Anemia
Por: InaeLu • 30/3/2015 • Projeto de pesquisa • 2.637 Palavras (11 Páginas) • 731 Visualizações
- INTRODUÇÃO
Anemia é definida pela OMS como uma condição aonde se encontrasse a hemoglobina (elemento responsável por transportar oxigênio dos pulmões para nutrir todas as células do organismo)no sangue abaixo do padrão normal como resultado da carência de um ou mais nutrientes essências, tais como ferro, zinco, vitamina b12 e proteína. Porém a anemia por deficiência de ferro, Anemia Ferropriva, é mais comum que as demais, estudos estimulam que cerca de 90 % dos casos de anemia sejam causados por carência de ferro. Também na produção de hemácias.
Podendo ser agudas ou crônicas, adquiridas ou hereditárias. São consideradas agudas quando há uma perda excessiva e acelerada de sangue, o que pode acontecer nos acidentes, cirurgias, sangramento gastrintestinais, entre outros. Já as crônicas são provocadas por doenças hereditária (talassemia e anemia falciforme). As adquiridas ocorrem por deficiência nutricional, na gestação, por carência de ferro ( anemia ferropriva), carência de vitamina b12 ou acido fólico (anemia megaloblástica).
- FATORES DETERMINANTES DA ANEMIA
2.1 Condições Socioeconômicas
Apesar de a anemia não ser considerada um problema de saúde publica apenas em países desenvolvidos, esse fator é atrelado as condições sócias e econômicas das classes de renda mais baixa também, seja pela alimentação quantitativa e qualitativamente inadequada, ou até mesmo pelo saneamento ambiental. Estudos populacionais comparam as áreas rurais com urbanas, tendo encontrada 50 % dos casos nas áreas rurais do Brasil. Indicam também que a principal causa desse fator é pela dificuldade de acesso a alimentos ricos em ferro (principalmente ferro heme e vitamina C) , e introdução precoce de alimentos nos seis primeiros meses de vida, aonde o aleitamento materno deveria ser exclusivo.
Ainda se encontra mais casos de anemia em crianças com a família de renda inferior, porém não se deve incluir esse fator determinante no aparecimento da doença já que também se encontra muito casos em família de renda alta também. O que se pode ser considerado no caso é a escolaridade dos pais importante na determinado na anemia, tendo em vista que a maior escolaridade repercute numa maior chance de emprego, com isso, de renda, que por sua vez uma melhor condição ao acesso aos alimentos. Principalmente a escolaridade materna que interfere diretamente nos cuidados com a criança.
Crianças com dois ou mais irmãos menores de cinco anos podem apresentar maior risco de anemia , com um grande número de crianças pequenas na família, aumenta a demanda por alimentos, como também diminuem os cuidados de saúde e alimentação com a criança.
2.2 Consumo alimentar
Entre tantos fatores que contribuem para a anemia, os mais decorrentes são a dieta inadequada e sua biodisponibilidade, são os mais importantes.
A deficiência de ferro durante a gravidez, principalmente no ultimo trimestre, aumenta o número de nascimentos prematuros e de baixo peso. Entretanto, q quantidade de ferro na criança independe do estado nutricional da mãe, com exceção dos casos de deficiência materna muito graves. Essa deficiência durante a gestação tem repercussões mais importantes na mãe do que na própria criança, uma vez que a criança espolia reservas de ferro da mãe para atender suas necessidades. Com uma baixa reserva de ferro ao nascer, determina o aparecimento de anemia.
Assim, independente de ser prematuridade ou baixo peso, a criança ao nascer apresenta alta taxa de hemoglobina e tem em seu organismo 75 mg de ferro/kg de peso maior parte nas células vermelhas. Nos primeiros dois meses de vida ocorre juma queda dessa hemoglobina e um aumento na mobilização de reservas de ferro, conhecida como anemia fisiológica do lactante, não sendo evitada por medias preventiva e nem considerada uma anomalia.
Do nascimento aos seis meses de vida, quando a criança recebe exclusividade o leite materno atendem as necessidades fisiológicas da criança, não necessitando de qualquer outra forma de complemento e nem alimentos sólidos. A introdução precoce de alimentos complementares é considerado um fator de risco para o aparecimento de anemia ferropriva. Dos 6 aos 12 meses, as necessidades de ferro por peso corporal se encontram bastante elevados, tendo o peso da criança, ao final do primeiro ano de vida triplicado.
Achavam–se que a ingestão de ferro acima das recomendações seria suficiente para prevenir a anemia, só que esses estudos falharam, pois mais importante do que suprir as necessidades, deve-se dar atenção a quantidade de ferro biodisponivel. O ferro apresenta nos alimentos de duas formas em heme, que se apresenta nas carnes com uma biodisponibilidade elevados e não são expostas aos fatores inibidores, e são absorvidos 40 % pelo organismo. E o não heme, nos cereais e hortaliças, ao contrario do heme, só é absorvido 10% pelo organismo. Sendo assim uma alimentação somente de carne que se encontra em família com baixa renda, tem uma menor utilização biológica de ferro. Com isso, avaliando a dieta de crianças observa que há maior ingestão ferro de não heme, e a maior porcentagem de inadequada de consumo de ferro se encontra em menores de 24 meses.
Avaliando a dieta das crianças até 2 anos em relação a quantidade e qualidade do ferro ingerido, observa que há maior ingestão de ferro de origem vegetal .
2.3 Assistência a saúde
O pré- natal e o parto devem ser feitos de forma eficiente, para se evitar e corrigir os principais problemas relacionados á saúde e nutrição da gestante, que podem desencadear o baixo peso ou prematuridade. Da mesma forma no período de puerpério, acompanhado o desenvolvimento e crescimento da criança, como orientação sobre o aleitamento materno, cuidados com o bebê, podendo diminuir consideravelmente o risco de anemia.
Contudo, mostra-se que uma assistência adequada de saúde, pode evita prevenir consideravelmente a anemia em crianças, é necessário que o serviços de saúde integrem como rotina uma assistência nutricional a gestante e criança. Através de uma avaliação do estado nutricional,atividades de reeducação alimentar, realize diagnóstico de anemia laboratorial e disponibilize medicamento para o seu tratamento.
2.4 Morbidade
A carência de ferro, deprime a função imunológica do organismo, com isso alguns agentes patógenos podem apresentar maior virulência com relação a esse estado proporcionando maior risco de infecções. Algunhas autores consideram que qualquer carência de ferro deprime a função imunológica e aumenta o risco de infecções, enquanto outros afirmam que o estado imunológico é favorecido por uma carência leve de ferro.
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