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O Diabetes Mellitus

Por:   •  11/9/2016  •  Trabalho acadêmico  •  1.319 Palavras (6 Páginas)  •  311 Visualizações

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Introdução

Segundo Ministério da Saúde, “O Diabetes Mellitus configura-se hoje como uma epidemia mundial, traduzindo-se em grande desafio para os sistemas de saúde de todo o mundo”. A doença representa uma taxa de 9% da mortalidade mundial, gerando grande impacto econômico nos serviços de saúde devido aos altos custos no seu tratamento.

O Diabetes Mellitus (DM), caracterizada por ser uma doença crônica não transmissível associada à hiperglicemia e, os pacientes com DM apresentam diversas complicações e altas taxas de morbi-mortalidade, que afetam diretamente na qualidade da vida. Disfunções e insuficiência de vários órgãos, além da amputação de membros, cegueira e doenças cardiovasculares, estão entre as complicações. Sua ocorrência é resultado de diversos fatores, como defeitos na secreção e/ação da insulina, resistência à ação do hormônio, entre outros.

Classificação

O Diabetes Mellitus pode ser classificado em dois tipos:

• DM tipo 1 – resultado de uma reação autoimune, onde o sistema imunológico do indivíduo destrói as células beta produtoras de insulina do pâncreas. Sem a produção da insulina, o organismo não consegue usar a glicose dos alimentos que são ingeridos, que acaba por se acumular no sangue, com isso a pessoa necessita de injeções frequentes de insulina. Normalmente, os casos de Diabetes tipo 1 aparecem na infância ou no início da adolescência, devido a hereditariedade, fatores ambientais (infecções causadas por vírus) e gênero (mais comum entre homens), mas podem surgir em qualquer faixa etária e não podem ser evitados.

• DM tipo 2 – resultado de graus variáveis de resistência a insulina ou de deficiência relativa de secreção da mesma. Diferente do DM tipo 1, esta o pâncreas produz insulina, mas o problema é que ela não realiza seu papel de oferecer o açúcar do sangue às células que precisam de energia. Geralmente ocorre em pessoas na idade adulta, mas atualmente, tem sido diagnosticado também em jovens devido aos maus hábitos alimentares, sedentarismo e excesso de peso, que dificulta a absorção da insulina pelo corpo. Em alguns casos, é necessária utilização de insulina, mas por ser pouco sintomático, o diabetes tipo 2, na maioria das vezes, permanece por muitos anos sem diagnóstico e sem tratamento, o que favorece a ocorrência de complicações.

Há outros tipos de DM, como a gestacional que consiste em elevados níveis de glicose no sangue durante a gravidez em qualquer mulher em período gestacional e normalmente não apresenta sintomas. O porquê dele ocorrer ainda não foi desvendado, mas ter tido um bebê grande (acima de 4kg), estar acima do peso, ter a síndrome do ovário policístico e ter histórico familiar de diabetes gestacional são alguns fatores aumenta as chances de desenvolver a doença.

Porém, tal tipo de diabetes é considerado perigoso, pois pode levar ao desenvolvimento de diabetes tipo 2 após o parto, aumentando o risco de parto prematuro. Contudo, pode ser prevenido com a manutenção de uma alimentação balanceada e com a prática regular de atividades físicas.

Sintomas

É reconhecido que o diabetes passa por estágios em seu desenvolvimento. É importante ao clínico perceber que os vários tipos de diabetes podem progredir para estágios avançados de doença, em que é necessário o uso de insulina para o controle glicêmico. Além disso, antes do diabetes ser diagnosticado, já é possível observar alterações na regulação glicêmica (tolerância à glicose diminuída e glicemia de jejum alterada), e o seu reconhecimento pelo clínico permite a orientação de intervenções preventivas.

A sintomatologia clássica da DM consiste nos “4 Ps”: polidipsia, polifagia, poliúria e perda involuntária de peso. Além desses, existem outros sintomas que levantam suspeita clínica, como fadiga, fraqueza, letargia, prurido cutâneo e vulvar, balanopostite e infecções de repetição. Entretanto, o diabetes é assintomático em proporção significativa dos casos, a suspeita clínica ocorrendo então a partir de fatores de risco para o diabetes.

Diagnóstico

Para o diagnóstico do DM, temos alguns testes laboratoriais utilizados para suspeita de diabetes ou regulação glicêmica alterada. Os mais comuns são a Glicemia de jejum, Teste oral de Intolerância a Glicose e Glicemia Casual.

Fatores de Risco

No caso do DM tipo 2, cerca de 50% da população não sabe que são portadores da doença, algumas vezes permanecendo não diagnosticados até que se manifestem sinais de complicações. Por isso a necessidade do rastreamento dos indivíduos através dos fatores de riscos listados a seguir:

• Idade >45 anos;

• Sobrepeso (Índice de Massa Corporal IMC >25);

• Obesidade central (cintura abdominal >102 cm para homens e >88 cm para mulheres, medida na altura das cristas ilíacas);

• Antecedente familiar (mãe ou pai) de diabetes;

• Hipertensão arterial (> 140/90 mmHg);

• Colesterol HDL d”35 mg/dL e/ou triglicerídeos e”150 mg/dL;

• História de macrossomia ou diabetes gestacional;

• Diagnóstico prévio de síndrome de ovários policísticos;

• Doença cardiovascular, cerebrovascular ou vascular periférica definida.

Para o DM tipo 1, avalia-se o histórico familiar, possuindo como traço clínico mais relevante, a tendência à hiperglicemia grave e cetoacidose.

Complicações

Não se sabe ainda

...

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