RESENHA CRÍTICA DO ARTIGO “PROMOÇÃO DA SAÚDE MENTAL-TECNOLOGIAS DO CUIDADO: VÍNCULO, ACOLHIMENTO, CO-RESPONSABILIZAÇÃO E AUTONOMIA”
Por: arahd67 • 8/2/2022 • Resenha • 1.481 Palavras (6 Páginas) • 293 Visualizações
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAPÁ
Curso de Bacharelado em Enfermagem
EMILLY DHARA DOS SANTOS FERREIRA
VICTÓRIA NEVES DOS PASSOS
RESENHA CRÍTICA DO ARTIGO “PROMOÇÃO DA SAÚDE MENTAL-TECNOLOGIAS DO CUIDADO: VÍNCULO, ACOLHIMENTO, CO-RESPONSABILIZAÇÃO E AUTONOMIA”
MACAPÁ/AP
2021
EMILLY DHARA DOS SANTOS FERREIRA
VICTÓRIA NEVES DOS PASSOS
RESENHA CRÍTICA DO ARTIGO: PROMOÇÃO DA SAÚDE MENTAL-TECNOLOGIAS DO CUIDADO: VÍNCULO, ACOLHIMENTO, CO-RESPONSABILIZAÇÃO E AUTONOMIA
Trabalho apresentado à disciplina Saúde Mental do Curso de Bacharelado em Enfermagem da Universidade Federal do Amapá como requisito parcial de avaliação, sob orientação dos professores Dr. José Luís da Cunha Pena e Dra. Verônica Batista Cambraia Favacho.
MACAPÁ/AP
2021
- REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
JORGE, Maria Salete Bessa et al. Promoção da Saúde Mental-Tecnologias do Cuidado: vínculo, acolhimento, co-responsabilização e autonomia. Ciência & Saúde Coletiva, v. 16, p. 3051-3060, 2011.
- APRESENTAÇÃO DOS AUTORES
Maria Salete Bessa Jorge possui graduação em Enfermagem pela Escola de Enfermagem São Vicente de Paula Agregada a UFC (1970), graduação em Administração Pública pela Universidade Estadual do Ceará (1981), graduação em Licenciatura em Enfermagem pela Universidade Estadual do Ceará (1984). Especialização em Enfermagem Psiquiátrica pela Universidade Estadual do Ceará (1986), mestrado em Enfermagem Psiquiátrica pela Universidade de São Paulo (1992) e doutorado em Enfermagem (1997) Doutorado em Enfermagem na Universidade de São Paulo (1997). Atualmente é professora titular da Universidade Estadual do Ceará (UECE), Pesquisador bolsista produtividade CNPq 1B pela Enfermagem (de 2003-2/2002) na UECE e coordenadora do laboratório interdisciplinar da UECE desde 2007.
Diego Muniz Pinto possui graduação em Enfermagem pela Universidade Estadual do Ceará (2009) e mestrado em Cuidados Clínicos em Saúde pela Universidade Estadual do Ceará (2011). Atualmente é enfermeiro do centro de atenção psicossocial da Prefeitura Municipal de Maracanaú.
Paulo Henrique Dias Quinderé é psicólogo, doutor em Saúde Coletiva, Prof. Dr. do curso de Psicologia da Universidade Federal do Ceará - UFC Campus Sobral-CE e Prof. no Programa de Pós Graduação em Psicologia e Políticas Públicas UFC Campus Sobral-CE.
Antonio Germane Alves Pinto é formado em enfermagem pela Universidade Estadual do Ceará-UECE (1999). Doutor em Saúde Coletiva-UECE (2013) e Pós-Doutor em Educação-PPGE-UECE (2019). Professor Adjunto da Universidade Regional do Cariri-URCA/CE. Atualmente, é Professor do Curso de Graduação em Enfermagem da URCA, em Crato/CE.
Fernando Sérgio Pereira de Sousa é Graduado em Enfermagem pela Universidade Estadual Vale do Acaraú. Doutor em Saúde Coletiva pela Universidade Estadual do Ceará - UECE, com período sanduíche na Universidad Católica San Antonio de Murcia-Espanha. Mestre em Saúde Pública pela UECE. Possui experiência na assistência em Saúde Mental, pois trabalhou em Centros de Atenção Psicossocial (CAPS II, CAPS-ad e Unidade de Internação Psiquiátrica em Hospital Geral). Atualmente é Prof. Adjunto do Curso de Enfermagem da Universidade Federal do Piauí (UFPI) em dedicação exclusiva e dentre as disciplinas lecionadas encontra-se a Enfermagem em Saúde Mental. Consultor "ad hoc" do periódico Scientia Medica.
Cinthia Mendonça Cavalcante possui graduação em Psicologia pela Universidade Federal do Ceará (1994), mestrado em Saúde Pública pela Universidade Estadual do Ceará (2006) e Doutorado em Saúde Coletiva pela Universidade Estadual do Ceará (2012). Pós Doutoramento em parceria com a University of Birmingham (Brazillian Fellowship). Atualmente é professora adjunta da Universidade Federal do Ceará.
- RESUMO DA OBRA
O artigo é constituído de 4 partes: introdução, metodologia, resultados e discussão e considerações finais. No qual, transpõe as experiências e fundamentações sobre o método científico, em uma abordagem teórico-metodológica.
Na introdução os autores abordam brevemente o modo de tratamento realizado anteriormente no Brasil e suas limitações, seguindo as conquistas da reforma psiquiátrica e iniciativas para a inclusão da saúde mental nas práticas e serviços de saúde. É dado evidência acerca do que diz a literatura quanto à subjetividade da assistência para cada paciente e as tecnologias em saúde determinadas para as práticas cotidianas dos serviços de saúde. Ademais, é exposto sobre os dispositivos relacionais. Tais dispositivos representam possibilidades de se construir uma nova prática em saúde, principalmente relacionada ao acolhimento da população que procura os serviços de saúde. O artigo tem como objetivo analisar os dispositivos que possibilitam o cuidado em saúde mental no cotidiano do Centro de Atenção Psicossocial (CAPS).
Em metodologia a obra possui caráter qualitativo onde os autores detêm uma visão crítica e reflexiva que alega ser adequada para o estudo. O local de estudo selecionado foi o Centro de Atenção Psicossocial do Município de Sobral, Estado do Ceará, Brasil. Em relação a coleta de dados realizou-se técnicas de entrevista semi-estruturada para 20 pessoas divididas em três grupos. A respeito do critério de inclusão os entrevistados deveriam estar a mais de seis meses no CAPS e autorizar a participação no estudo após apresentar e assinar o termo de consentimento. É uma pesquisa delineada do Projeto Organização das Práticas de Saúde Mental no Ceará na Produção do Cuidado Integral: dilemas e desafios.
Acerca dos resultados e discussões é citado que a saúde mental possui novas estratégias para o trabalhador e usuário, e visam atingir um cuidado integral usando como instrumento as relações de cuidados como já referido. O CAPS geral é usado como espaço contextual do estudo, onde tem prevalência a atenção integral da saúde mental. Foi feito uma ligação entre o acesso e acolhimento do serviço integral em saúde feito diariamente no CAPS com as tecnologias leves em saúde, logo coincidem com a visão apresentada pelos autores sobre os dispositivos das tecnologias relacionais na prática em saúde mental, dentre elas é evidenciado o acolhimento que é um dispositivo transversal na conduta terapêutica sendo realizado na triagem dos usuários. Isto posto, compreende como uma ação de comunicação, escuta e recepção para quem procura os serviços de saúde, tudo isso deixando de olhar apenas para a doença, mas também focar no sujeito em si. Seguidamente é salientado sobre o vínculo que é traçado como a criação de uma relação afetiva entre o trabalhador e usuário, criando assim uma intimidade com confiança e diálogo entre ambos. Porém para alguns dos entrevistados, esse vínculo é visto como perigoso, justamente por ser capaz de causar dependência do usuário para com o profissional de referência, podendo contribuir para uma má conduta terapêutica e a não preservação da saúde dos envolvidos. Logo depois a corresponsabilização, sendo vista como uma parceria multilateral entre os envolvidos no processo de cuidar em saúde, com o intuito de tentar minimizar as implicações da doença mental e incentivar o usuário a enfrentar seus problemas, tudo isso com base nas condições que o cercam. E por fim a autonomia, capaz de proporcionar aos usuários a ampliação da capacidade de compreenderem e atuarem sobre si mesmos e sobre o mundo da vida.
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