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O TRANSTORNO DO ESPECTRO DO AUTISMO

Por:   •  15/9/2018  •  Artigo  •  1.796 Palavras (8 Páginas)  •  338 Visualizações

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FACULDADES INTEGRADAS DO EXTREMO SUL DA BAHIA

EDNAZILDA SOUZA DOS SANTOS

TRANSTORNO DO ESPECTRO DO AUTISMO

Eunápolis

2018

FACULDADES INTEGRADAS DO EXTREMO SUL DA BAHIA

EDNAZILDA SOUZA DOS SANTOS

TRANSTORNO DO ESPECTRO DO AUTISMO

Trabalho apresentado às Faculdades Integradas do Extremo Sul da Bahia, à disciplina de Introdução Técnicas de Pesquisa, como requisito parcial para obtenção de nota do 2º bimestre, 1º período, no curso de Enfermagem.

Orientadora: Raquel Silva Souza Marques.

Eunápolis

2018

Sumário

1 INTRODUÇÃO        3

2 AUTISMO E SUAS CARACTERÍSTICAS        3

3 INCIDÊNCIA        4

4 DIAGNÓSTICO        5

7 REFERÊNCIAS


1 INTRODUÇÃO

Sabe-se que o autismo é um tipo de transtorno entre os mais diversos transtornos globais. No qual não se manifesta por alterações físicas, mas comportamentais. Tanto que sua denominação se refere às pessoas que vivem para si próprias. E evidentemente que essa análise é baseada na observação. Diz-se ainda, que se assemelha com a sombra que reflete a pessoa, mas que não é ela propriamente dita e sim sua imagem projetada por algum clarão, uma vez que se apresentam variavelmente. Nesse contexto, Lira (2004) e Gomes (2007) nos informam o surgimento da palavra autismo. Na visão de ambos o termo é proveniente dos vocábulos gregos “autos” que significa “em si mesmo” e “ismo” que quer dizer “voltado para si mesmo”.

         

2 AUTISMO E SUAS CARACTERÍSTICAS

O autismo exibe-se em três grandes sintomas, os chamados sintomas altos, sendo o isolamento social, ou melhor, dificuldade de interação social visto que não é proposital, pois mesmo estando inserido há a interação limitada/insuficiente; déficit quantitativo e qualitativo de comunicação social, quando existe a dificuldade de entender e compreender as situações de comunicações e interações comunicativas e dificuldade em expressar-se e se fazer entender nas mais diversas formas de comunicação. Por último, a incorporação de padrões de comportamentos inadequados, atividades e interesses restritos e estereotipias que são movimentos ou formas de fazer as coisas de forma repetitiva e sem finalidade social. Posto isso, certifica-se que é um distúrbio complexo no desenvolvimento que origina problemas no comportamento. Suplino (2007) fundamenta o exposto quando assevera que:

(...). As manifestações do transtorno variam imensamente, dependendo do nível de desenvolvimento e idade cronológica do indivíduo. [...]. O prejuízo na interação social recíproca é amplo e persistente [...] Uma falta de reciprocidade social ou emocional pode estar presente (por ex., não participa ativamente de jogos ou brincadeiras sociais simples, preferindo atividades solitárias, ou envolve os outros em atividades apenas como instrumentos ou auxílios "mecânicos"). Frequentemente, a conscientização da existência dos outros pelo indivíduo encontra-se bastante prejudicada. Os indivíduos com este transtorno podem ignorar as outras crianças (incluindo os irmãos), podem não ter ideia das necessidades dos outros, ou não perceber o sofrimento de outra pessoa. (...) (SUPLINO, 2007, p. 28)

O autismo ainda é definido em três graus: transtorno de espectro autista leve, moderado e severo, propriamente ditos. Também surge na infância e perdura na adolescência e na idade adulta. Além disso, o nível intelectual varia muito de um caso para outro, variando de deterioração profunda a casos com altas habilidades cognitivas. Inclusive podem ter os mesmos problemas de saúde que afetam o resto da população. E impõem um fardo emocional e econômico para as pessoas que os sofrem e para seus parentes. Grandin e Scariano (1999) conceituam autismo da seguinte maneira:

O autismo é um distúrbio do desenvolvimento. Uma deficiência nos sistemas que processam a informação sensorial recebida fazendo a criança reagir a alguns estímulos de maneira excessiva, enquanto a outros reage debilmente. Muitas vezes, a criança se “ausenta” do ambiente que a cerca e

das pessoas circunstantes a fim de bloquear os estímulos externos que lhe parecem avassaladores. O autismo é uma anomalia da infância que isola a criança de relações interpessoais. Ela deixa de explorar o mundo à sua volta, permanecendo em vez disso em seu universo interior. (GRANDIN e SCARIANO, 1999, p. 18)

3 INCIDÊNCIA

Constata-se ainda que não haja clareza acerca da sua incidência, além da evidente progressão do conhecimento de quem analisava essas vítimas já que antigamente elas não iam para as estatísticas, pois não havia diagnóstico diferentemente de atualmente, ou seja, houve a expansão de critérios diagnósticos e melhores ferramentas bem como maior conscientização e melhor comunicação. Já as demais associações feitas se tratam de hipóteses de possíveis processos do ambiente que são causadores como a associação com dietas, infecções, veículos de vacinas, prematuridade, intercorrências perinatais, idade materna, histórico familiar de transtornos de desenvolvimento, mas nada foi mesmo comprovado cientificamente. Nos ensinamentos de Serra (2004), tem-se o seguinte:

1) Para que uma criança seja diagnosticada como autista é necessário que a mesma apresente sintomas que se enquadrem em (...) comprometimentos qualitativos nas áreas de interação social, comunicação e padrões de comportamento, interesse ou atividades estereotipadas; 2) É preciso que seja identificado um atraso ou funcionamento anormal nas áreas de interação social, linguagens com fins de comunicação social e jogos simbólicos antes dos três anos de idade; (...). (SERRA, 2004, p. 19-20)

4 DIAGNÓSTICO

No diagnóstico é ressaltada a importância do diagnóstico precoce e mais precisamente antes dos 03 anos de idade para otimizar o desenvolvimento e se obter um resultado benéfico das intervenções. Alguns fatores que podem ser observados inicialmente são o mau contato visual, indiferença ao colo, pobres gestos sociais, ato de brincar pobre (pouco contexto), atraso de fala e mais. Já em relação às aparições tardias no comportamento observa-se a indiferença afetivo-falta de reciprocidade e empatia, dificuldade de compartilhar informações com os outros, disabstração bem como, agressão/irritabilidade, automutilação, choro, gritos, hiperatividade, imitação involuntária de movimentos de outra pessoa, impulsividade, repetição de palavras sem sentido, repetição sem sentido das próprias palavras. Ainda na cognição, a falta de atenção ou intenso interesse em um número limitado de coisas. No sintoma psicológico, depressão e até perda total da fala e também é comum: andar constantemente na ponta dos pés, ansiedade, e sensibilidade ao som ou tique. Suplino (2007) aduz que:

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