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A importancia do enfermeiro na morte encefalica

Por:   •  25/8/2016  •  Artigo  •  686 Palavras (3 Páginas)  •  502 Visualizações

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A importancia do enfermeiro na morte encefálica

DISCUSSÂO Os resultados do estudo mostraram que os acadêmicos de Enfermagem e Medicina, em sua maioria têm conhecimento sobre o conceito de morte encefálica. Entretanto é preocupante o fato de que 22% dos entrevistados não o sabem, uma vez que este representa um conhecimento importante sobre a fisiopatologia do sistema neurológico. É indispensável a realização da correta manutenção do potencial doador, o qual é definido como o indivíduo portador de quadro clínico de morte encefálica eminente ou já ocorrida ou cuja terapêutica orientada para o cérebro foi avaliada como ineficaz.8 No que se refere às alterações cardiovasculares, os estudantes de Medicina mostraram maior domínio em relação aos estudantes de Enfermagem. Tal fato pode estar relacionado à inclusão desse assunto na grade curricular do curso de Medicina, onde é abordada a fisiologia do sistema cardiovascular em disciplina específica, e, de um modo mais completo, em relação ao curso de Enfermagem.9 No curso de Enfermagem, a fisiologia e a fisiopatologia do sistema cardiovascular é abordada na disciplina Terapia intensiva, mas o conteúdo trabalhado é considerado insuficiente e superficialOs estudantes obtiveram resultado similar quando questionados em relação às alterações metabólicas resultantes da morte encefálica. Os estudantes de Enfermagem e Medicina são constantemente estimulados a buscar conhecimento sobre interpretação de exames laboratoriais, conteúdo abordado nas disciplinas de Bioquímica, Saúde do Adulto 1 e 2, Terapia Intensiva, Semiologia e em análise e interpretação de estudos de casos, principalmente no curso de graduação em Enfermagem.9 Dentre as alterações metabólicas advindas com a evolução da morte encefálica, ocorre a hipocalcemia e a hipocalemia como distúrbios eletrolíticos em pacientes com morte encefálica.10 Os múltiplos efeitos deletérios sobre o organismo causados pela morte encefálica resulta em instabilidade cardiovascular, desarranjos metabólicos e hipoperfusão tecidual; este advento exige conhecimento dos profissionais da área que possibilite o reconhecimento precoce e a consequente manutenção deste organismo afim de preservar os órgãos.7 Apesar dos acadêmicos de Enfermagem e Medicina demonstrarem pouco conhecimento em relação aos cuidados que os profissionais de saúde devem tomar para promover a correta manutenção do potencial doador de órgãos e tecidos, eles conseguiram correlacionar as alterações metabólicas às alterações cardiovasculares. Ainda assim, a porcentagem de acertos dos estudantes de Enfermagem foi ligeiramente maior em relação aos estudantes de Medicina. Tal fato se deve à maior aproximação do profissional da Enfermagem com a dimensão do cuidado ao paciente. Na Enfermagem, a assistência ao paciente é prestada de forma direta, proporcionando uma visão integral e holística do mesmo. Dentre os cuidados de enfermagem realizados ao doador em morte encefálica, destacam-se: mensurar a pressão arterial, freqüência cardíaca, o débito cardíaco e urinário e realizar controle térmico e glicemia capilar. 6 Dentre as funções do profissional médico, ressalta-se a prescrição de fármacos como as aminas, bem como a reposição hidroeletrolítica por meio de avaliações séricas de eletrólitos e outros exames bioquímicos.

REFERÊNCIAS

1. Magalhães, ACSP, Magalhães, JAPM, Ramos, RP. O enfermeiro na central de captação de órgãos. Anuário da Produção Acadêmica Docente, Brasil, v.1, n.1, p.237-242, 2007. 2. Passarinho LEV, Gonçalves MP, Garrafa V. Estudo bioético dos transplantes renais com doadores vivos não-parentes no Brasil: a ineficácia da legislação no impedimento do comércio de órgãos. Rev Assoc Med Bras. 2003 Mar 14;49(4):382-8. 3. Brasil, Lei nº 9434/97, de 8 de agosto de 1997 resolve sobre morte encefálica, Resolução CFM nº 1480/97, Brasília, (1997). 4. Araújo S, Cintra EA, Bachega EB. Manutenção do potencial doador de órgãos. In: Cintra EA, Nishide VM, Neves WA. Assistência de enfermagem ao paciente gravemente enfermo. 2ª.ed. São Paulo: Atheneu; 2005. p. 443-454. 5. Garcia, VD. A política de transplantes no brasil. Rev AMRIGS. 2006 Dez 04;50(4):313-20. 6. Rech TH, Rodrigues EMF. Manuseio do potencial doador de múltiplos órgãos. Rev Bras Ter Intensiva. 2007 Abr 11;19(2). 7. Guetti NR, Marques IR. Assistência de enfermagem ao potencial doador de órgãos em morte encefálica. Rev Bras Enferm, Brasília 2008 jan-fev;61(1):91-7. 8. Bousso RS. O processo de decisão familiar na doação de órgãos do filho: uma teoria substantiva. Texto Contexto Enferm. 2008 Jan 10;17(1):45-54. 9. Cursos/graduação Unifenas [homepage na Internet]. Belo Horizonte: Universidade José do Rosário Vellano; [acesso em 2009 Fev 05]. Disponível em: http://www.unifenas.br

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