PANCREATITES O que é Pancreatite?
Por: Isabela2013 • 14/2/2017 • Dissertação • 1.902 Palavras (8 Páginas) • 306 Visualizações
[pic 1]CENTRO PROFISSIONALIZANTE SIMONE ARAÚJO
CURSO TÉCNICO EM ANÁLISES CLÍNICAS – N19
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PANCREATITES
O que é Pancreatite?
A pancreatite é uma inflamação do pâncreas. O pâncreas é uma glândula grande que se localiza atrás do estômago e junto ao duodeno. O duodeno é a parte alta do intestino delgado. O pâncreas secreta enzimas digestivas para o intestino delgado através de um canal chamado de ducto pancreático. Estas enzimas ajudam na digestão das gorduras, proteínas e carboidratos dos alimentos. O pâncreas também libera os hormônios insulina e glucagon na corrente sanguínea. Estes hormônios ajudam o corpo a utilizar a glicose que ele toma da comida para transformar em energia.
Normalmente as enzimas digestivas não se tornam ativas até que elas atingem o intestino delgado, onde começam a digerir os alimentos. Mas se estas enzimas tornarem-se ativas dentro do pâncreas, elas iniciam a "digestão" do pâncreas por si próprio (auto-digestão).
A pancreatite aguda ocorre subitamente e dura por um curto período de tempo e geralmente melhora. A pancreatite crônica não melhora por si só e conduz a uma destruição gradativa do pâncreas. Qualquer uma das formas pode causar complicações sérias. Nos casos graves, podem ocorrer hemorragia, lesão tecidual e infecção. Pseudocistos, que são acúmulos de líquido e restos de tecido, também podem se desenvolver. As enzimas e toxinas podem entrar na circulação sanguínea, lesar o coração, pulmões e rins, ou outros órgãos.
TIPOS:
PANCREATITE AGUDA
O início da pancreatite aguda é frequentemente muito repentina. A inflamação geralmente desaparece dentro de poucos dias, uma vez que o tratamento começa. De acordo como DATASUS, no Brasil são registrados cerca de 5,9 casos a cada 100 mil habitantes todos os anos.
Os cálculos biliares são a causa mais comum da pancreatite aguda. O cálculo biliar é uma massa pequena e sólida que forma a partir de bile na vesícula. O pâncreas e a vesícula biliar se ligam pelo ducto biliar, através do qual a bile e outras enzimas digestivas passam durante a digestão. Os cálculos podem criar inflamação do ducto biliar e no pâncreas. O alcoolismo também pode também contribuir para a pancreatite aguda.
SINTOMAS
A pancreatite aguda geralmente começa com dor no abdome superior que pode durar por poucos dias. A dor pode ser acentuada e pode tornar-se constante - só no abdome - ou pode se irradiar para as costas e outras áreas. Ela pode ser súbita e intensa ou começar como uma dor fraca que torna-se pior quando é ingerido o alimento. Algumas pessoas com pancreatite aguda frequentemente sentem-se e aparentam muito doentes.
Outros sintomas:
- Abdome distendido e sensíveis;
- Náuseas;
- Vômitos;
- Febre;
- Pulso rápido.
Casos graves podem causar desidratação e queda da pressão sanguínea. O coração, pulmões ou rins podem falhar. Se ocorrer hemorragia no pâncreas, o choque e algumas vezes pode seguir-se até mesmo de morte.
CAUSAS
As duas causas mais frequentes são a existência de cálculos (“pedras”) na vesícula e/ou vias biliares e também o consumo de álcool em excesso. Os cálculos ao saírem espontaneamente da vesícula podem ficar encravados nas vias biliares produzindo alterações de pressão nos canais pancreáticos o quem leva a lesão do tecido pancreático. O álcool tem um efeito toxico nas células pancreáticas. Há outras causas para a pancreatite aguda, embora mais raras, tais como infecções, alterações metabólicas (ex: hipertrigliceridémia e hipercalcémia), medicamentos, traumatismos, alterações anatómicas dos canais pancreáticos, Em cerca de 10% dos casos não se identifica a etiologia da situação (pancreatite aguda idiopática).
COMPLICAÇÕES
A pancreatite aguda pode causar problemas respiratórios. Muitas pessoas desenvolvem hipóxia, o que significa que as células e tecidos não estão recebendo oxigênio suficiente. Os médicos tratam a hipóxia dando oxigênio através de uma máscara. Apesar de receberem oxigênio, algumas pessoas ainda continuarão com insuficiência pulmonar e requerem um ventilador.
Algumas vezes uma pessoa não consegue parar de vomitar e necessita que seja colocada uma sonda no seu estômago para remover líquidos e ar. Em casos leves, o indivíduo pode ficar sem comer por 3 a 4 dias e receber líquidos (soro) e remédios para aliviar a dor através de uma linha endovenosa (na veia).
Se se desenvolver uma infecção, o médico pode receitar antibióticos. A cirurgia pode ser necessária para infecções extensas do pâncreas. A cirurgia também pode ser necessária para encontrar o local de uma hemorragia, para afastar doenças que lembram a pancreatite ou para remover tecido pancreático lesado gravemente.
A pancreatite aguda pode causar algumas vezes a falha dos rins. Se isto ocorre, a diálise será necessária para ajudar os rins a remover substâncias perniciosas do sangue.
DIAGNÓSTICO
Como a clínica da pancreatite é similar a muitas outras patologias agudas, o diagnóstico baseado apenas nos sinais e sintomas é difícil. A confirmação diagnóstica exige a dosagem de amilase e lípase e exame de imagem do pâncreas.
A amilase costuma se elevar já no primeiro dia do quadro clínico e se manter elevada por 3 a 5 dias. É considerada normal quando os valores estão abaixo de 160U/l. A lipase aumenta também no início do quadro clínico, porém se mantém elevada por mais tempo, durante 7 a 10 dias.
A tomografia computadorizada com contraste oral e venoso é o melhor método de imagem para a visualização de pancreatite aguda moderada ou grave.
TRATAMENTO
O tratamento depende da gravidade do ataque. Se não ocorrerem complicações do coração e dos rins, a pancreatite aguda geralmente melhora por si própria. O tratamento, em geral, é desenhado para dar suporte às funções vitais do corpo e prevenir as complicações. A internação hospitalar será necessária para repor os líquidos pela veia.
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