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A Miocardite Viral

Por:   •  12/6/2018  •  Trabalho acadêmico  •  3.166 Palavras (13 Páginas)  •  272 Visualizações

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  Miocardite Viral

 A miocardite é uma inflamação que acomete o miocárdio, camada muscular do coração, podendo ocorrer por diversas causas como infeções por vírus, por bactérias, por fungos, por medicações, consumo excessivo de álcool, por consumos de outras drogas como cocaína, também por doenças autoimunes. Estima-se uma maior incidência da doença em homens e, na sua fase adulto jovem, também é uma das principais causas de morte súbita em pessoas com idade menor que 40 anos e em crianças. Casos de crianças com miocardites, em média até doze anos apresentam mortes e vários casos de transplante cardíaco.  Sua manifestação clinica são variáveis pode ocorrer problemas no bombeamento do sangue e, alterar suas funções desenvolvendo arritmias e também insuficiências cardíacas, também dilatação e disfunção ventricular assintomática, quadros de choque cardiogênico, dor precordial, doenças coronárias, palpitações, sincope, lipotimia, morte súbita. Enfoca-se a miocardite causada por diversos tipos de vírus, que são as formas mais comuns da doença. Uma forma secundaria que pode causar a miocardite são vírus de DNA e de RNA e, divide-se em fase aguda, subaguda e crônica, que é muito importante a detecção das mesmas para definição de seu diagnostico correto. Em sua fase aguda que é de viremia, ocorre perda de miócitos por necrose pela ação direta desse vírus que, entra na célula e os receptores da membrana seguem com uma agressão viral que é dada pela ativação do sistema imune junto a células natural killer e os macrófagos. A resposta inflamatória é seu mecanismo de defesa, produção de citocinas que, podem acabar danificando os miócitos, mas isso se da conforme o tempo de exposição e dos níveis da célula. Em média após o quarto dia desta infecção, os títulos virais estão em alta e os anticorpos que neutralizam não são observados e, ate o seu decimo quarto dia de infecção estes anticorpos estão na tentativa da eliminação do vírus.  

                   A partir do quarto dia inicia-se a fase subaguda com a inoculação que vai do quarto ate o decimo quarto dia onde os linfócitos T invadem o miocárdio, fase que ocorre dano celular e os linfócitos B irão aumentar gradativamente nesta infecção. A importância da resposta imune humoral esta na lesão e na disfunção miocárdica onde a lesão direta ou indireta dos miócitos ira liberar miosina na circulação promovendo liberação de anticorpos estimulando linfócitos CD4 ampliando as lesões das células cardíacas e, estimuladas pelos linfócitos T CD4 que estimula linfócitos B para a produção de anticorpos antimiosina, estimulará linfócitos T CD8 formando uma reação cruzada destes anticorpos e antígenos virais, também das células miocárdicas que causam lesão dos miócitos. Pacientes com miocardite apresentam antígenos nos tecidos que realizam ligações especificas a antígenos e anticorpos que, reagem com as diferentes proteínas da membrana e do citoplasma do miócito cardíaco. Na fase crônica, iniciada no décimo quinto dia se estendendo até 90° dias após inoculação viral que, caracteriza-se pela grande quantidade de colágeno no interstício miocárdio e com fibrose que evolui para dilatação, disfunção e também por insuficiência cardíaca e sintomas como cansaço, falta de ar, inchaço, dor torácica, taquicardia frequente.  Alguns vírus que apresentam potencial causador de Miocardite Viral:

 - Vírus Coxsackie B é da família de patogenicidade enterovirus e, causam doenças que afetam o trato gastrintestinal leve até a quadros de pericardite e miocardite. A infecção por esse grupo viral apresenta sintomas como febre, cefaleia, dor em região de tonsilas palatinas, desconfortos abdominais, dores torácicas e musculares, podendo conduzir a quadros de meningite asséptica. Apresentam período de incubação de 2 a 35 dias, a doença pode perdurar até duas semanas. Este vírus e de estrutura viral de RNA, podendo ser resistente a uma variedade de tratamentos. É adquirido pela via fecal-oral e geralmente por ingestão de alimentos contaminados. Medidas preventivas como saneamento básico e ao adquirir o vírus o tratamento e com cuidados paliativos para dores e monitoramento de sintomas adversos.      

 - Adenovírus são vírus com estrutura de DNA e possuem três antígenos capsídeos (hexon, penton, fibra), são adquiridos através do contato com secreções, de pessoa para pessoa ou por algum objeto contaminado, pode ser transmitida também pelo ar ou pela agua. Na maioria dos casos a infecção e assintomática e recuperada por completo. Sintomas em especial crianças como febre de 39° com durações de ate 5 dias, dor em região de tonsilas palatinas, tosse, rinoreia, sintomas adversos no trato respiratório. Síndromes como conjuntivite, faringite, bronquiolite e pneumonias. Medidas de precauções como isolar secreções respiratórias, oculares, também fezes e urina. O tratamento e de suporte ao paciente e existem vacinas que contem adenovírus vivos dos tipos 4 e 7.    

   – Vírus da Influenza que são vírus de RNA, subdivididos nos tipos A, B, C. Vírus Influenza tipo A é aquele que sofre alteração em seu genoma e faz surgir novas cepas e é responsável pela maioria das epidemias de gripes, por ser suscetível a variações no seu antígeno. Vírus Influenza tipo B são aqueles que sofrem menos variações em seu antígeno e serão ligados diretamente a epidemias locais. Vírus Influenza do tipo C são aqueles estáveis e não ocasionam epidemias. O reservatório do tipo A encontra-se em humanos, suínos, cavalos, mamíferos marinhos e em aves, do tipo B em humanos e do tipo C em humanos e suínos. Sua transmissão é dada de pessoa para pessoa através de gotículas expelidas ao falar, tossir ou espirrar e, pelo contato de secreções. O período de incubação deste vírus e de 1 a 4 dias, porem o sintomas podem surgir em até 5 dias. O tratamento deste vírus e realizado com repouso e hidratação, medicações antitérmicas exceto acido acetil salicílico. Em quadros de agravos como complicações pulmonares deve-se oferecer um suporte avançado. A medida de prevenção e controle mais eficaz é a vacinação contra a Influenza, monitoramento das cepas dos vírus e avaliação da abrangência de vacinação, oferecer informações epidemiológicas.  

     - Vírus Citomegalovírus da família de Herpes vírus (catapora, herpes simples, herpes genital, herpes zoster). Esta infecção varia em seus sintomas de pessoa para pessoa causando estados febris e mal estar geral, doenças que acometem o sistema nervoso central, aparelho digestivo e retina, ele permanecera no hospedeiro em estado latente, se manifestando em períodos de queda em sua imunidade reativando a infeção. Suas formas de transmissão podem ser por vias respiratórias, transfusão de sangue, da mãe para o feto na gestação, por relações sexuais, por objetos de uso individual, seu período de incubação e de poucas semanas. Podem apresentar sintomas em sua fase aguda como febre, dor em região de tonsilas palatinas, órgãos como fígado e baço aumentados, e no resultado de hemograma alterações nos linfócitos atípicos. O seu tratamento em fase aguda se da por uso de antivirais, e recomenda-se cuidados básicos como uso de preservativos, lavar bem copos e talheres.  

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