TRATAMENTO NUTRICIONAL DE INDIVÍDUOS DISLIPIDÊMICOS PORTADORES DE DIABETES MELLITUS
Por: Vanessa Freire • 5/6/2016 • Trabalho acadêmico • 4.582 Palavras (19 Páginas) • 566 Visualizações
TRATAMENTO NUTRICIONAL DE INDIVÍDUOS DISLIPIDÊMICOS PORTADORES DE DIABETES MELLITUS
NUTRITIONAL SUPPORT OF INDIVIDUALS DISLIPIDEMIAS WITH DIABETES MELLITUS
Vanessa de Souza Freire¹
Luiz Cláudio Gagliardo²
1, 2Universidade do Grande Rio Professor José de Souza Herdy/ Instituto de Ciências da Saúde - Nutrição
Resumo
As doenças cardiovasculares são as principais responsáveis pelos óbitos em indivíduos diabéticos adultos. A dislipidemia no diabético pode estar associada à síndrome metabólica e pelo somatório de múltiplos fatores de risco, exigindo abordagem terapêutica rigorosa. Este artigo trata de uma revisão de literatura, sendo utilizados dezessete artigos como base. Tal estudo objetiva esclarecer o que é diabetes mellitus tipo II (DM II), dislipidemia, expor à população de que a terapia nutricional é primordial no tratamento e fazer com que os fatores de risco sejam diminuídos. O DM II ocorre por uma disfunção metabólica heterogênea, associada a insulinoresistência, já no DM I ocorre insulinopenia devido à destruição auto-imune das células beta. Na dislipidemia ocorre o aumento das concentrações plasmáticas dos triglicerídeos e também diminuição dos níveis de lipoproteínas de alta densidade (HDL-c). A resistência insulínica e DM II são geralmente caracterizados pela diminuição do HDL-c e aumento de triglicerídeos plasmáticos. O tratamento do DM II deve ter como base o controle glicêmico, com dietoterapia, sendo esta hipocalórica, aumento da prática de atividades físicas (fundamental no tratamento das dislipidemias), e/ou o uso de medicamentos. O desequilíbrio alimentar, o sedentarismo, o álcool e o tabagismo são fatores que contribuem para a dislipidemia. Nesses casos é necessário orientar a população sobre os agravamentos que tais patologias podem trazer caso não seja realizado o acompanhamento nutricional. A alimentação desses indivíduos deve ter como base o consumo de fibras, ácidos graxos poliinsaturados, monoinsaturados, vitaminas C e E, pigmentos carotenóides, como flavonóides e fitosteróis e outros componentes fenólicos.
Palavras-chave: dislipidemia, diabetes mellitus tipo II, diabetes mellitus tipo I doenças cardiovasculares, tratamento nutricional.
Abstract
Cardiovascular diseases are the main causes of deaths in diabetic adults. Dyslipidemia in diabetes may be associated with metabolic syndrome, and sum of multiple risk factors, requiring rigorous therapeutic approach. This article is a review of literature, being used as a basis Seventeen papers. This study aims to clarify what type II diabetes mellitus, dyslipidemia, exposing the population of that nutritional therapy is paramount in the treatment and have the risk factors are diminished. DM II occurs by a heterogeneous metabolic disorder associated with insulin resistance, as occurs in DM I insulinopenia due to autoimmune destruction of beta cells. In the dyslipidemia there is increased plasma triglyceride levels and also decreased levels of high density lipoproteins (HDL-c). Insulin resistance and diabetes II are generally characterized by decreased HDL-C and increased plasma triglycerides. The treatment of DM II should be based on the glycemic control with diet therapy, and this low-calorie, increased physical activity (essential in the treatment of dyslipidemia), and / or medication use. The food imbalance, physical inactivity, alcohol and smoking are factors that contribute to dyslipidemia. In such cases it is necessary to guide the population on the surcharges that can bring such conditions if not done nutritional counseling. The power of these individuals should be based on the consumption of fiber, polyunsaturated fatty acids, monounsaturated fatty acids, vitamins C and E, carotenoids, flavonoids and phytosterols like and other phenolic compounds.
Keywords: dyslipidemia, diabetes mellitus type II, diabetes mellitus type I, casdiovascular disease nutritional treatment.
INTRODUÇÃO
As doenças cardiovasculares (DCV) são as principais responsáveis pelos óbitos em indivíduos com diabetes mellitus não insulino dependente (DMNID). Em casos de pessoas com dislipidemia, a probabilidade do aumento de DCV é de quatro vezes maior (ALMEIDA et al. 2007).
A diabetes mellitus (DM) é caracterizada por alterações nas quantidades de glicose em jejum e pós-prandial (MONTEIRO; ROSÁRIO; TORRE, 2007).
A dislipidemia no diabético pode estar associada à síndrome metabólica (SM) e pelo somatório de múltiplos fatores de risco, exige uma abordagem terapêutica rigorosa devido ao impacto deletério sobre a qualidade de vida e risco cardiovascular (ALMEIDA et al. , 2007).
Os principais fatores de risco da DM são idade, sedentarismo, hábitos alimentares inadequados, excesso de peso levando à obesidade, tabagismo, hiperglicemia, hipertensão (HTA) e dislipidemia (MONTEIRO; ROSÁRIO; TORRE, 2007).
O DM pode ser descrito como uma condição crítica, com alto impacto individual e coletivo quando relacionado com as DCV. Clinicamente, a DM é responsável pelo aumento dos riscos de desenvolvimento de problemas circulatórios, sendo que até 80% dos indivíduos com DM provavelmente terão doenças macrovasculares e poderão até morrer pela ocorrência das mesmas (FURTADO; POLANCZYK, 2007).
O DM II ocorre por uma disfunção metabólica heterogênea, estando associada a insulinoresistência, já o diabetes mellitus tipo I é caracterizado pela insulinopenia devido à destruição auto-imune das células beta (ALVES; VEIGA; SOUZA, 2007). Uma das principais alterações metabólicas associadas a DM II é a dislipidemia, sendo esta a principal causa de óbitos na DM II (TORRE, 2005).
A resistência insulínica (RI) e o DM II são geralmente caracterizados pela diminuição do HDL-c e o aumento de triglicerídeos (TG) plasmáticos, ocorrendo isto por causa das modificações das atividades de algumas enzimas que participam do metabolismo e remodelação dessas lipoproteínas (ALMEIDA et al. , 2007).
A dislipidemia é caracterizada pelo aumento das concentrações plasmáticas dos TG e também pela diminuição dos níveis de lipoproteínas de alta densidade (HDL-c) (TORRE, 2005).
A lecitina colesterol acil-transferase (LCAT) faz esterificação do colesterol livre, sendo assim, estes ésteres fazem com que haja o aumento das lipoproteínas HDL-c, porém no DM II a atuação dessa enzima está alterada (ALMEIDA et al. , 2007).
O DM II ou também chamado de não insulino-dependente é uma das doenças crônicas mais comuns em clínica médica e está frequentemente associada à SM, que se caracteriza por resistência à insulina, obesidade andróide ou central, dislipidemia e hipertensão arterial. O tratamento do DM II deve ter como base o controle glicêmico, com dietoterapia, sendo esta hipocalórica, aumento da prática de atividades físicas e/ou o uso de medicamentos (MONTEIRO et al. 2006).
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