As Medidas e Freqüência de Doenças
Por: claudetecgomes • 18/5/2015 • Pesquisas Acadêmicas • 1.078 Palavras (5 Páginas) • 1.045 Visualizações
2. MEDIDAS DE FREQÜÊNCIA DE DOENÇA
Quantificar ou medir a frequência com que os problemas de saúde ocorrem em populações humanas é um dos objetivos da epidemiologia. As medidas de frequência são definidas a partir de dois conceitos epidemiológicos fundamentais denominados prevalência e incidência. A Prevalência expressa o número de casos existentes de uma doença, em um dado momento. A Incidência refere-se á frequência com que surgem novos casos de uma doença, num intervalo de tempo. Além da frequência de doenças e agravos, os conceitos de incidência e prevalência também se aplicam à mensuração de quaisquer eventos relacionados à saúde incluindo fatores determinantes, tais como tabagismo e sedentarismo. Qualquer e que seja a medida de frequência utilizada, ela deve ser necessariamente referida às dimensões do tempo, do espaço e da população. A opção por uma das medidas de incidência deve ser feita levando-se em consideração o objeto do estudo, assim como o tipo de população envolvida.
TAXA DE INCIDÊNCIA
A taxa de incidência é a expressão da frequência com que surgem novos casos de uma doença, ou problema de saúde, por unidade de tempo, e com relação ao tamanho de uma determinada população. Por pessoa-tempo entende-se o período durante o qual um indivíduo esteve exposto ao risco de adoecimento e, caso viesse a adoecer, seria considerado um caso novo ou incidente. É a expressão da experiência individual de exposição ao risco de adoecimento, referida a uma unidade de tempo, como o ano, o mês ou o dia. Somadas as experiências individuais, obtém-se o total de pessoa-tempo gerado por uma determinada população, ao longo do período em que se desenvolve um determinado estudo. Embora a taxa de incidência não seja, a rigor, uma medida do risco de adoecimento, ela é comumente utilizada para este fim. Quando há interesse em estimar uma taxa de incidência, é importante levar em consideração alguns aspectos relativos à evolução de uma determinada doença, em particular o tempo transcorrido, em média, até que seja possível o seu diagnóstico.
Incidência Acumulada
A incidência acumulada é uma proporção que representa uma estimativa do risco de desenvolvimento de uma doença ou agravo em uma população, durante um intervalo de tempo determinado. É também denominada proporção de incidência cumulativa ou taxa de ataque. O terceiro termo é, na verdade, uma proporção, que expressa o risco de adoecimento em grupos populacionais específicos, e em situações particulares, como os surtos de doenças infecto-contagiosas.
a) Sobrevida
A proporção de sobrevida, também denominada sobrevida, é uma medida complementar a incidência acumulada. É uma estimativa da probabilidade de um indivíduo não morrer, ou, de maneira mais ampla, não desenvolver o desfecho sob estudo, como uma determinada doença, ao longo de um intervalo de tempo.
b) Chance (Odds) de Incidência
Outra medida relacionada à incidência acumulada é a chance, ou odds, de incidência. A medida denominada chance é uma razão entre duas proporções complementares.
Medidas de Mortalidade
A mortalidade pode ser entendida como um caso particular do conceito de incidência, quando o evento de interesse é a morte e não o adoecimento. A morte pode ser referida a um problema de saúde específico, por exemplo, o IAM, ou a um grupo de problemas, como as doenças cardiovasculares. Ela pode ser também estudada com relação a todas as causas, quando é denominada mortalidade geral. Já a letalidade é uma medida da mortalidade restrita aos indivíduos que apresentam um determinado problema de saúde. A magnitude da mortalidade por uma doença ou problema de saúde determinado, em uma determinada população, é função da sua incidência e da letalidade. Uma doença altamente letal, porém rara, apresentará uma baixa mortalidade. O mesmo ocorrerá quando a incidência for alta, porém a letalidade for baixa, e quando ambas forem baixas. Em situações de elevada mortalidade, tanto a letalidade quanto a incidência são altas.
Prevalência
Os casos existentes, ou prevalentes, são aquelas pessoas que adoecerão em algum momento do passado mais ou menos remoto, os casos “antigos” e os “novos”, e que estão vivos quando se realiza a observação. Assim, os doentes que vieram a falecer antes do período de observação não são considerados no cômputo da prevalência.
A Prevalência assemelha-se a uma fotografia, na qual se registra a fração de indivíduos doentes naquele instante do tempo.
É por tanto uma medida estática em relação ao processo dinâmico do adoecimento.
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