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ESTUDO ECOLÓGICO SOBRE AIDS/HIV RELACIONADO A UM DOS FATORES SOCIOECONÔMICOS: A RENDA - NO DISTRITO FEDERAL

Por:   •  18/4/2017  •  Artigo  •  1.392 Palavras (6 Páginas)  •  427 Visualizações

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[pic 1]

UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA

FACULDADE CEILÂNDIA

DISCIPLINA DE EPIDEMIOLOGIA ANALÍTICA

     

ESTUDO ECOLÓGICO SOBRE AIDS/HIV RELACIONADO A UM DOS FATORES SOCIOECONÔMICOS: A RENDA - NO DISTRITO FEDERAL

Keli da Silva Duarte Gameiro 16/0051771

Letícia Alves Amorim 16/0071411

Lisa Oliveira Conceição 16/0012550

Yasmin G. Pinheiro Yoshida 16/0149321

BRASÍLIA

2016

INTRODUÇÃO

A AIDS é o estágio mais avançado da doença que ataca o sistema imunológico. Também conhecida como Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (SIDA), é causada por um vírus chamado HIV. Esse vírus ataca as células de defesa do nosso corpo deixando o organismo vulnerável a diversas doenças, desde um simples resfriado a infecções mais graves como tuberculose ou câncer. Por esse motivo é uma doença difícil de tratar.

Quando a AIDS foi descoberta em 1981, tornou-se um marco na história da humanidade. A epidemia de AIDS pelo vírus HIV é um fenômeno global, cuja ocorrência nas diversas regiões do mundo depende de vários determinantes, como o comportamento humano individual e coletivo e a situação socioeconômica.

A difusão geográfica da doença a partir dos grandes centros urbanos em direção aos municípios de médio e pequeno porte, o aumento da transmissão por via heterossexual e o crescimento dos casos entre usuários de drogas tem sido a principal motivo da mudança de perfil da AIDS no Brasil e no mundo.

Segundo o Boletim Epidemiológico de DST/AIDS do Distrito Federal (2013), dentre os casos de AIDS diagnosticados no Brasil, o DF ocupa o 25º lugar dentre as capitais brasileiras. No Distrito Federal, no período de 2009 a 2014 foram notificados pelo SINAN 2.338 novos casos de AIDS, chegando a razão de 22,3 casos a cada grupo de 100.000 habitantes, tendo redução nos anos seguintes.

Há alguns anos, receber o diagnóstico de AIDS era praticamente uma sentença de morte, porém, hoje em dia, uma pessoa soropositivo pode viver com qualidade de vida tomando os medicamentos indicados (antirretrovirais) e seguindo corretamente as recomendações médicas. O diagnóstico precoce da doença é fundamental para aumentar ainda mais a sobrevida do infectado. O Ministério da Saúde recomenda fazer o teste sempre que passar por alguma situação de risco e usar sempre o preservativo.

O objetivo deste trabalho é avaliar os diagnósticos de AIDS e a situação socioeconômica das Regiões Administrativas do Distrito Federal e saber se eles podem estar relacionados através de um estudo ecológico, avaliando se a diferença de renda nas regioes administrativas estão relacionados a maior incidência de casos, tendo em vista que atualmente a epidemia de HIV e AIDS tem apontado como características os processos de heterossexualização, feminização, interiorização e pauperização.

METODOLOGIA

        Para esse trabalho foi aplicado um estudo ecológico como método de avaliação, os dados foram extraídos do Boletim Epidemiológico do Distrito Federal e do IBGE. Os artigos lidos como base se restringem à língua portuguesa e não há delimitação de tempo. Palavras chave: HIV, AIDS, situação socioeconômica, desigualdade social, renda.

        Para análise dos dados foi usada correlação e regressão com o objetivo de relacionar duas variáveis quantitativas, a incidência de AIDS e a renda per capita, onde a correlação quantifica a força da relação e a regressão deixa a forma da relação explicita. As duas variáveis estão representadas graficamente em diagramas de dispersão. Foram realizados cálculos de correlação linear (Pearson) e regressão linear simples, ignorando o efeito aleatório.

RESULTADOS

Com base nos cálculos da fórmula de correlação linear, utilizando os dados da tabela, obteve-se o valor de r= 0,00000000000016, Alfa= 18,20 e o Beta= 0,00029. O valor numérico que mede a intensidade da associação linear existente entre as duas variáveis é 0 (zero). Alfa (intercepto) é o valor da média da distribuição de Y em X=0, não tem significado prático como um termo isolado no modelo. Beta (inclinação) expressa a taxa de mudança em Y, quando ocorre a mudança de uma unidade em X, ou seja, para uma diminuiçao ou aumento da renda per capita (X), o coeficiente de incidência de AIDS (Y) aumenta ou diminui, em média no valor de Beta, que nesse caso também foi 0 (zero).

Observa-se também que no diagrama de dispersão, mostrado no gráfico, o ponto em que as duas variáveis se encontram, referentes a cada RA, estão muito dispersos, caracterizando um gráfico de resíduos. Visualmente é perceptível a impossibilidade de associação.

Tabela:

RA

Coef. Incid.

Renda

Desvio Y

Desvio X

Desvio X

x

Desvio Y

Desvio Y²

Desvio X²

Águas Claras

18,9

3.158,29

0,09

1111,21

95,79

0,01

1234794,56

Plano Piloto

48,9

4.451,87

48,90

4451,87

217696,44

2391,21

19819146,50

Vicente Pires

20,3

2.075,47

20,30

2075,47

42132,04

412,09

4307575,72

Brazlândia

16,1

1.594,26

16,10

1594,26

25667,59

259,21

2541664,95

Candangolândia

40,7

1.114,19

40,70

1114,19

45347,53

1656,49

1241419,36

Ceilândia

16,4

720,49

16,40

720,49

11816,04

268,96

519105,84

Cruzeiro

18,4

2.532,13

18,40

2532,13

46591,19

338,56

6411682,34

Fercal

0

574,31

0,00

574,31

0,00

0,00

329831,98

Gama

22

1.103,93

22,00

1103,93

24286,46

484,00

1218661,44

Guará

32,5

2.279,91

32,50

2279,91

74097,08

1056,25

5197989,61

Itapoã

4,1

726,93

4,10

726,93

2980,41

16,81

528427,22

Jardim Botânico

4,6

4.132,91

4,60

4132,91

19011,39

21,16

17080945,07

Lago Norte

22,5

4.558,40

22,50

4558,40

102564,00

506,25

20779010,56

Lago Sul

9,2

6.510,10

9,20

6510,10

59892,92

84,64

42381402,01

N. Bandeirante

26,2

1.500,18

26,20

1500,18

39304,72

686,44

2250540,03

Paranoá

30,2

741,71

30,20

741,71

22399,64

912,04

550133,72

Park Way

9,5

4.871,39

9,50

4871,39

46278,21

90,25

23730440,53

Planaltina

18,3

728,72

18,30

728,72

13335,58

334,89

531032,84

R. das Emas

20

662,28

20,00

662,28

13245,60

400,00

438614,80

Riacho Fundo

36

1.346,09

36,00

1346,09

48459,24

1296,00

1811958,29

Samambaia

19,5

765,32

19,50

765,32

14923,74

380,25

585714,70

Santa Maria

10,2

708,5

10,20

708,50

7226,70

104,04

501972,25

São Sebastião

24

764,05

24,00

764,05

18337,20

576,00

583772,40

Estrutural

9,2

367,5

9,20

367,50

3381,00

84,64

135056,25

S I A

0

1.500,84

0,00

1500,84

0,00

0,00

2252520,71

Sobradinho

10,8

1.594,26

10,80

1594,26

17218,01

116,64

2541664,95

Sud./Octogonal

25,7

6.144,17

25,70

6144,17

157905,17

660,49

37750824,99

Taguatinga

28,4

1.635,12

28,40

1635,12

46437,41

806,56

2673617,41

Varjão

3

501,91

3,00

501,91

1505,73

9,00

251913,65

Soma

545,6

59.365,23

59910,83

57318,15

59365,23

13952,88

200181434,67

Média

18,81

2047,07

2065,89

1976,49

Gráfico[a]:

[pic 2]

DISCUSSÃO

        As literaturas consultadas mostram vários fatores socioeconômicos, como faixa etária, escolaridade,  sexo (heterosexualidade, homosexualidade, bisexualidade), desemprego, renda e o uso de drogas, todos sendo relacionados a AIDS. Eles relatam as mudanças no perfil da AIDS e associam vários desses fatores a doença. A variância dos resultados encontrados refletem a diversificação das regiões pesquisadas. Alguns com valores mais significativos, outros nem tanto. Alguns artigos citam o uso de drogas somados a baixa escolaridade como um variáveis associados uma maior proporção dos casos da doença, assim como a homosexualidade também somada ao  baixa escolaridade. Citam locais de baixa renda com maior proporção de morbidade com diferenças de mortalidades entre os sexos, de forma que homens morrem mais que mulheres.

...

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