Câncer ocupacional e ambiental
Por: pollyannadanyell • 21/6/2015 • Relatório de pesquisa • 2.068 Palavras (9 Páginas) • 397 Visualizações
CÂNCER OCUPACIONAL E AMBIENTAL
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SÃO LUIS
2015
SUMÁRIO[pic 2]
1 INTRODUÇÃO 04
2 O CÂNCER OCUPACIONAL 05
2.1 Histórico 05
2.1 A questão ambiental 06
2.2 Agentes 07
2.3 Fatores de risco 08
2.4 Prevenção 09
3 CONCLUSÃO 10
REFERÊNCIAS 11
1 INTRODUÇÃO
A exposição a substâncias carcinogênicas é reconhecidamente maior nos ambientes de trabalho, e muitas destas foram assim classificadas a partir de estudos epidemiológicos realizados com populações trabalhadoras.
A difusão de substâncias químicas não ocorre exclusivamente através das conhecidas formas de poluição. Portanto, é de fundamental importância a construção de um sistema de vigilância destes agravos que cumpra dois objetivos principais: a identificação e controle de ambientes de trabalho onde existe potencial exposição à agentes carcinogênicos e a sistematização de informações.
Há séculos já se sabia que o trabalho, quando executado sob condições adversas, poderia causar doenças que levariam os trabalhadores à invalidez ou à morte. A Organização Mundial de Saúde (OMS) define como objetivos da Saúde Ocupacional o prolongamento da expectativa de vida e a minimização da incidência de incapacidade, de doença, de dor e de desconforto; provisão de realização pessoal, fazendo com que as pessoas sejam sujeitos criativos; melhoramento da capacidade mental e física e da adaptabilidade a situações novas e mudanças das circunstâncias das situações de trabalho e de vida.
O Comitê de Especialistas da OMS identifica como as “doenças relacionadas ao trabalho” de mais elevada importância, em termos de saúde pública: distúrbios comportamentais e doenças psicossomáticas; hipertensão arterial; doenças isquêmicas do coração; doenças respiratórias crônicas não específicas; doenças do aparelho locomotor; câncer e atopias (dermatites, rinites, asma brônquica).
O câncer é uma doença multifatorial devido a um efeito combinado de fatores genéticos e externos que agem simultaneamente e sequencialmente. A combinação de exposição ambiental com alguns polimorfismos do gene pode ser sinérgica e contribuir para uma proporção substancial do fardo do câncer na população em geral. Anualmente, cerca de 19% de todos os cânceres são estimados para serem atribuídos ao meio ambiente, inclusive em ambientes de trabalho, resultando em 1,3 milhões de morte.
O câncer é um conjunto diverso e complexo de doenças de etiologia multifatorial. Exposições ocupacionais também atuam sobre essa complexidade e têm efeitos diferenciados sobre a diversidade de subtipos de câncer.
No entanto, muitos outros agentes aos quais os trabalhadores estão expostos em seu ambiente de trabalho permanecem desconhecidos. A epidemiologia tem avançado no entendimento e análise das relações causais entre câncer e exposição a substâncias presentes no ambiente de trabalho, porém muitas lacunas ainda precisam ser preenchidas.
Sendo assim, o objetivo do presente artigo é sintetizar o estado da arte sobre as principais exposições ocupacionais e o risco para a ocorrência de câncer.
2 O CÂNCER OCUPACIONAL
O câncer ocupacional é originado devido a exposição a agentes carcinogênicos presentes no ambiente de trabalho, mesmo após a cessação da exposição; representa de 2% a 4% dos casos de câncer. Os fatores de risco de câncer podem ser externos (ambientais) ou endógenos (hereditários), estando ambos inter-relacionados e interagindo de várias formas para dar início às alterações celulares presentes na etiologia do câncer. A má qualidade do ar no ambiente de trabalho é um fator importante para o câncer ocupacional. Durante pelo menos oito horas por dia os trabalhadores estão expostos ao ar poluído, pondo seriamente em risco a saúde.
Quando o trabalhador também é fumante, o risco torna-se ainda maior, pois o fumo (/saúde/temas/tabagismo) interage com a capacidade cancerígena de muitas das substâncias.
2.1 Histórico
Desde o início da constituição das ciências biológicas no século XIX –condições de saúde são determinadas pela articulação entre o meio interno e externo
A higiene e depois a medicina preventiva –identificaram e quantificaram o risco de fatores localizados no meio externo -passíveis de controle por medidas específicas efetivas
1775: Pott relatou alta frequência de câncer de bolsa escrotal em limpadores de chaminé em Londres;
1975: Stellman e Daum descrevem que cerca de 3000 novas substâncias são introduzidas a cada ano na indústria, sem conhecimento dos trabalhadores;
1988: Rumel relata que o óbito por câncer de pulmão entre trabalhadores braçais é maior que entre metalúrgicos, comerciários, artistas e cientistas.
Com o aumento de problemas de saúde relevantes (diferentes de doenças infecciosas e carências nutricionais) ––passou-se a considerar como ambiente não só os meios físicos e biológicos mas também as condições culturais, socio-políticas e científicas.
2.1 A questão ambiental
No ambiente – modelo de desenvolvimento – maior capacidade de impacto.
Modernização da agricultura, processo acelerado de urbanização, a transformação sustentada dos recursos naturais e a dependência energética de fontes não renováveis -tendência a homogeneização da economia mundial -forte agressão aos ecossistemas.
Para a população brasileira, as estimativas, para o ano de 2010, serão válidas também para o ano de 2011, e apontam para a ocorrência de 489.270 casos novos de câncer. Os tipos mais incidentes, à exceção do câncer de pele do tipo não melanoma, serão os cânceres de próstata e de pulmão no sexo masculino e os cânceres de mama e do colo do útero no sexo feminino, acompanhando o mesmo perfil da magnitude observada para a América Latina (INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER, 2009)
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