A Origem da Enfermagem
Por: Tayaribeiro • 21/1/2018 • Resenha • 1.305 Palavras (6 Páginas) • 650 Visualizações
HISTÓRIA DA ENFERMAGEM
O cuidar
A palavra Cuidar vem do latim e segundo o dicionário Houaiss significa reparar; atentar para; prestar atenção em; fazer realizar com atenção; preocupar-se com; interessar-se por; responsabilizar-se; administrar; tratar; tratar da saúde, do bem estar; tomar conta.
Os vários significados desta palavra, nos remete às ações desenvolvidas pela enfermagem e neste capitulo faremos uma breve revisão sobre a História da Enfermagem para que possamos entender como o cuidado surgiu, a Enfermagem, o período pré-profissional e profissional até chegarmos ao momento em que nos tornamos uma profissão. À partir daí, faremos uma breve viajem pela História da profissionalização da Enfermagem bem como, conhecermos os órgãos de classe representativos da profissão.
A percursora da Enfermagem moderna no mundo: Florence Nightingale
Falar da história da enfermagem sem mencionar Florence Nightingale é inadmissível tendo em vista a importância da atuação desta mulher no cenário do desenvolvimento da enfermagem como profissão.
Florence Nightingale nasceu em Florença em 12 de Maio no ano de 1820 em uma família rica da sociedade inglesa. Foi educada por uma governanta e pelo pai, dominava várias línguas além do grego e do latim. Apesar de ser do período vitoriano no qual a mulher centrava seus esforços na casa e família, Florence estudou artes, matemática, filosofia, politica, história e economia tendo assim, uma educação muito superior às mulheres de sua época.
Caracterizava-se como uma mulher inteligente e perspicaz de pensamento crítico, sensível, sonhadora, perfeccionista e com tendência à introspecção, com fortes crenças espiritualistas que regraram toda a sua vida que tinha imagem de Deus como ser absoluto e que lhe “chamava” para seu serviço a favor do sofrimento e dificuldades dos seres humanos. Esta atitude foi reforçada pelo Unitarismo (ramos do protestantismo; é uma corrente de pensamento teológico que afirma a unidade absoluta de Deus, entendem que Deus é um e único, o Pai de Jesus Cristo) e pela sensibilidade religiosa prevalente na Inglaterra vitoriana.
Assim, convencida da sua vocação para o cuidado dos doentes, Florence com sua marcante personalidade enfrentou os obstáculos à sua participação na grande reforma sócio-político-sanitária que deflagrou em seu pais, reforma que rapidamente foi seguida por outros países.
Florence viaja por diversos países e como resultado de suas viagens e experiências vividas, publicou dois livros “Notas sobre Hospitais” – 1858 e “Notas sobre Enfermagem” 1859, além de artigos relativos à saúde, saúde pública, sobre a Índia e as condições sanitárias do exército.
Entre as atividades desenvolvidas sua participação na Guerra da Crimeia foi decisiva para marcar sua capacidade na organização do trabalho e dedicação no cuidado aos soldados feridos que possibilitou diminuir a mortalidade desses de 40% para 2%. Tal feito lhe rendeu reconhecimento nacional e oficial o que lhe possibilitou continuar servindo à administração inglesa como consultora da organização hospitalar de guerra além da inauguração, em 1860, da primeira escola de formação de enfermeiras.
Nesse momento nasce À enfermagem moderna, tendo o ensino sistematizado, realizado por enfermeiras e organizado principalmente dento do espaço institucional hospitalar, naquele momento no Hospital St. Thomas. Houve propagação deste modelo de “enfermagem nightingaliana” para outros países, chegando ao Brasil apenas na década de 1920 como um modelo já influenciado pelo norte americano.
No Brasil, uma mulher tal como Florence Nightingale, foi muito importante no cuidado aos soldados durante a Guerra do Paraguai, Ana Justina Ferreira Nery.
Matriarca da Enfermagem no Brasil: Anna Justina Ferreira Nery.
A Guerra do Paraguai no período de 1864 a 1879 quando o governo imperial brasileiro que unido à Argentina e Uruguai combateram ao então ditador Francisco Solano Lopes que com a intenção de ampliar o território paraguaio e conseguir Said para o oceano Atlântico, invadiu e conquistou o Mato Grosso. Ao obter sucesso nesta primeira empreitada decidiu invadir o Rio Grande do Sul só que para tanto precisou invadiu Corrientes, província Argentina. Assim, decididos a não permitirem o avanço dos planos deste ditador ocorreu em 1965 a tríplice aliança entre Brasil, Argentina e Uruguai, os três países lutaram juntos para deterem o Paraguai, que foi vencido na batalha naval de Riachuelo e também na luta Uruguaiana.
Assim como na Guerra da Criméia onde muitos soldados perderam a vida, Argentina e Uruguai sofreram muitas perdas com cerca de 50% de suas tropas durante a guerra. E é neste cenário que surge a figura de Anna Nery, que como voluntária, prestou cuidados aos feridos.
Anna Nery nasceu em Cachoeira de Paraguaçu no estado da Bahia, viúva do capitão de fragata Isidoro Antônio Néri, enviou carta ao presidente da província da Bahia, Manuel Pinto de Souza Dantas, oferecendo seus serviços voluntários no cuidado aos soldados uma vez que seus filhos Pedro Antônio Néri, Isidoro Antônio Néri Filho e Justiniano de Castro Rebelo além dos seus irmãos Manual Jerônimo Ferreira e Joaquim Mauricio Ferreira, ambos oficiais do Exército
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