Noções básicas: Pressão Arterial e Glicemia Capilar

Noções básicas: Pressão Arterial e Glicemia Capilar

Prof. Enf. Priscila Paixão  

A falta de tempo e dinheiro são fatores que influenciam a dificuldade de acesso a serviços básicos, nesse sentido há uma necessidade de ofertar ações sociais mais próximos desses cidadãos, facilitando o acesso a serviços totalmente gratuitos para as comunidades.

A pressão arterial é considerada mundialmente um problema de saúde pública devido à alta taxa de morbimortalidade, os vasos sanguíneos possuem uma pressão no seu interior, sendo o resultado dos batimentos cardíacos e a contração da parede destes vasos na passagem do sangue, sendo o batimento cardíaco que impulsiona o sangue para todas as partes do corpo, assim aferindo a pressão arterial é possível mensurar os valores da pressão arterial de um paciente, permitindo direcionar condutas terapêuticas, monitorando e identificando fatores de riscos associados. O local mais comum da aferição da pressão arterial é o braço, utilizando a artéria braquial como ponto de ausculta, pode ser utilizado o esfigmomanômetro e estetoscópio manualmente ou através de aparelhos digitais.

É medida em milímetros de mercúrio e são determinadas duas pressões:

Máxima: quando o coração se contrai, temos uma pressão máxima (sistólica)

Mínima: quando o coração dilata, temos uma pressão mínima (diastólica)

A pressão arterial é transcrita com o valor da pressão sistólica seguido por uma barra e o valor da pressão diastólica.

 Ex: 120/80mmHg (milímetros de mercúrio)

Classificação da pressão arterial em adultos:

Normal: <120/80 mmHg

Pré-hipertenção: 120-139/89 mmHg

Hipertenção estágio 1: 140-159/ 99 mmHg

Hipertenção estágio 2: >160/100 mmHG

O aumento da pressão arterial é um fator para doença cardiovascular. Levando a complicações, tais como: insuficiência cardíaca, doença arterial coronariana entre outras.

Os fatores de risco para hipertensão arterial aumentam linearmente com a idade, fatores como sexo e etnia prevalece em mulheres afrodescendentes com risco de hipertensão mais elevada em relação às mulheres brancas; o baixo nível sócio econômico está associado à maior prevalência de hipertensão arterial, além de maior risco de lesão em órgãos; consumo excessivo de sódio; obesidade; O consumo elevado de bebidas alcoólicas; sedentarismo Indivíduos sedentários apresentam maiores riscos.

Fatores de risco cardiovascular ocorrem geralmente de forma combinada associados a predisposições genéticas, fatores ambientais, sociais, estilo de vida sedentário, variando com a idade, sobrepeso e hiperglicemia.

 A pressão baixa pode não ser um problema, chamado de hipotensão é desencadeado por doenças subjacentes e comumente são assintomáticas. Os sintomas da pressão baixa ou hipotensão são: tonturas, vertigens, náuseas, falta de concentração, desmaios entre outros, que também podem levar a um choque. Valores a baixo de 120/80 mmHg devem ser monitoradas.

Glicemia capilar

Teste de Glicemia Capilar tem essa nomenclatura porque o sangue usado para o teste vem dos capilares sanguíneos, que são vasos sanguíneos muito finos que existem por todo o corpo. É um teste de monitoramento da glicemia que servem para acompanhar os níveis de glicose no sangue.

É realizado com tiras diagnósticas e o aparelho de glicosimetro, disponibilizando de imediato o valor da glicemia em pacientes de todas as faixas etárias através de uma gota de sangue fresco adquirida com punção puntiforme depositada em uma tira diagnostica conectado ao aparelho glicosimetro, em segundos o aparelho disponibiliza o resultado.

Materiais utilizados: aparelho dosador de glicemia (glicosímetro); gaze não-estéril/ algodão; 01 par de luvas de procedimento; lanceta com trava retrátil; 01 tira-teste específica para o aparelho de glicemia; coletor para pérfuro-cortante.

Os resultados podem variar conforme o tipo alimento ingerido, atividade física realizada, em situações de stress, infecções e com uso de alguns tipos de medicações.

O nível glicêmico começa a aumentar 10 minutos após ingestão alimentar, atingem os seus valores máximos aos 60 minutos após ingestão alimentar e habitualmente ocorre aproximação aos níveis em 2 a 3 horas.

Com esse teste podemos verificar os níveis de glicemia, a fim de evitar hiperglicemia ou hipoglicemia.

Valores de referência:

Glicemia (mg/dl)	Jejum mínimo de 8 horas	2 horas após 75g de glicose
Normal	70 a 99	Até 139
Tolerância à glicose diminuída	100 a 125	140 a 199

O alto nível glicêmico chamado de hiperglicemia pode manifestar sintomas como: sede excessiva, perda de peso, visão turva ou complicações agudas que podem levar a risco de vida.

O diabetes mellitus é um transtorno metabólico, caracterizado por hiperglicemia, ou seja, níveis altos de glicose decorrente da falta de insulina e/ou da incapacidade de a insulina exercer adequadamente seus efeitos e distúrbios metabólicos de carboidratos, proteínas e gorduras, resultantes de defeitos da secreção e/ou da ação da insulina.

Com o aumento da prevalência do diabetes mellitus, sua importância vem crescendo cada vez mais.

 As consequências incluem disfunção e falência de vários órgãos, especialmente rins, olhos, nervos, coração e vasos sanguíneos.

O diabetes mellitus e a hipertensão arterial sistêmica são responsáveis pela primeira causa de mortalidade e de hospitalizações no Sistema Único de Saúde. Os riscos de apresentar diabetes ou um estado intermediário de glicemia dependem da presença de fatores de risco, tais como: histórico de hiperglicemia familiar, hipertensão arterial, histórico de doença cardiovascular, sedentarismo, idade avançada.