ESTUDO DE CASO NA ENFERMAGEM
Por: Suzane Garcia • 11/6/2021 • Projeto de pesquisa • 854 Palavras (4 Páginas) • 1.860 Visualizações
ESTUDO DE CASO
QUESTÃO A
Paciente L.G., 47 anos, sexo feminino, natural e procedente de Ribeirão Preto-SP, branca, solteira. Vítima de poli trauma após acidente automobilístico, com diagnóstico de trauma da coluna vertebral e paraplegia. Internada há 10 dias no CTI.
Sinais Vitais
- Fc: 72 bpm;
- Fr: 23 rpm;
- Temperatura: 36,6 ºC;
- PA: 136x86 mmHg;
- Peso: 63,9 Kg
- Altura: 1,52 m
- Dieta: Enteral
- Consciente e orientada, quanto ao tempo, espaço e pessoa;
- Abertura ocular espontânea;
- Obedece a comandos verbais;
- Pele clara, hidratada, elasticidade e turgor presentes
A paciente apresenta inconformidade com seu estado físico, está pouco comunicativa e fala de forma clara em tom baixo. Dieta enteral. Com sonda vesical de demora com presença de urina amarelo ouro em bolsa coletora e fralda; em uso de fraldas, nas últimas 24 horas, apresentou 3 episódios de fezes.
Apresenta duas UPPs, sendo a primeira na região calcânea esquerda com classificação indeterminada para um primeiro momento, e a segunda em região sacral nível 3 com perda total da espessura da pele e tecido adiposo visível. Ambas lesões resultantes da pressão do corpo contra o leito com agravamento ocasionado pela falta de mudança de decúbito, tempo prolongado de permanência no leito, mal controle da umidade e condutas inapropriadas de manejo do paciente.
A paciente também apresenta um índice de massa corpórea (IMC) acima do ideal para seu peso e altura, sendo esse de 27,3 Kg/m2, o que representa um acréscimo de 6 kg acima do normal para sua estatura.
Fatores etiológicos: déficit nutricional, mobilidade reduzida, tempo de internação, deficiência na mudança de decúbito, umidade, fricção e cisalhamento.
Comorbidade: sobrepeso, pode apresentar (Não confirmado) diabetes mellitus.
ESTUDO DE CASO
QUESTÃO B
REGIÃO CALCÂNEA
Paciente apresenta na região calcânea esquerda uma lesão por pressão não classificável para uma primeira avaliação, pois a mesma se encontra com uma fina camada de pele seguida de uma necrose severa. Desta forma, será feita a remoção do tecido necrosado e limpeza eficiente da lesão para que se exponha a base da ferida, sua verdadeira profundidade e posteriormente a devida avaliação da lesão será feita, assim como, sua classificação.
REGIÃO SACRAL
Paciente apresenta na região sacral uma lesão por pressão grau 3 com perda total da espessura da pele e tecido adiposo (gordura) visível, possui bordas avermelhadas e tecido de granulação e epitelial viáveis. Apresenta cavidades e tuneis. Não há exposição de ossos, tendões ou músculos.
ESTUDO DE CASO
QUESTÃO C
Tendo feito a avaliação das lesões, deve-se prosseguir com o tratamento mais adequado e eficaz para o cuidado dessa lesão.
Tratamento Tópico
Deve ser feito a limpeza e o desbridamento adequado da lesão, para que dessa forma seja removido qualquer secreção, tecidos desvitalizados soltos, micro-organismos presentes e resíduos das coberturas tópicas, preservando o tecido de granulação e minimizando riscos de infecção.
- Desbridamento: Deve-se escolher o método de desbridamento mais adequado ao tipo da lesão. Bem como, prevenir e tratar a dor associada ao mesmo.
- Limpeza: Deve-se limpar a ferida a cada troca de curativo e de forma adequada ao tipo de lesão. Manter a pele sempre limpa, seca e hidratada, evitando friccionar sobre proeminências ósseas. A solução salina (soro fisiológico) é o agente de limpeza ideal em todo o tipo de úlceras de pressão, devendo o traumatismo do leito ulceroso ser o menor possível: usar baixa pressão de irrigação (seringa 20ml, agulha 19G) ou, no caso de se usarem gazes humedecidas exercer pressão e fricção suaves.
- Curativo: O curativo (em relação ao caso apresentado) deve ser trocado de 12 em 12 horas e manter a integridade fisiológica da lesão. Deve ser bio-compativel e fornecer a hidratação necessária.
- Colagenase: A aplicação de colagenase com troca de curativo 2 vezes ao dia, favorece a limpeza e o desbridamento da lesão.
- Papaína: A aplicação de papaína favorece uma boa cicatrização, desde que, seja feita de forma contínua, com troca de curativo 2 vezes ao dia.
- Se a lesão apresentar odor fétido ou secreção purulenta, deve-se priorizar limpezas mais frequentes para que se evite infecções.
- Mudança de decúbito de 2 em 2 horas.
- Utilizar, se disponíveis, superfícies de apoio para redistribuição da pressão (Colchões piramidais, Colchões ou colchonetes de gel, Colchões ou colchonetes de fluido (água) ou ar, Coxins).
- O leito do paciente deve estar sempre limpo, com lençóis secos e esticados.
- Supervisionar o paciente com maior frequência e proteger a lesão de fontes exógenas de infecção (fezes).
RESENHA
A paciente foi vítima de acidente automobilístico, sofreu poli trauma com lesão na medula espinha apresentando paraplegia, esta internada há 10 dias no CTI e desenvolveu lesões por pressão em região calcânea e sacral. Necessita de cuidados especiais para pacientes acamados como:
- Manter os lençóis sempre limpos e esticados,
- Realizar higiene corporal e íntima,
- Trocar fraldas regularmente,
- Mudar decúbito regulares de 2 em 2 horas,
- Trocar a sonda para alimentação e para urina,
- Cuidar da pele e mantê-la hidratada evitando friccionar sobre proeminências ósseas,
- Fazer exercícios com as pernas, braços e mãos do paciente pelo menos 2 vezes por dia para manter a força e a amplitude das articulações.
- Monitorização de Funções Vitais,
- Administração de Medicamentos,
- Supervisão, prevenção e controle de infecções,
- Manutenção da saúde oral,
- Anotar as reações do paciente verificando se o mesmo apresenta resposta aos estímulos.
...