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QUESTIONAMENTOS E ESCLARECIMENTOS SOBRE O QUE OS PAIS PRECISAM SABER SOBRE O TRASNTORNO DO ESPECTRO AUTISMO

Por:   •  22/5/2017  •  Artigo  •  4.104 Palavras (17 Páginas)  •  724 Visualizações

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QUESTIONAMENTOS E ESCLARECIMENTOS SOBRE O QUE OS PAIS PRECISAM SABER SOBRE O TRASNTORNO DO ESPECTRO AUTISMO.

                                                                                           Antônio Cleber Canto Saraiva ¹

                                                                                                      Alinne Costa Cavalcante Rezende²

RESUMO

A palavra autismo é oriunda da junção de duas palavras gregas: “autos” que significa “em si mesmo” e “ismo” que significa “voltado para”, ou seja, o termo autismo originalmente significava “voltado para si mesmo” (LIRA, 2004; GOMES, 2007). A primeira pesquisa epidemiológica sobre autismo foi realizada por Lotter em 1966, na Inglaterra. Neste estudo ele relatou um índice de prevalência de 4,5 em 10.000 crianças de 8 a 10 anos (Lotter, 1966). O salto de um caso a cada 2.500 crianças na década de 1990, para o número alarmante de um para 110 liga o alerta vermelho para os especialistas da área. No mundo, segundo a ONU, acredita-se ter mais de 70 milhões de pessoas com autismo, afetando a maneira como esses indivíduos se comunicam e interagem. Além do fato de que é preciso alertar, sobretudo, as autoridades e governantes para a criação de políticas de saúde pública para o tratamento e diagnóstico do autismo, apoiando e subsidiando pesquisas na área, estudos vêm apontando que quanto mais informações os familiares souberem sobre a patologia, mais fácil fica para adaptar-se a ela. Os principais objetivos que norteiam esse trabalho é contribuir para o conhecimento dos pais, apontar através de pesquisa quantitativa o nível de conhecimento que eles possuem sobre a doença e passar algumas informações que podem ser ainda desconhecidas sobre essa patologia. Os resultados reforçam a importância de se conhecer causas, fatores, sintomas e tratamentos outras informações adicionais sobre o autismo, para subsidiar possíveis situações aqui levantadas.

Palavras - chave: Autismo – Família – País - Informações

1. INTRODUÇÃO

A palavra autismo é oriunda da junção de duas palavras gregas: “autos” que significa “em si mesmo” e “ismo” que significa “voltado para”, ou seja, o termo autismo originalmente significava “voltado para si mesmo” (LIRA, 2004; GOMES, 2007).

O termo autista foi usado pela primeira vez, na Psiquiatria, por Plouller em 1906, que na época estudava o processo de pensamentos de pacientes com esquizofrenia. (GAUDERER, 1993).

Depois em 1911, o psiquiatra suíço Eugen Bleuler usou o termo autismo para descrever um dos sintomas de esquizofrenia que era a perda de contato da realidade e o isolamento exacerbado por parte dos indivíduos. (LIRA, 2004; GOMES, 2007; MARTINS, 2007).

Porém, as primeiras descrições sobre o autismo, tal como é visto hoje, surgiram no ano de 1943 através de estudos e publicações de Kanner, pois até esta data o autismo era entendido como uma esquizofrenia.

A primeira pesquisa epidemiológica sobre autismo foi realizada por Lotter em 1966, na Inglaterra. Neste estudo ele relatou um índice de prevalência de 4,5 em 10.000 crianças de 8 a 10 anos (Lotter, 1966).

Desde Lotter, dezenas de estudos já foram realizadas e encontramos atualmente, em estudos mais recentes, uma prevalência em torno de 10 para 10.000 no autismo e de até 60 para 10.000 nos TIDs (Charman, 2002; Fombonne, 2002 Wing e Potter, 2002).

O salto de um caso a cada 2.500 crianças na década de 1990, para o número alarmante de um para 110 liga o alerta vermelho para os especialistas da área. No mundo, segundo a ONU, acredita-se ter mais de 70 milhões de pessoas com autismo, afetando a maneira como esses indivíduos se comunicam e interagem. Na Inglaterra, há estudos de que o número possa ser de uma criança autista a cada 58 nascidos, segundo estudo da Universidade de Cambridge – que anteriormente era de um a cada cem. Importante lembrar também que a síndrome atinge todas as etnias, origens geográficas e classes sociais. (REVISTA AUTISMO, ED. 2010)

No Brasil não há estatística a respeito do Transtorno do Espectro Autismo (TEA), apenas uma estimativa de 2007: quando o país tinha uma população de cerca de 190 milhões de pessoas, havia aproximadamente um milhão de casos de autismo, segundo o Projeto Autismo, do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas, da Universidade de São Paulo (USP), portanto um para 190 habitantes – já seria um número terrível, mas é somente uma estimativa. (REVISTA AUTISMO, ED. 2010)

Além do fato de que é preciso alertar, sobretudo, as autoridades e governantes para a criação de políticas de saúde pública para o tratamento e diagnóstico do autismo, apoiando e subsidiando pesquisas na área, estudos vêm apontando que quanto mais informações os familiares souberem sobre a patologia, mais fácil fica para adaptar-se a ela. Somente a suspeita e o diagnóstico precoces, e consequentemente iniciar uma intervenção o quanto antes, pode oferecer mais qualidade de vida e perspectivas às pessoas com autismo, assim como iniciar estatísticas na área para o país ter idéia da dimensão dessa realidade no Brasil. E mudá-la. (REVISTA AUTISMO, ED.2010)

  Vários estudos têm chamado atenção para a importância do trabalho com os pais de crianças com Perturbações do Espectro do Autismo. O presente trabalho é parte de uma pesquisa que pretende discutir e ressaltar sobre o relacionamento afetivo entre autista e família, sendo esta o principal pilar que possui um papel decisivo no seu desenvolvimento. Partindo dessa ótica, fez-se necessário que este trabalho abordasse a dinâmica familiar de uma pessoa com Autismo, bem como, a expressiva participação dos pais nesse processo de conquistas de seus direitos, dificuldades e dores e, sobretudo; o que eles precisam saber sobre o assunto, e como diagnosticar uma criança autista.

As famílias de crianças diagnosticadas com o autismo veem-se frente a um desafio: adaptar-se à realidade do filho e ajustar seus planos e expectativas às possibilidades e condições apresentadas pela criança.

Cada pessoa com autismo apresentará um ritmo distinto de aprendizagem em cada área do desenvolvimento (linguagem, socialização e aprendizagem), podendo demonstrar atrasos na aquisição em uma ou mais competências. Portanto, a necessidade dos pais em se adaptar a esta condição, permite que eles dediquem-se a prestação de cuidados sobre as necessidades específicas da pessoa com o (TEA – Transtorno do Espectro Autismo).

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