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Teoria Urbana Depois do Modernismo: Contextualismo e Outras ideias Colin Rowe

Por:   •  6/11/2016  •  Resenha  •  1.352 Palavras (6 Páginas)  •  2.034 Visualizações

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Teoria urbana depois do modernismo: contextualismo e outras ideias

Colin Rowe e Fred Koetter: Cidade-Colagem

Baseando se em uma pesquisa feita por um grupo de alunos e professores realizada na Universidade de Cornell em Roma, Rowe e Koetter fazem seu diagnóstico. A principal descoberta dos pesquisadores foi que na arquitetura moderna foi invertida a proporção entre os espaços “livres”  e espaços construídos, privilegiando a construção de objetos, convenientes, por exemplo a automóveis, o modernismo criou-se áreas sem vida no espaço urbano, faltava características de fechamento e escala humana, típicas dos espaços públicos da Europa pré-moderna.

Rowe e Koetter propõem a noção de colagem, método fragmentado, como solução para o problema do “novo”. Comprometidos com as questões éticas, vêem com entusiasmo a hipótese de uma sociedade pluralista e de um urbanismo que admite a mudança. A cidade ideal, que temos em nossa cabeça, deve comportar-se a um só tempo como teatro de profecia e teatro de memória.

A Crise do objeto

A tradição é indispensável, a comunicação se baseia na tradição. Tradições especificas são de certa forma teorias incipientes, cujo valor é o de ajudar a explicar a sociedade, ainda que o faça imperfeitamente. No ambito da sociedade, a tradição tem a dupla função de criar uma determinada ordem, ou algo parecido com uma estrutura social, mas também de nos dar alguma coisa com que possamos trabalhar; algo que possamos criticas e modificar.

A utopia propõe a realização de bens abstratos em vez de erradição de males concretos, é especialmente perigosa porque sua invenção tende a ocorrer em períodos de rápida mudança social, e os projetos urbanos utópicos provavelmente se tornarão absoletos antes de ser postos em prática. A cidade medieval representava um núcleo não suscetível ao hábito e ao interesse, e que não podia de maneira alguma ser diretamente transgredido. Dessa forma as manifestações polemicas eram feitas no inteirior da cidade. O jardim revela o que a cidade deveria ser.

A medida em que aproximamos da arquitetura moderna, começamos a reconhecer a impossibilidade de distribuição simétrica entre os arquitetos. Chega-se a conclusão de que o mundo público é simples, o mundo privado é complexo. O gosto não é mais, e talvez nunca tenha sido, um questão seria ou substancial, falar em senso comum deve inspirar igualmente certa reserva.

CIDADE COLISÃO E A POLÍTICA DA BRICOLAGEM
O arquiteto no período entre guerras era tido como figura chave da transformação em um mundo onde o início da nova ordem era o mundo "construído da habitação e dos empreendimentos". A sociedade devia se livrar dos sentimentos e técnicas obsoletas e estar aberta ao novo, esse novo regido pelo arquiteto. 
Tem-se a ideia do diagrama como motor de uma produção nos fins do anos 60 onde " o resultado nunca parece tão importante quanto o processo" e tem a "tentativa de evitar qualquer imputação de desvio tendencioso", livre de erros e responsabilidades. 
Aborda o termo " BRICOLAGEM" que pode se dizer que é uma atividade inicial em que no plano técnico nos permite entender o plano da especulação. Nesse sentido, quando anteriormente fala que Le Corbusier seria "uma raposa disfarçada de ouriço", agora nos leva a pensar no " bricoleur" disfarçado de engenheiro. A grande diferença do engenheiro e do "bricoleur" é que o último utiliza as feramentas e materias primas existentes na hora e no local sendo " capaz de executar grande número de tarefas diversificadas", o resultado de seu trabalho é resultado de todas as ocasiões. Assim, conclui uma proximidade do "bricoleur" com o arquiteto urbanista. 

CIDADE COLAGEM E A RECONQUISTA DO TEMPO 
A arquitetura moderna entendendo a cidade e sociedade de uma modo convencional e como uma sistema, traz uma aversão pela arte. Mas nem toda tradição dem modernidade foi assim, visto por exemplo em Picasso, favorável a arte, não entende a prevalência da ciência sobre a arte. "Uma obra de arte bem sucedida como aquela que estimula uma suspensão voluntária da descrença."
Picasso propoe uma obra onde elementos produzem uma metamorfose, reciclagem de sentido e uma arte destinada ao povo, onde se pergunte o que é verdadeiro e falso, antigo e novo ... Essa é a base da COLAGEM. 
A colagem é ao mesmo tempo inocência e astucia. Somente Le Corbusier simpatizou por essa ideia, onde objetos e ambientes adquirem novo sentido com a mudança de contexto, exemplo das paisagens dos telhados em Poissy e Marselha (navios e montanhas).
A colagem pode ser um método de lembrar das sobras do mundo e promovê-las operando de um modo inesperado. 
A cidade colagem é um intermédio de soluções e opiniões, um pluralismo que visa o equilíbrio. 

Thomas L. Schumacher

Contextualismo: Ideais urbanos e deformações             

Tem a ideia de terminar com as destruições das áreas centrais das cidades em pró de novas construções (dando continuidade às ideias de Rowe). O interesse está na “textura urbana” (ou “tecido urbano”) e não no estilo das edificações, sendo desnecessário renovar as edificações, mantendo as antigas e renovando apenas o desenho urbano.

Cidade-colagem: A criação de um caráter para a cidade através de análise dos volumes dos edifícios e os espaços urbanos vazios, que formam diagramas analíticos, que relacionam figura e fundo.

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