SINDROME DE BURNOUT EM PROFISSIONAIS DE SAÚDE PÚBLICA
Por: luizrodnitzky • 3/6/2016 • Monografia • 2.194 Palavras (9 Páginas) • 418 Visualizações
SINDROME DE BURNOUT EM PROFISSIONAIS ENFERMEIROS
Luiz Carlos Rodnitzky Junior – luizrodnitzky@yahoo.com.br
Autor do artigo
RESUMO
O artigo mostra a importância de um bom desenvolvimento no trabalho, para redução de casos de burnout nos enfermeiros. Mostra algumas medidas empregadas para recuperação do paciente. Metodologia, foi realizado através de um estudo bibliográfico, onde foi realizado pesquisa as literaturas pertinentes. Concluiu-se, que o profissional Enfermeiro encontra-se sensível a síndrome de burnout. Desta forma, é necessario realização de medidas que proporciona a melhora desse profissional.
Palavra-chave: síndrome de burnout; Autoestima; Equilibrio Emocional; Autocuidado.
1. INTRODUÇÃO
Este trabalho estuda o comportamento das pessoas nos ambientes críticos de trabalho, desde uma ação preventiva até o pós- trauma. O assunto se alonga às questões que vão da experiência pessoal do estresse pós-traumático aos eventos adversos provocados por calamidades, sejam naturais ou provocadas pelo homem na sociedade.
Vivenciando constantes mudanças psicológicas e comportamental em dias atuais é de fundamental relevância a aplicabilidade de alguns conceitos e termos surgidos nos últimos anos. A síndrome de burnout teve como início de estudo na década de 70, quando pesquisadores desenvolveram modelos teóricos e instrumentos capazes de registrar e compreender esse sentimento crônico de desânimo, apatia e despersonalização. Segundo Muller (2004), burnout é uma síndrome em que o trabalhador perde o sentido da sua relação com o trabalho, de forma que as coisas já não importam mais e qualquer esforço lhe parece inútil.
Neste sentido, o presente artigo procurou demonstrar a importância do reconhecimento da síndrome e a forma de melhorar o autocuidado e autoestima de pacientes com este disgnóstico.
SÍNDROME DE BURNOUT
Síndrome de Burnout é um distúrbio psíquico de caráter depressivo, precedido de esgotamento físico e mental intenso, em que o trabalho perde o sentido, e tudo que e feito de certa forma parece inútil.
Alguns pacientes podem apresentar a síndrome pelo exagerado desejo de sempre ser o melhor, e devido alto grau de comprometimento profissional. Geralmente o portador mede a auto-estima pela capacidade de sucesso profissional, quando esse reconhecimento não chega o seu desejo torna em abstinação e compulsão (MENDES,1995).
De acordo com Muller (2004), é uma conseqüência mais marcante do estresse ou desgaste profissional, devido a exaustão emocional sofrida levando uma avaliação negativa sobre seus atos. Este fato ocorre com profissionais que mantêm relações profissionais com outras pessoas, principalmente em atividades do cuidar como médicos, bombeiros e enfermeiros. Existem também outros profissionais que sofrem da síndrome, pois por lidar com problemas financeiros diários de clientes os bancários são trabalhadores que acabam vivendo a angustia de seus clientes. Outro profissional é o assistente social que muita das vezes leva para casa o sofrimento vivido por várias pessoas que prestam auxílio.
A prevenção se da quando os agentes estressores no trabalho são identificados, modificados ou adaptados á necessidade do profissional, priorizar as tarefas mais importantes no decorrer do dia, horários diários menos sobrecarregados de tarefas (MULLER, 2004).
O tratamento da doença é variável, podendo ser iniciados por fármacos, fitoterápicos, intervenções psicossociais, afastamento profissional e readaptações. A síndrome é diferente da depressão, pois ela vem da relação do trabalho, enquanto a depressão está ligada a situações pessoais relacionadas com a vida da pessoa (MULLER, 2004).
2.1. SINTOMAS
Além, do desistimulo profissional pode ocorrer, segundo Dr. Jürgen Staedt dores de cabeça, cansaço, dores musculares, falta de apetite, tonturas, tremores, muita falta de ar, oscilações de humor, distúrbios do sono, dificuldade de concentração e problemas digestivos (GISBERT, 2005).
2.2. CARACTERÍSTICAS E CONSEQUÊNCIAS DO BURNOUT
De acordo com Gisbert (2005), algumas características do burnout são as seguintes:
- Não desaparece com as férias.
- Não se identifica com a sobrecarga de trabalho nem com a fadiga.
- Pode ser provocado por um trabalho desmotivador.
- Resulta de um prolongado processo, por factores organizacionais, clima e cultura laboral.
- Afecta sobretudo os profissionais de educação e de saúde.
- As características pessoais são variáveis moduladoras, em contraste com os factores situacionais e ambientais.
- As características negativas como falta de assertividade, baixa auto-estima, dependência e escasso envolvimento tendem a gerar burnout.
- Paradoxalmente, as pessoas entusiastas, idealistas e com grande nível de envolvimento no seu trabalho apresentam maior risco de burnout.
[...]Sistematiza as conseqüências do burnout a nível individual e organizacional. Ao nível do indivíduo podem existir sintomas como distanciamento emocional, sentimentos de solidão, alienação, impotência, ansiedade, apatia, hostilidade, suspeição, agressividade, mudanças bruscas de humor, irritabilidade e problemas somáticos como alterações cardiovasculares, respiratórias, imunológicas, sexuais, musculares, digestivas e do sistema nervoso. Ao nível organizacional, registram-se uma deterioração da qualidade dos cuidados, diminuição da satisfação laboral, absentismo laboral elevado, aumento dos conflitos interpessoais entre colegas, utentes e supervisores e, portanto, uma diminuição da qualidade de vida no trabalho. (GIL-MONTE, 2003).
2.3. BURNOUT NOS ENFERMEIROS
De acordo com estudo realizados o enfermeiro esta vunerável a síndrome por apresentar característica propicia relatadas neste trabalho.
Segundo Spooner-Lane (2004), os primeiros estudos para identificação de casos de burnout em enfermeiros mostraram que a síndrome estava correlacionada com a quantidade de tempo que os enfermeiros passam com os doentes, com a intensidade das exigências emocionais de cada profissional e com o realizavam o cuidado de doentes com mau prognóstico. Estudo apontam está associado a fatores relacionados com o trabalho, tais como sobrecarga laboral, baixo nível de suporte, conflitos interpessoais, contacto com a morte, preparação inadequada e inexperiência.
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