Aplicação do cateter duplo j
Por: Augusto da Silva • 20/5/2016 • Trabalho acadêmico • 1.751 Palavras (8 Páginas) • 1.372 Visualizações
- Introdução
Cálculo renal, conhecido popularmente como pedra nos rins, é um quadro agudo que se instala mais nos homens do que nas mulheres e provoca dores inesquecíveis. A maioria dos cálculos renais é eliminada espontaneamente, não exigindo tratamento intervencionista. O tratamento da litíase urinaria (calculo renal) depende do tamanho, localização e composição dos cálculos e podem adquirir caráter de urgência/emergência ou constituir um procedimento eletivo. Quando as pedras são pequenas e não manifestam muitos sintomas, o paciente não precisará passar por procedimentos muito invasivos. Nesse estudo vamos falar de um tratamento específico que é a implantação do cateter duplo J, que além dele há outros tratamentos como; tratamento durante a crise de cólica renal, tratamento das pedras de grande tamanho, cirurgia para cálculo renal, investigação da composição do cálculo renal e remédios que dissolvem as pedras. Vamos relatar aqui fisiopatologia do calculo renal, que hoje é comum no dia á dia da população, que com os hábitos alimentares muitas vezes errôneos causam essa patologia aguda. Há vários tipos de cálculos renais como; cálculos de cálcio, cálculos de cistina, cálculos de acido úrico e entre outros.
A aplicação do cateter duplo J é um dos recursos mais usados pelo médicos urologistas para amenizar o sofrimento dos pacientes com litíase urinarias, pois é um dos tratamentos mais eficazes no tratamento. Neste estudo vamos relatar o uso do Cateter Duplo J para os casos de Litíase Renal.
- Desenvolvimento
A maioria dos cálculos renais são eliminados espontaneamente, não exigindo tratamento intervencionista. Quando há indicação de tratamento, a escolha do método adequado exige análise de vários fatores relacionados ao cálculo - diâmetro e localização, relacionados ao paciente - presença de dor, obstrução, infecção, doenças associadas e relacionadas ao método - experiência e treinamento da equipe médica, disponibilidade e qualidade do equipamento, suporte emergencial para atendimento às complicações.
Quando o médico suspeita que um paciente possa ter cálculos renais, normalmente promove exames que confirmem esta hipótese. Dentre estes exames pode-se citar a ultrassonografia, a radiografia dos rins (urografia excretora) e o exame de urina. Estes exames têm como alvo localizar a pedra, determinar como está o fluxo urinário (se houver acúmulo de urina as vias urinárias podem ficar dilatadas, um fenômeno chamado de hidronefrose) e examinar se já existe infecção.
A ureteroscopia e a litotripsia intracorpórea é um método minimamente invasivo e altamente eficaz para o tratamento de litíase ureteral e, em específico, para os cálculos encontrados na porção médio-distal. Tradicionalmente, com a finalidade de impedir obstruções e cólica renal após o procedimento, múltiplos grupos defendem a instalação de cateter duplo J. Associa-se a isto a probabilidade de precaver estenoses e ajuda no acesso de fragmentos de cálculos. Apesar disso, muitos pacientes/clientes mencionam desconforto com o cateter e complicações como infecção/pielonefrite, migração e desenvolvimento de novos cálculos.
Em pacientes submetidos à endolitotripsia pneumática ou a laser para cálculos ureterais de 6 a 20 mm, em qualquer porção do ureter, a instalação de Duplo-J após o processo não é recomendada, uma vez que, esse método: 1. Aumenta a urgência urinária, a frequência urinária, cultura urinária positiva em 1 a 12 semanas; 2. Aumenta ou ao menos não diminui a dor, a disúria, hematúria e a piúria entre 1 a 12 semanas, e 3. Não diminui a febre, a hidronefrose, os sintomas de irritação vesical e a constância urinária entre 7 e 15 dias de seguimento. E não restringe a presença de cálculos em 1 a 12 semanas e o número de complicações imediatas (uma semana) e tardias (três a seis meses).
As indicações não são aplicáveis aos seguintes pacientes com esta patologia: portadores de cálculos maiores que 20 mm em qualquer porção do ureter, infecção urinária, sepse, insuficiência renal, rim único, anomalia renal congênita, pólipo, estenose ureteral, hidronefrose, trauma da mucosa, perfuração ureteral durante o processo, gravidez e coagulopatia. O cateter Duplo-J não deve ser instalado em todos os pacientes submetidos à litotripsia, devendo ser empregada em casos específicos.
- Fisiopatologia:
O cálculo urinário é um conflito causado por uma estrutura cristalina que se forma nas várias partes do trato urinário. Estas pedras (cálculos renais) começam pequenas e vão se desenvolvendo. O crescimento, o formato e a velocidade do crescimento destas estruturas dependem da concentração das diferentes substancias químicas presentes na urina. Algumas litíases podem permanecer sem sintomas, não requerendo tratamento algum, entretanto podem também interromper e ferir partes do trato urinário ao tentarem passar junto com o fluxo normal da urina. A dor causada por uma litíase renal é descrita como a mais severa dor que uma pessoa pode experimentar ocorrendo na porção inferior das costas ou no abdômen. Esta dor pode ser tanto constante como incontínua e pode vir seguida de náusea, vômito e sangue na urina. Devido à dor forte, um ataque agudo consiste em uma verdadeira urgência.
- Causas:
Nem sucessivamente é possível saber a causa do desenvolvimento dos cálculos renais. Ainda se saiba que certos alimentos patrocinem a sua formação em pessoas susceptíveis, parece que nenhum alimento específico causa cálculos renais em pessoas não susceptíveis. Há a implicação de um fator familiar na formação de cálculos. Pessoas em que membros da família tenham o problema têm maior possibilidade de também desenvolver “pedras nos rins”. Outros fatores relacionados à formação de cálculos são as infecções, transtornos bioquímicos ou do fluxo urinário e algumas perturbações metabólicas sistêmicas. Algumas medicações à base de cálcio (diuréticos e antiácidos, por exemplo), também parecem aumentar a chance da formação de “pedras nos rins”. A inflamação crônica do intestino é outro fator que pode beneficiar a formação de cálculos renais.
- Tratamentos:
Existem vários tipos de procedimentos invasivos e não invasivos para o tratamento da litíase renal, entre eles são:
- Litotripsia extracorpórea por ondas de choque eletro-hidráulicas. Esse tipo de terapêutica consiste na criação de fortes vibrações para quebrar as pedras e facilitar a excreção
- Traqueostomia percutânea: consiste na retirada cirúrgica de pedras maiores por meio de um pequeno corte feito nas costas do paciente
- Cirurgia de glândulas paratireoides. Uma alteração nas glândulas paratireoides, localizada próxima à tireoide, faz com que ela aumente os níveis de cálcio no corpo, podendo causar pedras no rim. Uma cirurgia nessas glândulas pode ser a solução para regular a produção do hormônio.
- Ureteroscopia - Implantação do Catéter duplo J.
Esta cirurgia, denominada ureteroscopia ou, na denominação mais completa, ureterolitotripsia, tem como objetivo a fragmentação e retirada do cálculo do ureter ou pequenos cálculos, por método endoscópico. Não há necessidade de incisões ou cortes, pois o procedimento é realizado pelo orifício da uretra, permitindo então acessar as vias urinárias com menor agressividade. A cirurgia endoscópica é realizada em centro cirúrgico sob anestesia, que pode ser geral ou regional, dependendo da escolha do anestesista para cada caso.
A cirurgia inicia-se pela passagem de equipamento de endoscopia, o ureteroscópio, pela uretra, de onde ele atinge a bexiga e segue em direção ao ureter até a identificação do cálculo ou prossegue até o rim em casos de cálculo renal. Aparelhos de RX ajudam o cirurgião durante todo o procedimento, com inserção de cateteres, guias e sondas. Uma vez localizada, a pedra é então fragmentada por uma fonte de energia geralmente mecânica ou laser. Os fragmentos maiores podem então ser retirados com auxílio de pinças ou cestas especiais.
...