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A Humanização no Cuidado Paliativo ao Idoso Hospitalizado

Por:   •  19/1/2022  •  Ensaio  •  1.371 Palavras (6 Páginas)  •  238 Visualizações

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A humanização no cuidado paliativo ao idoso hospitalizado

Entender os valores éticos que permeiam o cuidado com o idoso.

 A longevidade é um adjetivo usual para os idosos no Brasil e no mundo, mas algumas adequações ainda são necessárias no contexto social e psico-bioespiritual, pelas perdas fisiológicas, que acabam dificultando a fluência espiritual e social, as quais se vinculam a diminuição do poder manter-se autônomo, o que gera uma ameaça para o paciente com relação ao sentido de vida, perda de controle, enfraquecimento da relação com os outros, uma vez que o processo do morrer intensifica o isolamento e interrompe as formas de contato com os outros. Neste contexto, os valores éticos e humanos permeiam os cuidados paliativos, já que se apresenta como critério nobre na realização de um atendimento hospitalar com caráter de fato promotor da qualidade de vida, mesmo que esta vida se aproxime do fim. Semelhante ao que relata Candia (2009), o cuidado humano é exercitado, vivido e sentido no interior de cada um, envolvendo atos, valores e ética que devem fazer parte do nosso cotidiano. O cuidado ético é fazer com que a ação de cuidar, seja moralmente correta. Um dos maiores desafios para os profissionais da saúde é buscar desenvolver uma prática humanizada, em que possamos continuadamente refletir sobre o sentido das nossas ações, reações e atitudes com os pacientes. O sofrimento na fase terminal da doença é muito mais que físico. Ele afeta não somente o conceito de si próprio, mas também o senso global de sentir-se conectado com os outros e com o mundo. Este sofrimento pode ser sentido como uma ameaça para o paciente com relação ao sentido da vida, perda de controle, enfraquecimento da relação com os outros, uma vez que o processo do morrer intensifica o isolamento e interrompe as formas ordinárias de contato com os outros (PESSINI, s/d). Corroborando, Gutierrez, Ciampone, (2006) relatam que: Os profissionais de saúde devem criar possibilidades para que o indivíduo compreenda a sua doença, ao invés de focalizar somente a sua saúde, pois essa conscientização pode ajudá-lo a enfrentar a enfermidade, e até mesmo facilitar a conscientização da aproximação da sua morte. A visão relacionada ao ato de morrer tem se modificado com o decorrer do processo de transformação das sociedades, e estão diretamente ligadas ao estágio de desenvolvimento dessa sociedade, assim como as suas especificidades, valores e ritos. Cabe destacar que, em relação à morte e ao processo de morrer, cada sociedade tem seus próprios comportamentos, hábitos, crenças e atitudes, que oferecem aos indivíduos uma orientação de como devem se comportar e o que devem ou não fazer, refletindo a cultura própria de cada região e, também, diferenciando-a de outros. Portanto, em consonância ao que dizem Floriani, Schramn (2008), os cuidados paliativos constituem uma modalidade emergente da assistência no fim da vida, construídos dentro de um modelo de cuidados totais, ativos e integrais oferecidos ao paciente com doença avançada e terminal, e à sua família, legitimados pelo direito do paciente de morrer com dignidade.

perspectiva, é importante assinalar que a ética não se preocupa tanto com as coisas como são, mas com as coisas como podem ser, e, especialmente como devem ser (PESSINI e BERTACHINI, 2004). À luz dessas observações como relata Burlá in FREITAS (2011, p.1229), o enfoque da humanização ética no cuidado paliativo é o alívio dos sintomas que comprometem a qualidade de vida, integrando ações médicas em conjunto com as de enfermagem, psicológicas, nutricionais, sociais, espirituais, de reabilitação e assistência aos familiares. Ressaltando que tais medidas não têm caráter curativo, mas pretendem dar conforto ao paciente. O papel da comunicação na humanização da atenção à saúde Entender a importância da comunicação na área da saúde Segundo Maria Júlia Paes da Silva, a palavra comunicar vem do latim comunicare, que tem por significado por em comum. Essa palavra pressupõe o entendimento, e sabemos que não existe entendimento se não houver compreensão. A comunicação na área da saúde precisa ser de qualidade, as pessoas precisam ter compreensão do que queremos dizer a elas, precisamos ter claro qual a capacidade de troca que somos capazes de fazer com alguém que está precisando de ajuda. A comunicação tem duas partes, a primeira é o conteúdo, o fato, a informação que queremos transmitir, a segunda, o que estamos sentindo quando nos comunicamos com a pessoa. A nossa comunicação está intimamente ligada ao nosso referencial de cultura, e o profissional da área da saúde tem sua “própria” cultura, diferente da pessoa que é leiga no assunto. Por isso, é importante que o profissional saiba que quanto mais conhecimento, quanto mais informações ele possuir sobre o paciente e sua doença, melhor será seu desempenho e habilidade em se comunicar. Nem sempre o profissional tem a consciência de que ao falarmos de comunicação, não falamos apenas em palavras expressas, que pode ser denominada como comunicação verbal. Ou seja, existem formas de comunicação que não envolve palavras e são denominadas de não verbal, que são os gestos, “caras e bocas” como chamamos popularmente. Resumindo: Existem dois tipos de comunicação: a comunicação verbal que é mais frequente, a mais habitual. Utiliza-se a linguagem oral ou escrita para o estabelecimento do contato. Costuma ser o instrumento preferido de comunicação, envolve ritmo, tom, entonação da voz. Comunicação não verbal é todo instrumento utilizado na comunicação que não seja a linguagem oral ou representa- da por sinais gráficos, escrita. Exemplo disso linguagem corporal, expressões faciais. A comunicação entre paciente e profissional da área da saúde “Os pacientes gostariam de ter mais tempo para falar, mais tempo para fazer perguntas, mais informação sobre os exames que é preciso realizar e seus eventuais resultados, mais informação sobre o diagnóstico da doença e sobre o seu tratamento e reabilitação e maior sensibilidade para as suas preocupações.” Teixeira, 1999. Pacientes olham para o rosto do profissional e não para suas mãos, para entender o que sentimos ao lhe prestar cuidado. Os principais problemas na comunicação na saúde são informação insuficiente, imprecisa ou ambígua, stress e dinâmica

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