CCIH - Trabalho: Infecções Hospitalares

O surgimento das infecções hospitalares começou a ocorrer na assistência em saúde com a criação de instituições destinadas a tratar pessoas, utilizando procedimentos terapêuticos e diagnósticos progressivamente mais invasores (Giarola et al, 2012).

Temos a infecção hospitalar como um grande obstáculo que é sempre encontrado dentro das unidades hospitalares. Sendo assim, o profissional que possui um maior e mais longo contato com os pacientes, o Enfermeiro, torna-se um membro extremamente importante e indispensável na CCIH (Rocha et al, 2010).

Muitos dos profissionais nem sequer sabem o que significa a referida sigla CCIH, além de não conhecer quais os verdadeiros profissionais que atuam nessa área. O papel principal da comissão é a de normatizar os procedimentos e as condutas a partir de uma vigilância epidemiológica contínua, tendo um princípio em sua competência na elaboração de um Programa de Controle de Infecções Hospitalares (PCIH), tendo suas ações sistematizadas, mantendo em foco reduzir a incidência e gravidade das Infecções Hospitalares (IH). O enfermeiro participa da CCIH e perante a isso muitas vezes tem uma sobrecarga de trabalho, desempenhando duplo papel na instituição, ou seja, atua na comissão ao mesmo tempo ocupa outro cargo, o que causa um grande prejuízo no desenvolvimento de ações adequadas no campo do controle de infecção (Giarola et al, 2012).

A CCIH é a responsável por planejar e criar uma normatização de ações para o controle de infecção hospitalar, através de sua elaboração, implementação, manutenção e avaliação do Programa de Controle de Infecção Hospitalar (PCIH), no qual envolve áreas como a vigilância epidemiológica (coleta, análise e divulgação dos dados); normas para uso racional de antimicrobianos, germicidas e materiais médicos hospitalares; processos para prevenção de transmissão de microrganismos; normas e rotinas técnicas operacionais; padronizações das medidas de prevenção e controle de infecção hospitalar e educação continuada para os profissionais. Através dessas ações o CCIH consegue oferecer subsídios para favorecem na assistência de enfermagem, o que melhora a formulação de medidas com evidências e eficácia na prevenção, controle e tratamento das infecções na instituição (Souza et al, 2013).

Os profissionais que atuam na CCIH, assim como aqueles que dão auxílios como membros da equipe de saúde e que deveriam realizar as ações multidisciplinarmente, se deparam com situações de conflitos entre a teoria e a prática, criando um caminho de dúvidas sobre o que fazer e como fazer para resolver questões que envolvem competência, compromisso, responsabilidade, honestidade, frente ao agir e pensar ético, considerando a individualidade, potencialidades, respeito e direitos do ser humano (Giarola et al, 2012).

A equipe da CCIH é composta por: técnicos e profissionais do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH), e por representantes de nível superior de, pelo menos, os seguintes serviços: médico; equipe de enfermagem; farmácia; laboratório de microbiologia; administração. O Ministério da Saúde predomina que, a CCIH deve-se definir as diretrizes para obter as ações de controle de infecções hospitalares no hospital; ratificar a programa anual de trabalho do SCIH; avaliar o Programa de Controle de Infecções Hospitalares do hospital; avaliar sistemática e periodicamente as informações providas pelo sistema de vigilância epidemiológica; aprovar as medidas de controle propostas pelo SCIH e comunicar, regular e periodicamente, à Direção e às chefias de todos os setores do hospital a situação do controle das infecções hospitalares (Proeficiência, 2013).