REVISÃO BIBLIOGRÁFICA: HUMANIZAÇÃO NOS CUIDADOS PALIATIVOS
Por: Raiany Hobal • 7/5/2018 • Projeto de pesquisa • 1.232 Palavras (5 Páginas) • 400 Visualizações
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA: HUMANIZAÇÃO NOS CUIDADOS PALIATIVOS
ALMEIDA, Raiany Hobal[1]
GOMES, Cinthia Fleck 1
BONAPAZ, Rubia²
RESUMO: Este trabalho foi realizado por meio de uma revisão bibliográfica e tem como objetivo mostrar a importância da humanização no processo de cuidados paliativos, e a relação do profissional de enfermagem com o paciente e sua família. Para a realização deste trabalho foram utilizados como método de pesquisa um levantamento bibliográfico com base no livro Cuidados Paliativos em Enfermagem, de Margaret L. Campbell. Verificou-se portanto que os cuidados paliativos exigem uma compreensão de toda a equipe interdisciplinar que acompanha o paciente, proporcionando a melhor qualidade de vida possível, de acordo com as necessidades e preferências do paciente/família.
Palavras-chave: Humanização. Paciente. Enfermagem. Cuidados Paliativos.
1 INTRODUÇÃO
A Organização Mundial de Saúde (OMS), conceito atualizado em 2002, define: "cuidados paliativos consistem na assistência promovida por uma equipe multidisciplinar, que objetiva a melhoria da qualidade de vida do paciente e seus familiares, diante de uma doença que ameace a vida, por meio da prevenção e alívio do sofrimento, da identificação precoce, avaliação impecável e tratamento de dor e demais sintomas físicos, sociais, psicológicos e espirituais".
Segundo Soares (2008), após o diagnóstico de uma doença terminal, que para o discurso médico, é classificado como fora de possibilidades terapêuticas de cura - apenas tratamento para prolongar o tempo de vida, o paciente e sua família precisam do esclarecimento de forma que compreendam e saibam quais as opções podem recorrer, logo assim estabelecendo uma relação com o profissional que irá lhes acompanhar.
A família e o paciente precisam ter o conhecimento claro de que os cuidados paliativos tem como objetivo de proporcionar melhor qualidade de vida possível ao paciente em estado terminal, assegurando o alívio do sofrimento, independentemente do estágio em que ele se encontra, ou de suas necessidades (SANTOS,2007).
Considerando o assunto de grande relevância para a enfermagem, o objetivo deste trabalho é de mostrar a importância da humanização no processo de cuidados paliativos, e a relação do profissional de enfermagem com o paciente e sua família.
2 DESENVOLVIMENTO
2.1 MATERIAL E MÉTODOS
Para o desenvolvimento deste estudo foi realizado uma pesquisa através de revisões bibliográficas qualitativas, das quais mostrou-se como maioria autores profissionais da área da saúde como enfermeiros, médicos, psicólogos, fisioterapeutas e assistentes sociais, mostrando a importância do enfermeiro na humanização dos cuidados paliativos, e sua relação interpessoal com o paciente/família.
2.2 DISCUSSÃO
Campos (2005), afirma que a humanização envolve uma reforma que consiga combinar a objetivação científica do processo saúde/doença/intervenção com a incorporação do sujeito e de sua história desde o momento do diagnóstico até o da intervenção.
“Os pacientes expressam em seus discursos o que no senso comum parece ser consensual: que o profissional de saúde bom é aquele que te olha nos olhos, ou seja, que presta atenção e mostra dar importância para aquilo que o paciente fala. Ao manter o contato por meio do olhar, o profissional passa a mensagem silenciosa de que se importa não apenas com o que o paciente está falando, mas também com o que ele está sentindo e expressando. Preocupa-se com o paciente enquanto ser humano, com sentimentos e emoções e não apenas com um sintoma ou um órgão comprometido. Isto pode facilitar o cuidado integral, humanizado, holístico.” (A comunicação com o paciente sob cuidados paliativos: valorizando a alegria e o otimismo, Araújo MMT, Silva MJP, 2007).
Para Benevides (2005), a humanização corresponde a alteração dos modos de fazer, trabalhar e produzir no campo da saúde a fim de ultrapassar as fronteiras dos diferentes núcleos de saber/poder que se ocupam da produção da saúde.
Alguns estudos mostraram que em muitos casos, o melhor não é a internação hospitalar, mas sim o cuidado domiciliário realizado por enfermeiros assistenciais, assim proporcionando maior segurança e conforto ao paciente (VIANA et. al. 2010).
A avaliação e o tratamento da dor e de outros sintomas angustiantes devem ser baseados na compreensão dos valores e objetivos do paciente, em suas necessidades emocionais, físicas e espirituais. (Pierce, Dalton, e Duffey, 2001; National Pharmaceutical Council, 2001).
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