RESENHA CRITICA - MEIO AMBIENTE.
Por: Flávia Soares • 5/12/2017 • Resenha • 1.118 Palavras (5 Páginas) • 4.817 Visualizações
UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE
ESCOLA DE SERVIÇO SOCIAL
DISCIPLINA: TÓP. ESP. SERVIÇO SOCIAL, QUESTÃO SOCIAL E MEIO AMBIENTE
TURNO: NOTURNO
DOCENTE: MARIANA PEREIRA
RESENHA CRÍTICA
DISCENTE: FLÁVIA CORRÊA SOARES PESSANHA
Niterói,
2017
RODRIGUES, Zoraide e SOUZA, Roseane. Meio Ambiente e “Questão Social”: um debate necessário. In acesso: http://www.cresspr.org.br/site
/meio-ambiente-e-questao-social-um-debate-necessario
A escolha de um tema a ser pesquisado muitas das vezes está relacionada com a nossa vivencia e dúvidas que brotam no decorrer das nossas vidas. Devemos entender que nossa realidade, está permeada de contradições, sendo ela fruto do desenvolvimento da forma que se produz e reproduz a vida.
O homem como parte integrante da natureza, se apropria e domina os recursos naturais a fim de suprir suas necessidades mais fundamentais. Sobre esta relação homem com a natureza, as autoras Zoraide Rodrigues e Roseane de Souza, em seu texto “Meio Ambiente e “Questão Social”: um debate necessário” traz elementos para compreensão da apropriação dos recursos naturais, que se modifica e complexifica com a consolidação do capitalismo, ao transformar o valor de uso em fonte produtora de valor de troca, além de atentar que o crescimento desordenado da população, um crescimento que é essencial para pressionar os trabalhadores a se submeterem as condições atuais de trabalho.
A autora nos atenta que os problemas enfrentados pelo meio ambiente, estão ligados ao sistema capitalista, com isso deveu considerar que a indústria e o agronegócio além de consumirem mais recursos naturais, também é grande geradora de contamina do solo, com uso de recursos de agrotóxicos, das águas e aquíferos por utilização excessiva e pelos dejetos de produtos químicos altamente tóxicos, produção de produtos e fontes contaminadas, desmatamento, entre outros.
Com o capitalista houve a distinção da natureza com a relação da sociedade. Esta relação esta relacionada à proibição do homem de habitar em espaços naturais, como áreas e recursos naturais. A consolidação da propriedade privada priva uma parte significativa da população que teram dificuldades em acessar os recursos naturais.
O desenvolvimento e o acumulo do capital, modificara as relações de trabalho, na medida em que há o avanço técnico e científico adotado pelos capitalistas, que possibilita produzir mais mercadorias em menos tempo. Sobre esta questão, Rodrigues e Souza, apesar de não se aprofundar sobre a produção da mais valia, elas traz um parâmetro para que possamos compreender que o avanço no processo produtivo possibilitou a potencialização do valor troca, que se reproduz na redução ou intensificação do trabalho socialmente necessário para produção da mais – valia.
Em síntese, as autoras ao ponderam sobre a Lei de Acumulação Capitalista, chegam à seguinte conclusão, que o crescimento da “força de trabalho disponível” incide com a força expansiva do capital, que se dimensiona e se redimensiona com desenvolvimento dos meios de produção, repercutindo nas relações produtivas um desenvolvimento acelerado do trabalho socialmente produzido, se contrapondo com o desenvolvimento da população trabalhadora. Ou seja, a massa trabalhadora cresce mais rapidamente do que a necessidade da empregabilidade dos mesmos. Gerando como consequência a miséria dessa classe, que se contrapõem o crescente acumulo de capital.
Com o agravamento das refrações da “questão social”, o Estado passa intervir por meio de políticas publicas que garanta a população trabalhadora, mesmo em precárias condições, subsídios para garantir a essa população meios para sua sobrevivência. Porém, como as autoras, pontual brevemente, a atuação do Estado sobre esses problemas, só foi possível por intermédio de muita luta e resistência da classe trabalhadora.
A dimensão estrutural da “questão social” está relacionada à manutenção da economia política orientada por organismos financeiros internacionais, agravamento as refrações da “questão social”, que são materializadas nas relações de trabalho e sociais, impactando a maior parte da população, que passam a resistir e se organizar politicamente.
Com isso, ao emperrar sob a lógica privativa das políticas sociais, está relacionada aos interesses do capital, tornando-a uma política policialesca, permeada sobre a lógica qualitativa necessário a ligação com a rentabilidade e lucratividade.
Nesse sentido, as autoras trabalham com o autor Gonçalves (2004), que dimensiona a questão social, em três elementos para se compreende com se dá a relação estabelecida com a natureza em uma sociedade capitalista. O primeiro elemento está ligado na separação de quem produz e quem consome, pois quem produz não é proprietário do que é produzido por ele mesmo; Segundo, o que é produzido não está ligado ao consumo dos seus produtores, pelo contrario o mesmo nem se quer terá acesso a essa mercadoria; Terceiro ao não conhecer todo processo e para qual local será destinado o produto. Alienando ainda mais o trabalhador.
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