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A PRIMEIRA VISITA

Por:   •  10/4/2021  •  Resenha  •  1.316 Palavras (6 Páginas)  •  140 Visualizações

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PRIMEIRA VISITA

Esse semestre o projeto mudou para sexta-feira e como minha amiga e eu não podíamos ir por causa de aula, continuamos indo às quintas-feiras, juntamente com mais uma menina que entrou no projeto e como éramos em poucas pessoas ficávamos na sala da terapia ocupacional (TO) ajudando a Márcia.

Chegamos ao sanatório 30 minutos antes dos pacientes saírem do pátio e irem para a TO e quando os pacientes chegaram, tudo foi bem tranquilo, quando comparado ao primeiro dia do semestre passado. Me senti muito à vontade com eles e pude perceber que eles estavam animados por estarmos lá.

Nesse primeiro dia eles ficaram fazendo pulseiras, colares, anéis e brincos com as miçangas e linha que tinha disponível, alguns pacientes estavam tremendo bastante, devido à medicação, e por isso pediam constantemente nossa ajuda, já outros estavam bastantes conscientes e fizeram pulseiras deslumbrantes. Uma mulher, em especial, fez uma pulseira muito bonita, com peças combinando e as meninas e eu ficamos impressionadas. Uma outra mulher pediu para que eu fizesse um pulseira e um colar para o marido e o filho dela e ela pediu para que fosse tudo verde, pois eles são palmeirenses e ela iria entregar os presentes quando fossem embora.  Nesse dia também conhecemos um homem chamado Fernando que adorou nossa visita, ficou conversando com a gente o tempo todo e tinha um outro, que estava com ele e eles ficavam discutindo, um pedia para o outro ficar quieto, mas sempre era na brincadeira. E quando o Fernando foi tomar café no pátio ele fez questão de se despedir de todas nós, uma por uma e perguntar quando nós iriamos voltar.

Após o Fernando sair ficamos mais um tempo na TO terminando de fazer as atividades com eles, mas logo depois fomos embora. Ao final da visita, me senti bem e “em casa”, já conseguia ter a atitude de conversar normalmente com os pacientes e muitas vezes era eu quem puxava assunto com os mesmos, ajudei eles em várias coisas, sem dificuldade alguma.

SEGUNDA VISITA

Em nossa segunda visita tivemos a companhia de alguns alunos do curso da TO, da UFTM que ficaram com a gente. Nesse dia a atividade proposta para os pacientes era fazer decoupage em pratos, havia papéis de vários tipos, como por exemplo de natal, de cartas, desenhos animados, entre outros e os pacientes escolhiam o seu, colocavam no prato e passavam cola em cima. Devido ao fato de que os pacientes que ficam na TO são mais conscientes e estão melhor, a maioria deles fez tudo sozinhos e poucos precisaram de ajuda, e quando precisavam, o motivo era a falta de coordenação motora. Além dessa atividade proposta, também havia linhas, garrafas e miçangas para quem quisesse realizar outra atividade.

Nessa segunda visita pude perceber que havia muitas pessoas diferentes da semana passada e que algumas da semana anterior já tinham recebido alta. Tive um contato maior com dois homens, que estavam sozinhos e então fui conversar com eles; eles me contaram que eram amigos antes de serem internados e que ambos estavam ali há alguns dias e pelo mesmo motivo, a bebida alcoólica. Eles estavam fazendo colares e pulseiras com as miçangas e me contaram o quanto a bebida fez eles se afastarem da família e prejudicar a relação com os filhos e que devido à isso, eles resolveram que queriam ser internados, para conseguirem um tratamento e ficarem longe da bebida.

O homem chamado Fernando, que conheci semana passada, também estava presente e ficou muito feliz quando chegamos, porém, o homem que estava com ele já tinha ido embora e havia outro, chamado Guilherme, que possui 19 anos e estava lá devido ao uso de drogas e era bastante ríspido. Pude perceber que o Fernando se sentia bastante incomodado e com um certo medo do Guilherme, pois tudo que ele falava, o Fernando ficava quieto e concordava, diferente da semana passada, onde Fernando rebatia as coisas que falavam pra ele, principalmente quando falavam pra ele ficar quieto ou falar baixo.

Ao final dessa segunda visita pude perceber as diferentes reações dos pacientes em diferentes situações e o que isso pode trazer tanto pra eles quanto para os profissionais. E percebi também um grande número de pacientes que estão recebendo alta, comentei sobre isso com a Márcia e ela disse que isso está ocorrendo devido à falta de verba do sanatório e isso me deixou muito chateada.

TERCEIRA VISITA

Em nossa terceira visita, tivemos pouco contato com os pacientes. Ao chegarmos na TO, a Márcia pediu para que ajudássemos a enfeitar a árvore de natal do refeitório e que enfeitássemos uma menor para que ela colocasse na biblioteca. Enfeitamos a menor na sala da TO, porém os pacientes ainda estavam no pátio e depois fomos para o refeitório e devido à isso não fizemos atividades com os pacientes. Apenas uma mulher chamada Fátima ficou nos ajudando, porém, como ela estava sem o óculos e não tinha muita coordenação motora, ela apenas ficou colocando as linhas nas bolinhas e nós dávamos os nós e pendurávamos.

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