordial que a formação do professor de educação física traga características que possibilitem a este profissional transformar esse cenário, levando em consideração a realidade da nossa região, a região Amazônica.

Sabendo-se disso, é imprescindível visualizar este profissional como um mediador da formação crítica, social, cultural e ética desse aluno, visando ampliar as relações e interações socioculturais e assim diminuindo a exclusão social causada pelo modelo da sociedade atual, baseado em segmentação em classes medidas pelo poder econômico.

Além disso, entendendo que a Amazônia esta cada vez mais, sendo esgotada devido à extração e mineração em consequência da internacionalização da mesma feita pelo capitalismo. É de extrema importância que se consiga inserir as populações que dependem da floresta para sobrevivência e perpetuidade de sua história e cultura, como os povos indígenas, quilombolas e ribeirinhos. Visto que, ainda hoje eles se veem excluídos das interações sociais a que tem direito.

Desse modo, se faz essencial que o professor de educação física (licenciado) não seja diferenciado do pesquisador (bacharel), já que a pesquisa de metodologias transformadoras e a transmissão desse conhecimento estão diretamente vinculadas e são muito relevantes para a formação do professor e para se concretiza a ligação professor-aluno, visando a formação critica, intelectual, humana e social do homem.

Sobre a identidade da formação de professores em educação física no CEDF/UEPA e a sua relação com o mundo do trabalho, o que se refere o quarto capítulo deste PPP (Projeto Político Pedagógico), entende – se que a Educação Física usufrui de várias ciências e pressupostos filosóficos como intervenção social, política e cultural, tornando-a uma prática pedagógica, apesar das muitas discussões travadas sobre isso no decorrer das décadas passadas e de que a educação física foi utilizada, primeiramente, como uma forma de ludibriar a criticidade da população brasileira no fim do regime militar.

         O objetivo deste curso é formar cidadãos críticos a partir da interação social, da identidade cultural, das práticas corporais, como os jogos, a dança, a ginástica, os esportes e as lutas. Sempre dando ênfase e ratificando as práticas regionais do indivíduo para a perpetuação de sua cultura.

        Para se introduzir no mercado de trabalho, é preciso que o profissional de educação física entenda o modo de produção capitalista no qual estamos inseridos atualmente, visando estritamente lucros, e provocando, cada vez mais, a competição nada saudável entre profissionais de diversas áreas. No entanto, é necessário que este saiba lidar com essa forma de produção, visto que a demanda para professores de educação física está se ampliando mais e mais, atentando para a desumanização do homem e a alienação que o capitalismo visa implantar ao idolatrar o lucro e ver o profissional apenas com força de trabalho e não um agente transformador.