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GESTÃO ESTRATÉGICA APLICADA A SAÚDE NA FAMÍLIA

Por:   •  14/5/2020  •  Relatório de pesquisa  •  5.735 Palavras (23 Páginas)  •  230 Visualizações

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GESTÃO ESTRATÉGICA APLICADA A SAÚDE NA FAMÍLIA

Paulo César Martins Ourives[1]

       Michelle Castilho da Rocha Chopch[2]

                                                                                                                             Rafael da Silva[3]

RESUMO

A origem da Estratégia Saúde na Família (ESF) iniciou-se em 1994 pelo Ministério da Saúde (MS) mediante uma proposta de se criar um “novo modo de fazer saúde”. Surge inicialmente como politica nacional de atenção básica o Programa Saúde na Família (PSF) com a finalidade de aproximar mais a saúde da família obtendo assim melhor qualidade de vida aos brasileiros. Mas esse programa denotava uma atividade com; inicio, desenvolvimento e finalização, limitando assim um contexto mais humanizado na Atenção Básica Primaria (ABP). Dessa preocupação nasce a Estratégia sobrepondo o Programa com o propósito de promover uma qualificação resolutiva à Atenção Básica de Saúde (ABS), com o objetivo específico de prestar um atendimento de qualidade integral e humanizado em todas as Unidades Básicas de Saúde (UBS) garantindo ao mesmo tempo o acesso em todo sistema de saúde na área de assistência e prevenção a todos os cidadãos. Todavia, há limitações à sua operacionalização devido a vários fatores: formação inadequada dos profissionais, número reduzido de médicos e falta de recursos e de compreensão dos gestores sobre a própria estratégia. Será norteado neste estudo que, a qualificação e capacitação dos profissionais que compõe a equipe da ESF, bem como a expansão de recursos humanos e materiais gerados por novas tecnologias e inovações, poderá fazer com que essa estratégia se fortaleça ainda mais, ressaltando que o maior investimento deva ser focado nos profissionais da saúde inseridos na ESF.

Palavras Chave: Estratégia Saúde na Família 1; Atenção Básica 2; Cidadão Usuário 3; Gestão  4; Inovação5.

ABSTRACT

The origin of the Family Health Strategy (FHS) began in 1994 by the Ministry of Health (MOH) through a proposal to create a “new way of doing health”. Initially as a national policy of primary care, the Family Health Program (PSF) was created with the purpose of bringing family health closer, thus obtaining a better quality of life for Brazilians. But this program denoted an activity with; beginning, development and finalization, thus limiting a more humanized context in Primary Primary Care (PBL). From this concern arises the Strategy overlapping the Program with the purpose of promoting a resolutive qualification to Primary Health Care (ABS), with the specific objective of providing comprehensive and humanized quality care in all Basic Health Units while ensuring the access throughout the health system in the area of ​​care and prevention for all citizens. However, there are limitations to its operationalization due to several factors: inadequate training of professionals, reduced number of doctors and lack of resources and managers' understanding of the strategy itself. It will be guided in this study that the qualification and qualification of the professionals that make up the FHS team, as well as the expansion of human and material resources, generated by new technologies and innovations, can make this strategy even stronger, emphasizing that the greater investment should be focused on health professionals inserted in the FHS.

Keywords: Family Health Strategy 1; Primary Care 2; Citizen User 3; Management 4; Innovation5.


1. INTRODUÇÃO

A Estratégia Saúde na Família (ESF) teve seu início em 1994 implantada pelo Ministério da Saúde (MS) como um programa, Programa Saúde na Família (PSF). Já em 1997 esse programa se transforma em estratégia para que haja promoção efetiva da prevenção e promoção em saúde com total respaldo para a Atenção Básica (AB) de saúde da família e da comunidade com o objetivo específico de prestar um atendimento de qualidade integral e humanizado em todas as Unidades Básicas de Saúde (UBS) garantindo ao mesmo tempo o acesso em todo sistema de saúde na área de assistência e prevenção a todos os cidadãos. Na atualidade o Sistema Único de Saúde (SUS) através da sua principal porta de entrada, a Atenção Básica ou Primária, conta com mais de 43 mil equipes, que cobrem aproximadamente 133 milhões de pessoas em todo Brasil (dados MS, 2019).

A ESF destaca-se como estratégia de organização dos serviços na APS, fortalecendo a rede de saúde e colaborando para a reorientação do modelo assistencial. Tem como um de seus objetivos acompanhar, através de ações de cura, reabilitação, prevenção e promoção da saúde, a população adscrita à sua área de abrangência. O fundamental no trabalho da ESF é o estabelecimento de vínculos e o desenvolvimento do trabalho a partir da associação das características sociais, culturais, econômicas e epidemiológicas do território às demandas e necessidades em saúde da população (CORBO et al, 2010).

Porém para que haja uma maior estabilização nas práticas do trabalho em equipe na ESF, evidenciando uma cooperação mútua em harmonia se faz necessária uma interatividade entre a comunicação e capacitação visando eliminar interferências negativas causadas por membros da equipe dentro do ambiente de trabalho. Dessa forma o investimento pessoal torna-se tão importante quanto o investimento físico, levando-se em conta a fragilidade nas relações interpessoais do trabalho em equipe na ESF bem como a falta de profissionais, materiais e estrutura física adequada para que contribua de modo a minimizar os conflitos pessoais que são os maiores causadores para a não realização do trabalho em equipe.

Através do estudo realizado no decorrer deste relato técnico será elencada qual é a “maior dor”, dentre tantos obstáculos que interferem no processo da ESF que perpassam desde os profissionais que, por conceitos antigos (hospitalocentrismo) ou até mesmo falta de motivação organizacional, não cooperam com a equipe bem como a falta de mão de obra qualificada que amplia a dificuldade de relacionamento dos profissionais da UBS com os principais atores envolvidos, os cidadãos usuários.

Dentro da UBS todo cidadão, sem distinção e independente da territorialidade, deverão receber atendimentos básicos e gratuitos em: Pediatria, Ginecologia, Clínica Geral, Enfermagem e Odontologia. Tendo como principais serviços oferecidos: consultas médicas; inalações; curativos; vacinas; injeções; coleta de exames laboratoriais; encaminhamento para especialidades; fornecimento de medicação básica e tratamento odontológico. Esse atendimento deve ser humanizado, garantindo atendimento imediato ao usuário com grau de risco elevado e diminuindo o tempo de espera dos demais usuários promovendo assim maior conforto aos que necessitam do atendimento. Pois segundo (GREEN, ANDRADE, LOUROSA, 2008), “Observa-se que existe a necessidade de melhorar a recepção do atendimento ao usuário de saúde, agendando a consulta ao invés de atender por critério de ordem de chegada à fila e limites de vagas para consulta médica”.

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