A Doença Inflamatória do Pâncreas
Por: Andre Adorno • 15/10/2018 • Trabalho acadêmico • 748 Palavras (3 Páginas) • 298 Visualizações
Pancreatite é uma doença inflamatória do pâncreas, órgão responsável por funções endócrinas como a produção de insulina e glucagon, e exócrinas como a produção de amilase e lipase. Essa inflamação em casos mais leves pode ser autolimitada ou em casos severos necessitam de monitorização contínua e com grandes índices de mortalidade.
A pancreatite pode ser aguda ou crônica:
Existem vários fatores que caracterizam a pancreatite em aguda ou crônica, como por exemplo a etiologia, a aguda tem como principal causa litíase biliar e o alcoolismo, sendo que surtos agudos em alcoolistas são exacerbações de formas crônicas, outras causas menos comuns são por uso de fármacos; antirretrovirais para Aids, azatioprina, sulfonamidas, estrógenos, AINEs, inibidores da ECA, infecções virais, hipertricliceridemia, hipercalcemia, traumas abdominais, fibrose cística. Já a forma crônica da pancreatite tem como principal causa o alcoolismo e causas mais raras doenças autoimunes e hiperparatireoidismo.
Um paciente com pancreatite aguda apresenta como sintoma principal dor epigástrica em faixa que irradia para flancos e dorso, de início repentino que pode atingir seu ápice em até 15 minutos, além da dor o paciente pode apresenta distensão abdominal, náuseas, vômitos, icterícia, sinais de comprometimento pulmonar, sinais de peritonite, dentre outros. Seus exames laboratoriais mostram amilase e lipase em valores 3 vezes superiores ao normal. O paciente com a forma crônica também tem como principal sintoma a dor nos quadrantes superiores do abdome que irradia para dorso, essa dor tem intensidade variável e piora com a ingesta de alimentos gordurosos e álcool, o paciente pode apresentar também esteatorréia, emagrecimento, diabetes melitus, deficiência de vitaminas lipossolúveis (A, D, E e K) e de vitamina B12. A dosagem de amilase e lipase geralmente está normal, mas pode mostrar alterações nas enzimas hepáticas como bilirrubina e fosfatase alcalina.
O tratamento médico da pancreatite aguda visa reduzir as chances de mortalidade, prevenir necrose pancreática, infecções e corrigir fatores predisponentes. Tal tratamento muitas vezes é feito apenas por medidas clínicas como reposição hídrica, administração de analgésicos, administração de dieta enteral até a melhora, ou em formar mais graves é feito em uti, com ventilação mecânica correção de desequilíbrio hidroeletrolítico, hemodiálise, antibioticoterapia ou até mesmo cirurgia. Na pancreatite crônica o tratamento consiste em prevenir complicações, manejar as deficiências endócrinas e exócrinas, aliviar a dor, ensinar o paciente a ter mudanças e seu estilo de vida como ter uma dieta hipolipídica, abstinência alcoólica, administração de enzimas pancreáticas, tratar o diabetes melitus e em alguns casos ressecção cirúrgica do pâncreas.
A enfermagem deve atuar em casos de pancreatite aguda no controle da dor com medidas clínicas e administração de analgesia prescrita, reestabelecer o volume hídrico normal, melhorar a função respiratória do paciente, controlar náuseas e vômitos, educar o paciente afim de prevenir novos episódios de pancreatite aguda e se necessária cirurgia preparar o paciente para a mesma. Em casos de pancreatite crônica a enfermagem deve também controlar a dor que é a principal queixa, melhorar o estado nutricional do paciente, aliviar a ansiedade pré-cirurgica do paciente e principalmente educar o paciente e aliviar o estresse do mesmo, pois ele terá que se acostumar com uma nova rotina com novo estilo de vida; ensinar dieta hipolipídica, abstinência alcoólica, tratar DM.
Diagnósticos de Enfermagem Pancreatite Aguda
- Dor Aguda relacionado a agente lesivo químico e biológico.
- Risco de choque relacionado a hipovolemia e síndrome da resposta inflamatória sistêmica.
- Risco de volume de líquidos deficiente relacionado a perda excessiva de líquido por vias anormais.
Diagnostico de Enfermagem Pancreatite Crônica
- Risco de glicemia instável relacionado a conhecimento insuficiente do controle da doença.
- Nutrição desequilibrada: menor do que as necessidades corporais relacionado a incapacidade de digerir os alimentos
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