A Síndrome de Burnout em Profissionais da Enfermagem
Por: Fabianomaa • 21/2/2023 • Trabalho acadêmico • 2.428 Palavras (10 Páginas) • 94 Visualizações
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
PÓS GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA HOSPITALAR
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SÍNDROME DE BURNOUT EM PROFISSIONAIS DA ENFERMAGEM
FABIANO DE MOURA ALVES
Sapucaia do Sul
2021
Resumo: Na atualidade, as doenças mentais relacionadas ao trabalho representam o terceiro lugar dentre as causas de afastamento ou adoecimento, dos trabalhadores. Neste contexto, temos a Síndrome de Burnout, uma doença ocupacional caracterizada como estresse crônico experimentado pelo indivíduo em seu ambiente de trabalho, existentes em profissionais da saúde e em outras áreas, que na execução de suas atribuições estão em contato direto com pessoas. O presente estudo tem como objetivo, explorar os fatores que levam o profissional da enfermagem a adquirirem síndrome de Burnout. Trata-se de um estudo de revisão da literatura do tipo integrativa, realizado nas bases de dados Scielo, Lilacs e Bdenf, valorizando esse tema e apresentando os desafios no ambiente laboral desses profissionais, visando aspectos psicológicos e alto índice de adoecimento de técnicos e Enfermeiros.
Descritores: Burnout; Síndrome de Burnout na Enfermagem; Esgotamento Profissional; Estresse ocupacional; Enfermagem.
INTRODUÇÃO
“Burnout, segundo a literatura, é uma palavra inglesa que se traduz por queimar-se” ou "consumir-se". Geralmente utilizada para entender-se as manifestações de sintomas como exaustão física e emocional e autodesvalorização existentes em profissionais da saúde e em outras áreas, que na execução de suas atribuições estão em contato direto com pessoas. (Tavares, Souza, Silva, Kestenberg, 2014). Desta forma para (Sanches e Oliveira, 2016) Na atualidade, a exibição a situações estressoras provinda do local de trabalho tem aumentado o surgimento de doenças de caráter emocional. Pesquisadores relatam que indivíduos ao assumirem muitas funções na vida frequentemente enfrentam grande peso, tanto no trabalho como na vida familiar, gerando conflito em relação ao seu ambiente de trabalho (Fauzan A, Afnante, Achmad S, Mirtari 2017). Condições, basicamente, em decorrência, do desempenho laboral desses profissionais com longas jornadas de trabalho e prestação de cuidados a pacientes em situação de vulnerabilidade (biológica psicológica e estados terminais). (Yaacob M, Long C, 2017).
No Brasil observa-se um movimento constante por melhores remunerações e condições de trabalhos, fatores que geram mudanças sociais (Rodrigues, 2017). O trabalhador utiliza menos tempo para zelar de sua própria saúde, empenhando-se excessivamente ao trabalho, devido à baixa remuneração, amplia sua carga horária, até mesmo com outros vínculos empregatícios para manter o padrão de vida (Palma; Suazo; Alvarado, 2015).
Segundo pesquisas da Associação Internacional de Gerenciamento do Estresse no Brasil, 32% dos trabalhadores sofrem da síndrome de Burnout com proporções semelhantes às do Reino Unido (ISMA, 2018). Em países como a Alemanha mesmo com uma jornada reduzida de trabalho, 8% demonstra sinais de desgaste, o Brasil está à frente da China e dos Estados Unidos, e abaixo apenas para o Japão, onde 70% da população apresentam sintomas da síndrome de Burnout (Monteiro, 2018).
Neste contexto, as doenças mentais relacionadas ao trabalho representam o terceiro lugar dentre as causas de afastamento ou adoecimento, dos trabalhadores brasileiros receberem seguro de invalidez do INSS (Silva JS, Fisher FM, 2014), por tanto a SB (Síndrome de Burnout) é uma doença ocupacional reconhecida pela previdência social desde 1999 (Benevides-Pereira, 2003; Decreto 3.048/1999). E por meio do Código Internacional de Doenças (CID, QD85), por ser consequente a exposição prolongada a estressores emocionais e interpessoais crônicos no ambiente de trabalho. (OMS, 2019).
Diante do apresentado é de suma importância enfocar a atenção para as condições físicas e emocionais desses profissionais, sua jornada de trabalho e medidas que amenizem o sofrimento para que não danifique o desenvolvimento de suas atividades laboral, que consequentemente, irá contribuir em uma melhor assistência ao paciente.
Desta forma, o presente estudo tem a finalidade de investigar os fatores que levam o profissional da enfermagem a desenvolverem síndrome de Burnout, bem como: Desenvolverem aspectos relacionados à qualidade de vida, causas e consequências da síndrome nos trabalhadores da enfermagem e detectar estratégias de enfrentamento desses profissionais.
MÉTODO
Trata-se de um estudo de revisão da literatura do tipo integrativa. As revisões integrativas de literatura são uma vasta abordagem metodológica pertencente às revisões, permitindo a inserção de estudos experimentais e não experimentais, para um entendimento completo do fenômeno analisado, além de incorporar um extenso leque de propósitos: definição de conceito, revisão de teorias e evidência, além de problemas metodológicos de um tópico particular. (Souza et al., 2010).
Estratégias de busca
As buscas dos artigos científicos ocorreram nas seguintes Bases de dados eletrônicas: Scientific Eletronic Library Online (SCIELO), Literatura Latino Americana e do Caribe de Informações em Ciências da Saúde (LILACS), Banco de Dados Enfermagem (BDENF). A pesquisa foi realizada nessas plataformas de buscas, devido ao vasto número de artigos pertinente ao estudo proposto, sendo o (LILACS) uma base de dados que compreende a literatura relativa às ciências da saúde e o (BDENF), uma base especializada na área da Enfermagem. Os critérios para a inclusão dos artigos serão: Artigos publicados em Português referente ao período de 2014 a 2021 e como descritores foram utilizados os listados nos Descritores de Ciências em Saúde (DeCS) sendo os seguintes: “Burnout”, “Síndrome de Burnout na Enfermagem”, “Esgotamento Profissional”, “Estresse ocupacional”, “Enfermagem”. Ao final foram selecionados 6 artigos.
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