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Enfermagem e a Prevenção da Toxoplasmose Durante a Gestação

Por:   •  11/4/2018  •  Resenha  •  999 Palavras (4 Páginas)  •  915 Visualizações

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Enfermagem e a prevenção da Toxoplasmose durante a gestação

Aluna:Thaís Cristina Ceolin da Costa

Prof°: Mario Rene Souza

Universidade Tuiuti do Paraná, Faculdade de Biológicas e da Saúde, curso de ENFERMAGEM, 1° período, manhã, Curitiba/Paraná

 

    Toxoplasmose é uma infecção causada por um protozoário chamado Toxoplasma gondii e pode ser conhecida também por “doença do gato”, pelo fato do animal ser o hospedeiro definitivo do patógeno de ampla distribuição geográfica e a transmissão congênita pode ocorrer quando a mulher adquire a primo-infecção durante a gestação. A infecção pelo Toxoplasma gondii na gestante pode causar danos fetais, como abortamento,crescimento intrauterino retardado, prematu-ridade e acometimento neurológico e oftálmico. Após a infecção na gestante, o risco geral de infecção fetal é de 40% mais ou menos. Porém esse risco varia de acordo com a idade gestacional em que a mulher adquiriu a infecção, sendo menor no primeiro trimestre e maior no terceiro trimestre gestacional.

      A infecção fetal poderia ser prevenida quando há tratamento materno após um diagnóstico precoce. O risco de infecção aguda durante a gestação é de aproxi-madamente 1% e a transmissão fetal ocorre em 30% dos casos, levando a infec-ção fetal de gravidade variável. As crianças podem ser gravemente comprometidas ou assintomáticas ao nascer, os riscos estimados de desenvolvimento de hidrocefalia, coriorretinite e calcificações intracraniana isolada são de níveis altos, chegando a mais ou menos a 65% quando a infecção ocorre até a 13ª semana, 25% na 26ª semana e 9% na 36ª semana.  O diagnóstico pré-natal da toxoplas-mose congênita apresenta importantes implicações para o prognóstico fetal, assim como para a evolução neonatal, possibilitando o acompanhamento por uma equipe multidisciplinar, com identificação precoce de alterações durante a gesta-ção, parto e no período pós-natal imediato, permitindo que os cuidados ao recém-nascido sejam otimizados a fim de melhorar o prognóstico dessas crianças.

     O tratamento é feito a partir dos exames que são solicitados, que neste caso são IgG e IgM para toxoplasmose. Esse exame se repete, caso no 1° exame da gestante apresente IgG reagente, e é realizado entre a 27 e 30 semanas da gestação. Uma vez adquirida essa infecção, o foco se concentra nas gestantes suscetíveis e, portanto, com risco de uma infecção aguda e consequente transmissão fetal. Nisso nós enfermeiros precisamos orientar melhor a gestante sobre a importância do pré-natal bem feito, pois através dele é possível evitar várias doenças, dentre elas a toxoplasmose que pode causar problemas neurológicos, abortamento, retardo mental, cegueira e até a morte fetal. Ainda não existem estudos que evidenciem o benefício do tratamento materno para evitar a transmissão vertical, portanto nós enfermeiros orientamos a gestante, para que tome as medidas preventivas, como fazer seu pré-natal corretamente. Consequentemente, isso reduziria os casos de infecção congênita e o apareci- mento de sequelas no futuro, só pelo fato da instituição precoce do tratamento em crianças congenitamente infectadas.

     O pré-natal tem como objetivo acompanhar a evolução da gravidez e promover a saúde da gestante e da criança. O enfermeiro nessa fase é de suma importância, pois se trata de um período cheio de medos, dúvidas e mitos que todas as gestantes possuem, e isso determinará a eficácia d pré-natal. Nisso, se faz necessário o profissional se posicione de forma neutra, e que guarde para si seus dogmas, conceitos e preconceitos, e promova o acolhimento e a escuta das necessidades da gestante. É preciso intimidade e segurança para que a gestante se sinta fortalecida até o momento do parto, pois cada mulher é um ser único, complexo, com sentimentos e autonomia. Toxoplasmose congênita (em bebês) é quando a doença é transmitida de mãe para filho, alguns sintomas podem atingir a criança. Eles variam de acordo com a data em que a mãe foi infectada e costumam ser mais severos do que os dela e você pode entender melhor sobre isso abaixo.

   -Caso a mãe seja infectada pela primeira vez antes ou durante a gravidez, a doença pode ser transmitida de forma congênita, mesmo que não apresente sintomas da mesma.

   -Caso a mãe seja infectada no terceiro trimestre de gravidez, maior é o risco de transmissão da doença para o bebê. Se a gestante for infectada logo no primeiro trimestre, esses riscos são menores, porém, caso aconteça, a doença nele será mais grave.

     Quando o bebê não sofre de aborto espontâneo ou nasce natimorto, ele nascerá com sérias complicações, como: Convulsões; Aumento do fígado e baço; Amarelamento da pele e dos olhos (icterícia); Infecções oculares graves. Muitas vezes, esses sintomas não aparecem nas crianças até a sua adolescência. Porém, em uma pequena parcela, isso acontece, então é importante ficar atento a qualquer sinal diferente na criança.

Prevenção:

Pessoas no geral: Usar luvas quando for lidar com jardinagem; evitar comer comidas cruas ou mal passadas; Lavar os itens de cozinha frequentemente; Lavar todas as frutas e vegetais que caso venha a ingerir; Não beber leite não pasteurizado; Cobrir caixas de areia das crianças.

Amantes de gatos: Manter o seu gato saudável; evitar contato com gatos de rua e/ou filhotes de gatos; quando não puder, peça a alguém para limpar a caixa de areia do animal.

Referências: Carmo ACZ, Bottom SR, Fleck J, Beck ST. Importância do rastreamento pré-concepcional e pré-natal da infecção por toxoplasma gondii. Prevalência sorológica em um hospital público. Rev Bras Análises Clínicas. 2005; 37(1): 49-52. 2. Carvalho GM. Enfermagem em Obstetrícia. In; Rezende Filho. Obstetrícia. Rio de Janeiro: Editora; 1998. 3. Varella IS, Wagner MB, Darela AC, Nunes LM, Müller RW. Prevalência de soropositividade para toxoplasmose em gestantes. J Pediatr. 2003; 79(1).Szpeiter N. Considerações sobre o Diagnóstico Laboratorial da Toxoplasmose. Rev. Laes Haes. 2000; 126: 182-200. 17. Oliveira VM. Um lugar no cuidado pré-natal: possibilidades e opções das gestantes [dissertação]. São Paulo: Escola de Enfermagem, Universidade de São Paulo; 2000. 18. Foulon W. Treatment of toxoplasmosis during pregnancy: a multicenter study impact on fetal transmission and children sequelae at age 1 year. Am J Obstet Gynecol. 1999; 180: 410-15.

Anexo extra.

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