HISTÓRIA DA SAÚDE PÚBLICA NO BRASIL
Por: AnaLu.010 • 19/4/2018 • Resenha • 2.146 Palavras (9 Páginas) • 500 Visualizações
A película começa com o início do século XX, considerado como o século do progresso e das grandes esperanças, demonstrando o caminho árduo das lutas pelo direito da saúde, e, consequentemente, o debate das Políticas de Saúde no Brasil.
A chegada da epidemia de febre amarela no RJ e SP e doenças como cólera, varíola, malária, tuberculose ocasiona uma situação da saúde vergonha nacional. Por volta de 1900, a população pobre só dispunha de atendimento filantrópico nos hospitais de caridade mantidos pela igreja. Enquanto os ricos possuíam acesso aos médicos, os menos favorecidos dependiam das benzedeiras e a caridade.
Com o quadro de epidemia cada vez mais grave, o nome do Brasil é “manchado” no estrangeiro, afastando os imigrantes e a mão de obra para a cultura do café e fábricas nacionais, uma vez que a escravidão havia sido abolida no século passado havendo assim, uma extrema necessidade da mão de obra livre.
Em 1903, Osvaldo Cruz é nomeado Diretor Geral de Saúde e toma como primazia a criação do Instituto Soroterápico de Manguinhos para fabricação de vacinas e a organização de campanhas para erradicação das pestes, colocando os doentes de moléstias contagiosas em quarentena com vistas ao saneamento do Rio de Janeiro.
A mídia possui papel fundamental nesta época. Os jornais informam que a vacina contra a varíola seria obrigatória, entretanto ocorre a resistência por parte de integrantes da população e dos militares positivistas que entediam que a vacinação obrigatória contrariava a liberdade e o direito dos cidadãos. Devido à esta oposição, em 1904 iniciam-se as manifestações contra a obrigatoriedade, que são rechaçadas pela Polícia.
Enquanto isso, em São Paulo, o Dr. Emílio Ribas passa a conviver com doentes da febre amarela para provar que a doença não se transmite a partir do simples convívio
Várias são a greves deflagradas nas indústrias têxteis em 1907, e em 1908 a gripe espanhola mata milhares de pessoas no Brasil, e os médicos ficam sem saber o que fazer.
Em 1919, o deputado Heloy Chaves, na condição de Ministro da Justiça, em razão da força irruptiva das greves gerais no Brasil, apresenta lei que regulamenta as caixas de aposentadorias e pensões que seriam financiadas pelas empresas, pelos seus trabalhadores e pela União, com vistas à diminuição das tensões sociais. A regulamentação pretendia que com a caixa de aposentadoria e pensões os trabalhadores passassem a ter assistência à saúde e, após alguns anos de trabalho se aposentassem condignamente.
Acerca de São Paulo, o Dr. Geraldo Paula Souza retorna dos Estados Unidos à Capital Paulista, após concluir curso de Saúde Pública e deu início à obra do Centro de Saúde do Estado, de cunho social e educativo, passando os médicos sanitaristas e orientadoras sanitárias a substituir os guardas, inspetores e Delegados. A família, na condição de célula mater da sociedade passou a ser o alvo principal das ações de saúde
Por volta de 1930, após as revoltas e conspirações compreendidos no período da Primeira República, Getúlio Vargas assume a Presidência do Brasil, prometendo governar com o pensamento voltado para os mais pobres e desprotegidos, ocasionando a descentralização do poder dos exportadores de café presentes no regime conhecido como “café com leite” onde a candidatura era “reversada” entre Minas Gerais e São Paulo, passado o poder às mãos dos empresários e dos industriais da época. Por meio de Decreto, Vargas centraliza e uniformiza as estruturas de saúde, agradando a população
Em 1932 o Estado de São Paulo se levanta em armas contra Getúlio Vargas, inicialmente sendo veiculado que o motivo seria a não promulgação da Constituição prometida em 1930. Todavia, cogitava-se que o motivo real seria o fato das elites paulistas terem ficado fora do poder. Mas logo depois, São Paulo se Rende e Getúlio planeja a Constituição para 1934.
Getúlio Cria o Instituto de Aposentadorias e Pensões (IAP) dos Marítimos prometendo estender para as demais categorias profissionais, em razão das caixas de aposentadorias e pensões que eram poucas e ineficientes. Com o Instituto de aposentadoria os trabalhadores teriam descontos em seus salários para obterem o direito à assistência médica e aposentadoria e pensões após uma vida de trabalho.
Os deputados da época idealizaram um sistema de capitalização do montante arrecadado pelo Instituto de Aposentadorias e Pensões para aumentar a massa de recursos e também financiar a indústria, e ainda para não deixar o montante parado desvalorizando
Em 1935, os comunistas de Luiz Carlos Prestes tentaram um levante militar para tomar o poder. Em 1937 Getúlio Vargas decreta Estado de Sítio, determina o cancelamento das eleições presidenciais, o fechamento do Congresso e anunciou o advento do Estado Novo. É criado o SESPE (Serviço Especial de Saúde Pública) no interior do país, visando combater de forma preventiva as epidemias.
Em 1945 cresce a oposição à Getúlio Vargas, que é deposto, sendo convocada eleições para presidente
Nessa época os modelos dos Centros de Saúde vinham enfrentando oposição dos médicos especialistas por influência dos americanos, levado o Brasil a adotar o mesmo modelo de assistência à saúde dos Estados Unidos. Um modelo baseado em grandes hospitais, onde há médico de todas as especialidades e grande quantidade de equipamentos. Hospitais passam a ser inaugurados, sendo adotado o sistema da especialização, ou seja, médicos especialistas nos diversos ramos da medicina. O que foi entendido como uma nova era na história dos hospitais.
Nas eleições de 1950, Getúlio Vargas - deposto como ditador-, volta como candidato à presidência e é eleito pelo voto popular.
Getúlio Inaugura a TV Tupi para dar início a uma nova fase nas telecomunicações do Brasil. Foi também criada a Petrobrás e o Ministério da Saúde em razão do crescimento das ações de saúde no país que passaram a exigir uma estrutura própria, com vistas a fortalecer a ações em saúde pública, em especial a medicina preventiva.
Em oposição à corrente dos médicos especialistas, existia o modelo dos Centro de Saúde e uma maior aproximação da medicina com as condições sociais do povo, e a corrente da rede municipalista.
O governo Vargas é acusado de ser o mais corrupto da História e o presidente posteriormente viria a se suicidar. Juscelino Kubitschek então é eleito em seu lugar, e apesar de gerar entusiasmo na população por suas propostas econômicas, não será
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