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O TRATAMENTO DO DIABETES MELLITUS

Por:   •  11/11/2019  •  Trabalho acadêmico  •  2.072 Palavras (9 Páginas)  •  239 Visualizações

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TRATAMENTO DO DIABETES MELLITUS

O tratamento não medicamentoso é um grande ponto de reajuste da diabetes, pois pode reduzir as complicações vasculares e diminuir doenças cardiovasculares. A terapia nutricional pode reduzir os valores da hemoglobina glicada, após 3 a 6 meses do seguimento nutricional indicado por um especialista e ainda quando combinada com outros cuidados da DM pode ser mais eficaz. Os indivíduos diabéticos tem que estar disposto a mudar o estilo de vida e se adaptar com a recomendações, justamente por isso o tratamento deve ser individualizado. A DM1 não pode ser evitada, porém a DM2 além de ser evitada os tratamentos podem ajudar no seu retardamento, o que irá incluir uma alimentação balanceada e pratica de atividades físicas. Apesar da predisposição genética o fator mais agravante são as mudanças prejudiciais da mudança do estilo de vida (má alimentação, sedentarismo, entre outras) entanto se associa com a obesidade e sobrepeso.

ADA, CDA e RACGP enfatizam que o alcance das metas de tratamento propostas requer esforço da equipe de saúde, que é composta por educadores em diabetes e nutricionista especializado, e do indivíduo com diabetes ativamente envolvido no processo. (pág. 83 – diretriz de diabetes).

A nutrição não só vem para controlar a glicemia, mas também para manutenção e obtenção de peso saudável e adequações dos níveis pressóricos e dos níveis séricos de lipídeos. Os profissionais devem criar vinculo com os pacientes para que eles não desistam do tratamento e aconselhem sobre a adoção dos hábitos do estilo de vida.

[pic 1] 

Para a aplicação da mudança do estilo de vida é preciso que cada paciente receba o tratamento adequado perante a sua necessidade, conhecimento, habilidades e capacidade necessárias para a realização do autocuidado, por isso deve ser avaliado seu grau de alfabetização e barreiras culturais, existe um risco maior em pacientes não alfabetizados dos resultados desse autocuidado ser negativo, assim como os indivíduos com DM sua família também tem que se inserir no programa nutricional (alimentação; grupos operativos; oficinas e palestras sobre DM).

A DM2 pode ser evitada e controlada somente com a mudança do estilo de vida, as vezes não é necessário o uso de medicamentos. A perda de peso é a principal forma de reduzir os agravos da diabetes, porém há uma prevalência de DM2 nas ultimas décadas, porque a população está acima do peso e com obesidade. Conforme a DPP, o objetivo é alcançar e manter no mínimo 7% de perda de peso e 150 minutos de atividade física por semana, semelhantemente à intensidade de uma caminhada rápida. No programa, cada quilograma perdido esteve associado a uma redução de 16% do risco de DM2. (pág. 85 – diretriz de diabetes).

É necessário respeitar a preferência dos indivíduos pelos alimentos para ele e a família aderir ao tratamento não medicamentoso, devendo limitar-se a ingestão de gorduras saturadas, álcool, sal e açúcar adicionados e bebidas que contenha açúcar, como o refrigerante.

As mudanças na sensibilidade a insulina se diferem em crianças e adolescentes que se relacionam com a maturação sexual e o crescimento. Crianças e adolescentes fazem refeições irregulares a nutrição deve ser flexível para que eles façam essa mudança, o plano alimentar sugere macronutrientes (tabela 1) que serão adaptadas a faixa etária.

Em gestantes levar em consideração idade gestacional, peso atual e estatura, a orientação nutricional deve estar de acordo com o IMC, no padrão de crescimento fetal e no ganho de peso adequado ao período gestacional, a adesão ao plano alimentar é fundamental para o controle glicêmico, isso se deve levar após o período gestacional.

Nos idosos os desvios nutricionais são mais comuns, são mais propensos a ganho e perda de peso involuntária, porém a desnutrição é mais observada que o peso em excesso.

[pic 2]

Os atletas são mais propensos a terem hipoglicemia e alguns não aderem o tratamento para não ocorrer quadros.

DOENÇAS AGUDAS

Hiperglicemia (aumento de glicose no sangue): a associação de hiperglicemia e cetose nas doenças agudas é necessário manter um aporte suficiente de carboidratos e hidratação. A ingestão de 45 a 50g de carboidratos são necessários para que não ocorra a cetoacidose. O exercício físico pode piorar a hiperglicemia, agravando a cetose e desidratação (DM1). Pacientes com DM2 não precisam adiar a pratica de exercícios físicos.

Hipoglicemia (diminuição de glicose no sangue): mais frequente em DM1, mas pode aparecer em DM2, os sintomas podem ser tremor, palpitação, fome, mudanças de comportamento, confusão mental, convulsões e pode levar ao coma quando está bem agravado a caso de hipoglicemia. Pacientes com DM1 a hipoglicemia pode ser assintomática. A hipoglicemia leve pode ser tratada com 15g de carboidratos, já as graves devem ingerir 30g de carboidratos.  O excesso de insulina circulante é aumentado durante a pratica de exercício físico prejudicando a liberação hepática da glicose

DOENÇAS CRÔNICAS

Hipertensão arterial: pode ser controlada com a dieta DASH, ela também funciona em pacientes com diabetes sem hipertensão arterial, pacientes que seguem a dieta DASH tem menos tendência a ter hipertensão juntamente com a diabetes, o que também diminui a incidência de doenças cardiovasculares. A dieta DASH associada com a dieta mediterrânea tem mais efeito para alcançar certos pontos, como a diminuição do peso corporal.

Dislipidemia: consiste em hipertrigliceridemia e redução do HDL-c. a intervenção nutricional deve ser feita com base na faixa etária de cada paciente, tipo de diabetes, se faz uso de medicamento, nível lipídico, entre outros.

Doença renal crônica: é baseada na taxa de filtração glomerular (TFG), onde há uma redução isolada da TFG. Nefropatia diabética está reservado em pacientes com proteinúria resistente associada com a elevação da PA. A redução da função contribui para a perda de gorduras e proteínas, especialmente no tecido muscular, devendo ser corrigida por meio da oferta de suprimentos energéticos para não ocorrer desnutrição e sobrepeso. Na fase não dialítica carboidratos é a principal fonte de energia considerando a dislipidemia e a restrição proteica. Pequenas quantidades de albumina presentes na urina representam o estágio inicial (microalbuminuria ou nefropatia incipiente), já os estágios avançados é a nefropatia clínica (macroalbuminuria ou proteinúria) e fase terminal é marcada pela insuficiência renal. Ocorre um comprometimento glomerular.

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