Cancer colo do utero
Por: luizamazza • 2/12/2015 • Trabalho acadêmico • 596 Palavras (3 Páginas) • 613 Visualizações
INTRODUÇÃO
O câncer de colo uterino há décadas vem sendo o alvo de atenção da comunidade científica, por ocupar lugar de destaque nas elevadas taxas de morbidade e mortalidade entre as mulheres, especialmente em países em desenvolvimento, como o Brasil. Esse tipo de câncer está relacionado ao perfil epidemiológico das mulheres, ao nível socioeconômico, à frequência dos fatores de risco, e ao grau de implementação de ações efetivas a curto e longo prazo em todos os níveis de atenção. A história natural do câncer de colo inicia-se a partir de uma lesão intra-epitelial progressiva que pode evoluir para um câncer invasivo em um prazo de 10 a 20 anos, caso não seja detectado e tratado (FERNANDES; NARCHI, 2007). Considerando que o câncer de colo uterino, ainda é um problema de saúde pública em países em desenvolvimento, por apresentar altas taxas de prevalência e mortalidade em mulheres de nível sócio econômico baixo e em fase produtiva de suas vidas, sendo que estas mulheres uma vez doente ocupam leitos hospitalares, o que compromete seus papéis no mercado de trabalho e as priva do convívio familiar, acarretando um prejuízo social considerável e consequentemente aumentando sua baixa autoestima (BRENNA; ZEFERINO, 2001). Os autores ainda consideram um grave problema de saúde que atinge as mulheres em todo o mundo, sendo os países em desenvolvimento responsáveis por aproximadamente 80% desses casos, infelizmente o Brasil muito contribui para esse panorama. Estudos epidemiológicos identificaram o perfil da população feminina mais vulnerável ao câncer de colo uterino, sendo que, o nível sócio econômico baixo, e o vírus do HPV, são um dos fatores preocupantes que favorecem ao aumento do índice de câncer de colo. Dados epidemiológicos disponíveis permitem considerar o câncer como um problema de saúde pública no Brasil. Fatores como o aumento da expectativa de vida, a industrialização, a urbanização e os avanços tecnológicos na área da saúde estão relacionados com o aumento do risco de desenvolvimento de câncer além da mudança de hábitos de vida da população (BERGAMASCO, 2004). Sendo que o câncer de colo é o segundo tumor mais frequente na população feminina, atrás apenas do câncer de mama, e a quarta causa de morte de mulheres por câncer no Brasil. Por ano, faz 4.800 vítimas fatais e apresenta 18.430 novos casos. Prova de que o país avançou na sua capacidade de realizar diagnóstico precoce, é que na década de 1990, 70% dos casos diagnosticados eram da doença invasiva. Ou seja: o estágio mais agressivo da doença. Atualmente 44% dos casos são de lesão precursora do câncer, chamada in situ. Esse tipo de lesão é localizada. Mulheres diagnosticadas precocemente, se tratadas adequadamente, têm praticamente 100% de chance de cura, onde a estimativa de novos casos para 2012 é de 17.540, e o número de mortes em 2010 foi de 4.986 (INCA, 2012). Como enfermeiros temos um papel decisivo na saúde da mulher, principalmente no foco da atenção primária, visto que desde 1983 o programa de atenção à saúde tem incorporado a ideia de que a mulher deve ser vista de uma forma holística, não fragmentada como o modelo biomédico já apresentava nas décadas passadas. Este trabalho se ocupa de um modelo de saúde que possa realmente implementar um cuidado harmonioso e criterioso com dados fundamentados sobre a saúde primária, buscando fortalecer o cuidado e atenção voltados à prevenção na saúde da mulher, colaborando assim com a diminuição de casos de câncer detectados, fortalecendo essa realidade através de orientações, esclarecendo a importância do auto cuidado e a prevenção.
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