COLINÉRGICOS E BLOQUEADORES COLINÉRGICOS
Por: ilana123 • 1/6/2015 • Relatório de pesquisa • 1.566 Palavras (7 Páginas) • 857 Visualizações
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE - CCS
CURSO: BACHARELADO EM ENFERMAGEM
DISCIPLINA: FARMACOLOGIA
PROFESSOR: JUAN CARLOS RAMOS GONÇALVES
RELATÓTIO
(COLINÉRGICOS E BLOQUEADORES COLINÉRGICOS)
ILANA MENDES CABRAL
TERESINA-PI
ABRIL/2015
INTRODUÇÃO
Os colinérgicos, também chamados colinomimétricos, parassimpatomiméticos ou estimulantes dos receptores colinérgicos do SNA, caracterizam-se pelos efeitos que produzem, semelhantes aos da acetilcolina. Os colinérgicos são classificados de acordo com dois critérios: a) tipo de receptor, se muscarínico ou nicotínico; b) de acordo com seu mecanismo de ação, se direto (ao nível do receptor) ou indireto (inibição da acetilcolinesterase). (SILVA, 2010)
Os neurônios que têm como neurotransmissor a acetilcolina com outros cotransmissores são chamados colinérgicos. Os colinérgicos diretos ou agonistas muscarínicos se ligam aos receptores muscarínicos ou nicotínicos e os ativam e estimulam. Os colinérgicos indiretos ou antagonistas muscarínicos inibem a ação da acetilcolinesterase, evitando a hidrólise da acetilcolina e promovendo o aumento da concentração desse neurotransmissor na fenda sináptica e nas sinapses neuroefetoras. Isso leva a um excesso de acetilcolina, que, ativando os colinoceptores, provoca resposta exagerada dos efetores glandulares, musculares e metabólicos. (SILVA, 2010)
Os receptores nicotínicos estão diretamente acoplados aos canais iônicos e medeiam a transmissão sináptica excitatória rápida na junção neuromuscular, nos gânglios autônomos e em vários locais no SNC. O mecanismo de ação, tanto na placa motora quanto nos gânglios, é baseado no fato de que esse receptor para a acetilcolina é também um canal iônico para Na+ e K+. Quando o receptor nicotínico é ativado pela acetilcolina, o canal se abre e ambos, Na+ e K+, fluem por ele, reduzindo os respectivos gradientes eletroquímicos (o Na+ entra na célula e o K+ saí dela), isso causa a despolarização da membrana celular. Com a despolarização da membrana, ocorrem o disparo neuronal (nos gânglios) e contração do músculo esquelético (placa motora). (CABRAL)
Os receptores muscarínicos são receptores acoplados à proteína G. Os subtipos M1, M3 e M5 estão acoplados à proteína G responsáveis pela estimulação da fosfolipase C, com consequente formação de IP3 e DAG – aumento da concentração de Ca+ e ativação da proteína cinase C que fosforiza proteínas intracelulares, ativando-as. Por outro lado, os subtipos M2 e M4 estão acoplados a proteínas G responsáveis pela inibição da adenilil cliclase e ativação dos canais de K+ (hiperpolarização da célula). Com isso, os subtipos M2 e M4 pré-sinápicos inibem a entrada de Ca+ no neurônio pré-sináptico, diminuindo a fusão das vesículas e a liberação de acetilcolina. (CABRAL)
Os fármacos colinomiméticos de ação direta são divididos com base na estrutura química em ésteres de colina e alcaloides. Muitos desses fármacos têm efeitos sobre ambos os receptores; a acetilcolina é típica. Poucos deles são bastante seletivos quanto ao receptor muscarínico ou nicotínico. Porém, nenhum desses fármacos clinicamente úteis é seletivo quanto a subtipos de receptor em qualquer das duas classes. Os colinomiméticos de ação indireta têm seu efeito primário no sítio ativo da enzima acetilcolinesterase, embora alguns também apresentem ações diretas em receptores nicotínicos. As diferenças principais entre membros do grupo são químicas e farmacocinéticas. (KATZUNG, 2014)
Para um entendimento completo, objetivou-se demonstrar os efeitos da acetilcolina, pilocarpina, nicotina, neostigmina e atropina sobre a Pressão Arterial (PA), atividade cardíaca e vasos viscerais e musculares, numa simulação computadorizada.
MATERIAIS E MÉTODOS
Materiais:
- Acetilcolina (20mg);
- Pilocarpina (1,5mg);
- Nicotina (300mg);
- Neostigmina (0,5mg);
- Atropina (10mg)
- Seringas e agulhas
Métodos:
Primeiramente, observou-se a atividade normal do coração, dos vasos visceral e muscular, e da pressão arterial, em uma simulação computadorizada. Assim, foram administradas essas cinco drogas, separadamente, para a verificação e, possíveis alterações dos padrões normais dos órgãos ou sistemas citados, por exemplo, taquicardia ou bradicardia no coração; hipertensão ou hipotensão na pressão arterial; vasodilatação ou vasoconstrição dos vasos.
RESULTADOS
- ACETILCONILA (Ach): tabela 1
CORAÇÃO | P.A | VASOS VICERIAS | VASOS MUSCULARES | |
Ach | Bradicardia | Hipotensão | Vasodilatação | Vasodilatação |
- PILOCARPINA: tabela 2
CORAÇÃO | P.A | VASOS VISCERAIS | VASOS MUSCULARES | |
Pilocarpina | Bradicardia | Hipotensão | Vasodilatação | Vasodilatação |
- NICOTINA: tabela 3
CORAÇÃO | P.A | VASOS VISCERAIS | VASOS MUSCULARES | |
Ach | Bradicardia | Hipotensão | Pouca vasodilatação | Pouca vasodilatação |
Noradrenalina | Taquicardia | Hipertensão | Vasoconstrição | Vasoconstrição |
Adrenalina | Taquicardia | Hipertensão | Vasoconstrição | Vasodilatação |
- NEOSTIGMINA: tabela 4
CORAÇÃO | P.A | VASOS VISCERAIS | VASOS MUSCULARES | |
Neostigmina | Bradicardia aumentada | Hipotensão aumentada | Vasodilatação | Vasodilatação |
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