RESENHA SOBRE DOENÇA RELACIONADA AO AMBIENTE: ESQUISTOSSOMOSE, XISTOSA OU BARRIGA D’ÁGUA
Por: Flávia Furlan • 24/5/2017 • Resenha • 527 Palavras (3 Páginas) • 673 Visualizações
CENTRO UNIVERSITÁRIO BARÃO DE MAUÁ[pic 1]
ENGENHARIA AMBIENTAL – 9º SEMESTRE
SAÚDE AMBIENTAL
PROF.ª DRA. MAGDA FABBRI ISAAC SILVA
RESENHA SOBRE DOENÇA RELACIONADA AO AMBIENTE:
ESQUISTOSSOMOSE, XISTOSA OU BARRIGA D’ÁGUA
FLÁVIA MARIA BIANO FURLAN
2017
RESENHA SOBRE DOENÇA RELACIONADA AO AMBIENTE:
ESQUISTOSSOMOSE, XISTOSA OU BARRIGA D’ÁGUA
A esquistossomose, também conhecida como xistosa ou barriga d’água é uma doença endêmica parasitária causada por um platelminto conhecido como esquistossomo, e chegou ao Brasil com os escravos trazidos pela colônia portuguesa, porém há referências da doença em outros lugares do mundo muito antes dessa época.
O ciclo biológico da esquistossomose mansônica, que é a encontrada no Brasil, é complexo, pois é formado por uma fase parasitária no hospedeiro definitivo (homem) e outra no hospedeiro intermediário (caramujo).
O miracídio (primeiro estágio de vida livre do esquistossomo) entra em contato com o caramujo em locais onde não há rede de esgotos e as fezes, infectadas anteriormente pelo esquistossomo, são lançadas indevidamente em rios e lagos. Ao penetrar no molusco, se transforma em cercária (segundo estágio de vida livre do esquistossomo) e, consequentemente, dá continuidade ao ciclo evolutivo quando é transmitido através da penetração desta na pele do homem.
Depois de atravessar a pele do seu hospedeiro definitivo, a cercária é chamada de esquistossômulo, adaptado ao meio interno isotônico do homem, penetram seus vasos sanguíneos ou vasos linfáticos, e os mais resistentes conseguem chegar até o coração, pulmões e, posteriormente, até o fígado, onde se alimentam e viram adultos.
Os sintomas mais comuns são dermatite, diarreia mucosa, febre elevada, anorexia, vômito, náusea, manifestações pulmonares e astenia (perda ou diminuição da força física), e podem inclusive ser confundidos com outras doenças, como por exemplo, febre tifoide, salmonelose e hepatites viróticas.
A fase aguda dura até dois meses e desaparece através de tratamento especifico ou evolui para a fase crônica caso não seja tratada. A fase crônica, no seu estágio mais grave (hepatoesplênica), pode causar crescimento e endurecimento do fígado e do baço.
O diagnóstico laboratorial da doença é relativamente simples e rápido: através da constatação da presença de ovos do esquistossomo nas fezes do paciente. O tratamento pode ser feito com medicamentos disponíveis e de fácil acesso no mercado brasileiro, porém ainda não existem vacinas que possam auxiliar como maneira preventiva da doença.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que as diversas espécies da esquistossomose acometam hoje 200 milhões de pessoas em 74 países, 6 milhões apenas no Brasil – concentrados, principalmente, nos estados do Nordeste e em Minas Gerais.
Semelhante às outras doenças de veiculação ambiental, a esquistossomose trata-se de um sério problema de saúde pública. O controle da transmissão vai além da capacidade da medicina.
Nessas áreas endêmicas, onde as condições de saneamento básico são precárias, são necessárias ações governamentais tais como instalação de água e esgoto nas casas. No entanto, no Brasil, os investimentos para estes fins são praticamente inexistentes.
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