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EMPODERAMENTO FEMININO: CONTRIBUIÇÕES DO ENFERMEIRO NO PRÉ-NATAL PARA O PROCESSO DE PARTURIÇÃO NATURAL

Por:   •  21/4/2017  •  Trabalho acadêmico  •  1.656 Palavras (7 Páginas)  •  580 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO

PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM

MESTRADO EM ENFERMAGEM

MARA JULYETE ARRAES JARDIM

ABORDAGEM TEÓRICA – EMPOWERMENT - APLICADA AO PROJETO

“EMPODERAMENTO FEMININO: CONTRIBUIÇÕES DO ENFERMEIRO NO

PRÉ-NATAL PARA O PROCESSO DE PARTURIÇÃO NATURAL”

São Luis – MA

2015


MARA JULYETE ARRAES JARDIM

ABORDAGEM TEÓRICA – EMPOWERMENT - APLICADA AO PROJETO

“EMPODERAMENTO FEMININO: CONTRIBUIÇÕES DO ENFERMEIRO NO

PRÉ-NATAL PARA O PROCESSO DE PARTURIÇÃO NATURAL”

Trabalho        apresentado        à        disciplina

Fundamentos        Teóricos        do        Cuidado        de

Enfermagem, para obtenção parcial de nota.

Profª. Drª. Sirliane de Souza Paiva

Profª. Drª: Rosilda Silva Dias

São Luis – MA

2015


ABORDAGEM TEÓRICA

Empowerment é um vocábulo inglês, derivado da palavra “power”, cuja tradução para  a língua portuguesa significa “poder”, reportando-se, neste caso, ao termo “empoderamento” ou simplesmente “delegação de poder” (CHIAVENATO, 2005).

Diversos autores procuram conceituar os fundamentos da distribuição de poder, dentre eles, destaca-se a socióloga norte-americana Rosabeth Moss Kanter, doutorada na University of Michigan e professora na área de Gestão na Universidade de Harvard, nos Estados Unidos da América. Apesar de o termo Empowerment ser relativamente novo, referido pela mesma autora em um de seus artigos publicados em 1990 pela Harvard Business Review, alguns dos princípios que fazem parte deste conceito, já eram anteriormente utilizados ao redor do mundo por nomes conhecidos no campo dos estudos administrativos (OLIVEIRA E RODRIGUEZ, 2004).

Ainda segundo os mesmos autores, Alfred Sloan (1875-1966), foi um destacado presidente da companhia americana General Motors, e em seu comando já se utilizava de algumas práticas modernas que hoje englobam o empowerment. A empresa japonesa Toyota Motor Corporation, também já agregava alguns dos seus princípios nas suas práticas de gestão a partir da segunda metade do século XX.

Uma das primeiras conceitualizações sobre empoderamento surgiu no início dos anos 70, nos Estados Unidos, a partir do movimento Women In Development (WID), Mulheres no Desenvolvimento, com uma noção de empoderamento fortemente vinculada a noção de “poder sobre”, de controle sobre os outros e sobre recursos, processo que no Brasil ocorreu ao final da mesma década. O termo vem se transformando em categoria analítica e empírica de diversas disciplinas, como administração, sociologia política, economia e saúde pública (BARROS; IÓRIO, 2002).

De acordo com Chiavenato (2005), delegar poder ou autoridade, essencialmente, é o processo de dar poder às pessoas e liberdade de acesso à informação, com a finalidade de auxiliar na tomada de decisões participando ativamente da organização. O conceito possui força tanto teórica quanto instrumental, a partir de sua utilização vinculada à questão de gênero e constitui uma ferramenta de desenvolvimento e de transformação na vida de pessoas e comunidades (IÓRIO, 2002).

O caminho histórico que alimentou esta conceitualização visa à libertação dos indivíduos relativamente a estruturas, conjunturas e práticas culturais e sociais que se revelam injustas, opressivas e discriminadoras, através de um processo de reflexão sobre a realidade da vida humana (PINTO, 2001).

Para atingir os objetivos deste estudo, utilizaremos em termos epistemológicos, o conceito usado na abordagem de Michel Foucault, um teórico social que estudou a relação entre conhecimento e poder, permitindo compreender esse último como uma prática social expressa por um conjunto de relações, que moldam nossos comportamentos, atitudes e discursos (FOUCAULT, 2005).


Diante disso, para discutir-se o empoderamento é preciso que se entenda o poder dentro de um relacionamento social, de caráter compartilhado, ao invés de poder sobre o outro, no qual os atores possam usar os recursos de poder pessoal, social e político, para criar mudanças. Isto compreende que o empoderamento deve permitir aos grupos desprivilegiados ganhar significado para mudar sua condição de opressão e manipulação e exige uma mudança de atitude dos profissionais, principalmente em relação ao reconhecimento das capacidades dos seus clientes (BARROS, 2002).

Estudaremos, então, as contribuições do enfermeiro, durante o pré-natal, a fim de conhecer como se dão suas estratégias para que as gestantes aufiram empoderamento no processo de parturição natural, em detrimento do modelo biomédico vigente, apoiando-se nas ideias citadas.

Na perspectiva de Pinto (2001), empowerment pode ser definido como “um processo de reconhecimento, criação e utilização de recursos e de instrumentos pelos indivíduos, grupos e comunidades, em si mesmos e no meio envolvente, que se traduz num acréscimo de poder que permite a estes sujeitos aumentar a eficácia do exercício da sua cidadania.

Numa perspectiva emancipatória, empoderar é o processo pelo qual indivíduos, organizações e comunidades angariam recursos que lhes permitam ter voz, visibilidade, influência e capacidade de ação e decisão. Nesse sentido, equivale aos sujeitos terem poder de agenda nos temas que afetam suas vidas (HOROCHOVSKI, 2007).

Para o mesmo autor, o acesso a esses recursos normalmente não é automático, sendo necessárias ações estratégicas mais ou menos coordenadas para sua obtenção, ficando evidente o papel do profissional enfermeiro como facilitador desse processo, uma vez que é o agente que possui vínculo mais estreito com a gestante.

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