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OMUNICAÇÃO TERAPÊUTICA. RELACIONAMENTO INTRA E INTER PESSOAL

Por:   •  22/3/2016  •  Trabalho acadêmico  •  1.181 Palavras (5 Páginas)  •  842 Visualizações

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CURSO DE ENFERMAGEM

DISCIPLINA DE ENFERMAGEM NA SAÚDE MENTAL

Profª Denise Coelho

COMUNICAÇÃO TERAPÊUTICA. RELACIONAMENTO INTRA E INTERPESSOAL.

A comunicação é a peça chave no cuidado psiquiátrico possibilitando um tratamento mais humanizado e de uma forma mais ampla para que assim o paciente se sinta mais seguro e confiante para uma reinserção social e para uma melhor reabilitação ou estabilização de seu quadro psiquiátrico (KANTORSKI et al. 2005).

É através da comunicação que as pessoas podem expressar seus medos e anseios e procurar sanar suas necessidades, sendo a comunicação de grande importância no processo de cuidar e assistencial, em qualquer âmbito principalmente em saúde mental como instrumento de ajuda terapêutica. (Castro e Silva,2001)

A comunicação enfermeiro-paciente caracteriza-se como Comunicação Terapêutica tendo o objetivo de identificar e atender as necessidades de saúde do paciente e contribuir para aprimorar a prática de enfermagem, criando oportunidades de aprendizagem e despertando nos pacientes sentimentos de confiança, permitindo que os mesmos se sintam satisfeitos e seguros. (PONTES, LEITÃO, RAMOS, 2007)

No âmbito da enfermagem de saúde mental , as Relações Interpessoais constituem uma capacidade que pode desenvolver a ligação da equipe de enfermagem com o paciente.

Hildegard Peplau foi a primeira enfermeira que definiu a natureza e a aplicabilidade desta capacidade, estabelecendo uma teoria “psicodinâmica”. Examinou e definiu o desenvolvimento da relação sob o ponto de vista da transcendência e influência que o intrapessoal (crenças, percepções internas...) tinha no interpessoal. Definiu o processo terapêutico como o veículo através do qual o paciente é capaz de tornar claros e reconstruir os sentimentos, pensamentos e ideias que possui.

Segundo Rosette Poletti, algumas das facetas que reúne a enfermagem psiquiátrica são:

  • Cuidados globais não só em aspectos instrumentais, mas também psicossociais e espirituais.
  • Papel dinâmico na criação de uma atmosfera humana que permita ao paciente reencontrar a harmonia e a prosperidade.
  • Participação na vida cotidiana dos pacientes, o que permite observar e recolher dados para o diagnóstico, tratamento e reabilitação.
  • Relação bipessoal, que pode ser terapêutica quando o pessoal de enfermagem é responsável e consciente dos próprios conteúdos psicológicos, conhece seus próprios limites e reconhece a sua própria identidade.
  • Papel pedagógico de contribuição na formação de novos profissionais.

Em suma, atualmente qualquer paciente requer:

  • Um cuidado que permita compreender as repercussões que o processo patológico tem sobre a sua vida.
  • O planejamento de atividades que o ajudem a resolver essa situação e a adaptar-se de novo ao seu ambiente, no sentido de uma vida criativa, construtiva, pessoal e integrada à comunidade.

Relacionamento com o paciente

Abandone a ideia de que:

  1. A doença mental seja um mal misterioso e que não pode ser evitado ou curado;
  2. A doença mental seja de uma única modalidade e sempre muito grave;

3. A doença mental aparece de repente e sem aviso;

4. As doenças mentais não podem ser evitadas;

5. Um choque emocional, crises financeiras, amorosas etc. , sejam a causa de uma doença mental;

6. Os hospitais psiquiátricos sejam lugares horríveis e que nunca mais o doente poderá livrar-se das internações;

7. A doença mental seja sempre hereditária;

Compreenda que:

  1. Quando identificada precocemente e tratada, pode evoluir bem e, além disso, deve ser tratada como qualquer doença crônica (DM, HAS...);

2. Existem várias modalidades da doença e que muitas delas podem ser tratadas a nível ambulatorial;

3. Na maioria das vezes aparecem gradualmente e com sintomas premonitórios;

4. Os sintomas das doenças mentais podem ser percebidos e controlados;

5. Estas causas podem desencadear os problemas de alterações mentais;

6. Na atualidade os hospitais ainda são necessários para o tratamento de uma equipe especializada;

7. Algumas são hereditárias, outras decorrem de causas biológicas, sociais e psicológicas;

BASES PARA AÇÃO DA ENFERMAGEM

O principal objetivo na enfermagem é aumentar o sentimento de bem-estar do paciente. Tal objetivo pode e deve ser alcançado por meio de tradicionais funções: a observação, a comunicação e o cuidado abrangente.

Existem algumas características fundamentais, para a realização do cuidado de enfermagem:

1º) O profissional precisa ser sadio, tanto físico, como emocionalmente;

2º) O profissional tem que estar muito seguro consigo mesmo, para ser flexível;

3º) O profissional deve ser emocionalmente amadurecido o suficiente para ser capaz de protelar a satisfação de suas próprias necessidades;

4º) Deve ser capaz de aceitar, permitir e até fomentar a independência do paciente;

5º) Deve ser capaz de aceitar, compreender e modificar o seu impacto sobre os outros.

Condições essenciais para o Relacionamento Terapêutico:

Sintonia ou Harmonia; Confiança; Respeito; Autenticidade; Empatia

Fases da Relação Terapêutica

I – Pré Interação

Obter o máximo de informações sobre o cliente, fazer uma avaliação inicial.

II – Orientação

Criar ambiente adequado, estabelecer contato de intervenção, identificar pontos fortes e limitações do cliente;

Elaborar um plano de cuidados.

III – Trabalho

Manter confiança, promover a compreensão e a percepção da realidade ao cliente;

Superar comportamentos de resistência;

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